Frase
“Nós não devemos subestimar a capacidade dos eleitores e do povo e nem da nossa tecnologia eleitoral”
Eduardo Braga Líder do governo no Senado (PMDB-AM), sobre a complexidade do plebiscito relativo à reforma política
Emergência na madrugada
A armação contra o plebiscito teve início na noite de anteontem, na residência do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB). Lá os líderes Eduardo Cunha, Arthur Lira e Ronaldo Caiado (DEM), vociferavam: "O plebiscito é contra o Congresso". A indignação foi levado até ao vice, Michel Temer, que telefonou para o ministro Aloizio Mercadante, sensível ao drama. O petista, aturdido, acionou, na madrugada, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o líder Eunício Oliveira (PMDB) e José Sarney. Estes foram bater às portas do Jaburu para evitar o recuo, do também magoado, Temer e mantê-lo alinhado.
Gargalhadas no Planalto
Após defesa do financiamento público por Rui Falcão, Benito Gama contou, em voz alta, história sobre palestra cochichada por Eduardo Campos. Nela, um jovem disse: "Vem cá, vocês agora não estão querendo nem pagar suas campanhas?".
A voz das ruas
O senador Sérgio Petecão contou que no Acre a Assembleia mudou o horário oficial. Ouvido, em referendo, o povo disse não. O retorno ao horário não foi regulamentado ainda. Vigora o derrotado. "O gigante acordou e está possesso", finalizou.
O referendo
A maioria dos presidentes de partido detonou o referendo. A presidente Dilma lembrou que as ruas queriam respostas "o mais breve possível". O governador Eduardo Campos reforçou: "O plebiscito é a saída mais rápida". Gilberto Kassab, presidente do PSD, completou: "O que o Congresso decidir vai ser derrotado. O eleitor vai dizer não! Não! Não! Vai ser uma desmoralização".
Barraco trabalhista
O presidente do PDT, Carlos Lupi, está irritado com o que chama de "hipocrisia" do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Afirma: "O partido o representava quando lhe deu legenda para concorrer à Presidência, agora não serve mais?".
A explicação
O deputado Marcus Pestana (MG) justifica o PSDB por não ter votado nos 100% dos royalties para a educação, como prega seu manifesto. Diz: "Mudou a base de cálculo. O Senado vai cortar? Dilma vai vetar? Esta foi a lógica da oposição".
Os pais da ideia
A proposta de promover umas Constituinte exclusiva e um plebiscito para fazer a reforma política foi adotada pela presidente Dilma, no domingo num encontro com os ministros Aloizio Mercadante (foto) e Paulo Bernardo. Relutante, a presidente adotou a tese da Constituinte, que abandonou diante da rejeição do Congresso.
Projeções de ministro do TSE indicam que realizar o plebiscito deve custar R$ 2 bilhões. O referendo do desarmamento custou cerca de R$ 1,3 bilhão.
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