FOLHA DE SP - 30/04
Viracopos atrai 250 empresas em concorrências
Cerca de 250 empresas irão brigar para explorar os 65 pontos comerciais do novo terminal de passageiros do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
O prazo de inscrição para as companhias que queriam operar lojas e restaurantes no local foi encerrado na última sexta-feira.
Do total de interessados, há cinco grandes grupos estrangeiros que detêm diversas marcas --inclusive brasileiras. Um deles requereu aproximadamente 85% da área total dos café e restaurantes, segundo Aluízio Margarido, diretor do aeroporto.
"A procura foi maior por esses espaços. Só 45% das empresas se inscreveram para operar as lojas", afirma.
A expectativa da Aeroportos Brasil Viracopos, concessionária formada pela Infraero e pelo consórcio criado pelas empresas Triunfo Participações, UTC Engenharia e Egis, é que 15% da receita do empreendimento seja gerada pelos pontos comerciais.
Do restante do faturamento, 60% devem ser de cargas e 15%, de tarifas aeroportuárias, segundo Margarido.
A concessionará deverá analisar quais empresas candidatas obedecem aos critérios de seleção para, em seguida, pedir que elas façam as ofertas de valores.
O cronograma prevê que os contratos sejam assinados entre julho e agosto. As companhias devem começar a operar em maio de 2014, quando as obras do terminal forem concluídas. A construção está demandando R$ 2 bilhões em investimentos.
A nova área do aeroporto de Campinas terá capacidade para atender 14 milhões de passageiros por ano.
Seguro tecnológico
A Zurich Seguros investiu cerca de R$ 50 milhões para implantar uma plataforma de TI, que entrará em funcionamento em junho próximo.
"O novo sistema fará toda a parte de back office' do seguro de automóveis", afirma o CEO de seguros gerais da Zurich Seguros, Hyung Mo Sung.
A nova tecnologia engloba informações como cotações e dados sobre sinistros.
"Além de maior velocidade e estabilidade no processamento das respostas, a plataforma nos dará maior possibilidade de crescimento", diz Sung.
Os sistemas atuais de cobranças são "engessados, não permitem muita segmentação", afirma.
"Em geral, a seguradora analisa o perfil por camadas. É jovem, cobra mais caro. É mulher, dá desconto", diz.
"Mas não faz combinações: é jovem e casado, o que permite um desconto maior por oferecer menos risco. O novo sistema permitirá um cálculo mais eficiente."
A tecnologia será implementada de início nas operações no Brasil e na Venezuela e, depois, em outros países da América Latina onde a seguradora suíça está presente.
A nova plataforma foi elaborada com mão de obra interna da Zurich Seguros.
"Para nós era importante entrar no programa pelo crescimento que o Brasil tem tido", afirma Sung.
"No grupo Zurich no mundo, o Brasil é a operação que mais cresceu em 2012, mais do que países asiáticos", acrescenta.
NÚMEROS
94%
foi quanto cresceu a área da seguradora no ano passado
60%
foi a expansão em 2011
R$ 50 milhões
foram investidos na implementação da plataforma de TI
VAI MELHORAR
Embora menos da metade dos brasileiros considere hoje a situação econômica local como boa, o país é o que mais acredita na recuperação em um futuro próximo, aponta um levantamento da Ipsos.
A pesquisa da companhia, feita em março e divulgada neste mês, ouviu mais de 18 mil pessoas em 24 países.
No Brasil, 70% dos entrevistados disseram que a economia estará melhor daqui a seis meses. Na Arábia Saudita, segundo lugar no ranking, o percentual foi de 53%, seguida da Índia (47%).
Tanto na Argentina como no México, os outros únicos países da América Latina presentes no levantamento, 38% das pessoas da amostragem esperam uma economia melhor no próximo semestre.
O desempenho atual da economia é positivo para 48% dos brasileiros entrevistados, o que deixa o país na nona posição entre os países que fazem parte da pesquisa.
Os moradores da Arábia Saudita mostraram mais otimismo, ocupando o primeiro lugar, com 80%. O último colocado foi Portugal, com 3%.
RISCO NO BRICS
A dúvida sobre a capacidade do mercado interno de sustentar o ritmo de crescimento no Brasil pode ser um obstáculo para negócios no país, segundo uma pesquisa da Ernst & Young.
O levantamento foi feito com 641 empresas de 21 países e lista os dez maiores riscos e as dez maiores oportunidades para o período de 2013 a 2015.
Índia, Rússia e África do Sul, membros do Brics juntamente com o Brasil, também estão na pesquisa. Nesses países, a alta na inflação e as baixas taxas de crescimento são apontadas como principais empecilhos para os negócios.
Na opinião dos executivos entrevistados, a pressão sobre os preços gera inflação nos países desenvolvidos e alimenta a preocupação sobre uma contínua deflação nos Estados Unidos.
A pesquisa aponta também que a desaceleração no crescimento chinês pode afetar a recuperação da economia global. Esse movimento ocasionaria queda elevada na demanda por commodities.
ACIMA DO MERCADO
A expansão dos seguros denominados D&O (de responsabilidade civil para executivos) da Zurich Seguros foi de 16% em 2012, em comparação com o ano anterior, enquanto o mercado cresceu cerca de 12%.
Os números ultrapassam o montante de R$ 45 milhões em volume de prêmios, segundo a seguradora.
No primeiro trimestre deste ano, o aumento foi de 22%.
A Allianz Seguros, que também oferece o seguro para executivos, registrou um faturamento de aproximadamente R$ 11 milhões no ano passado.
Casa A Apdata (de softwares para RH) inaugura uma unidade no Rio. A empresa tem escritórios em São Paulo, Campinas e nos Estados Unidos.
Frio, chuvas... As condições climáticas desfavoráveis, como baixas temperaturas e chuvas, afetaram a produção de vinhos em toda a França no ano passado. Na região do Beaujolais, a produção diminuiu 38%, de acordo com a Inter Beaujolais.
...e bom vinho "Na colheita, porém, tivemos condições climáticas melhores. Assim, teremos menos vinho, mas de uma boa qualidade", afirma o francês Anthony Collet, enólogo e diretor da Inter Beaujolais, que reúne cerca de 2.800 produtores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário