CORREIO BRAZILIENSE - 02/08
Faz pouco mais de um mês que o gigante - aquele do berço esplêndido - acordou e surpreendeu o país com uma sucessão de grandes manifestações nas ruas. Reivindicava decência dos políticos e serviços públicos - educação, saúde e transporte coletivo - à altura dos impostos que o Estado cobra dos cidadãos. Em seguida, veio o papa Francisco e, diante de multidões sem precedentes, disse aos jovens que insistam na luta. Não desanimem diante da corrupção."Peço para vocês irem contra a corrente", disse."O jovem que não protesta não me agrada." Três dias depois de Francisco voltar a Roma,temos notícia de que ele segue implacável em sua batalha para reformar a Igreja Católica. Na quarta-feira,por exemplo, a Santa Sé anunciou a renúncia de três bispos implicados em escândalos de corrupção e informou que, pela primeira vez, o Banco do Vaticano vai abrir sua caixa-preta e publicar as contas da instituição. Ou seja, o pontífice continua a fazer na prática o que defende nos discursos.
E no Brasil, oque se vê? O oposto. Aqui, ainda vigora a velha política do "faça o que digo, não faça o que faço". No mesmo dia em que Francisco promovia a limpa no Vaticano, chutando o traseiro de bispos corruptos, Dilma reunia ministros e mandava liberar o mais rápido possível R$ 2 bilhões em emendas para aplacar a voracidade da base aliada. Dinheiro para que parlamentares não a chantageiem em votações de interesse do governo. Mas cadê as escolas, os hospitais e o transporte padrão Fifa? Nada? Na dica da Silva.
Em 20 anos(1991 a 2010), mostrou estudo do Pnud/Ipea, houve significativa melhora nos índices de desenvolvimento humano dos munícípios brasileiros.
Vive-se mais e a renda melhorou. Na educação, porém, registrou-se avanço apenas no número de alunos nas escolas. Nesse quesito, o país ainda se encontra na era do"nois num pega o peiche". E, sem uma revolução na educação, mostra a história, não há salvação: o Brasil continuará "enchergando" mal, como ficou claro no mais recente Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e condenado às trevas do subdesenvolvimento.
E no Brasil, oque se vê? O oposto. Aqui, ainda vigora a velha política do "faça o que digo, não faça o que faço". No mesmo dia em que Francisco promovia a limpa no Vaticano, chutando o traseiro de bispos corruptos, Dilma reunia ministros e mandava liberar o mais rápido possível R$ 2 bilhões em emendas para aplacar a voracidade da base aliada. Dinheiro para que parlamentares não a chantageiem em votações de interesse do governo. Mas cadê as escolas, os hospitais e o transporte padrão Fifa? Nada? Na dica da Silva.
Em 20 anos(1991 a 2010), mostrou estudo do Pnud/Ipea, houve significativa melhora nos índices de desenvolvimento humano dos munícípios brasileiros.
Vive-se mais e a renda melhorou. Na educação, porém, registrou-se avanço apenas no número de alunos nas escolas. Nesse quesito, o país ainda se encontra na era do"nois num pega o peiche". E, sem uma revolução na educação, mostra a história, não há salvação: o Brasil continuará "enchergando" mal, como ficou claro no mais recente Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e condenado às trevas do subdesenvolvimento.
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