O GLOBO - 20/03
As águas de março estão fechando o verão, e o nível de reservatório das hidrelétricas brasileiras está muito abaixo do que deveria estar, se comparado aos anos anteriores. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) calcula que o mês fechará com água em 52% da capacidade dos reservatórios no Sudeste e Centro-Oeste, subindo um pouco acima do ponto atual. Mas isso é o nível mais baixo em 10 anos.O gráfico com dados do ONS mostra como foi cada fim de março, desde 2003, nas duas regiões onde estão 70% dos reservatórios de água do país. Este ano, o Brasil usou as termelétricas durante todo o verão para poupar água, e a impressão geral foi de um período fortemente chuvoso. O problema é que a água tem caído mais no litoral do que nas cabeceiras dos rios das bacias onde estão as grandes hidrelétricas.
O baixo nível dos reservatórios significa que o país terá que continuar consumindo uma energia mais cara na travessia do período seco, do contrário as usinas podem chegar muito rapidamente num nível crítico. As térmicas funcionam a gás, óleo combustível e diesel.
No caso do gás, a fonte é também matéria-prima para a indústria. A Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás Canalizado disse que pelo segundo mês consecutivo houve mais uso de produto para a geração de energia do que para insumo industrial. No caso do diesel, é combustível para os caminhões e ônibus. Além disso, o custo por MWh é muito maior do que as outras fontes de energia. O cobertor vai ficando curto.
Há várias contas sendo feitas no setor elétrico sobre o impacto do uso das térmicas. Uma das menos assustadoras é a do Instituto Acende Brasil, que fala num custo acumulado de R$ 6 bilhões este ano.
As regiões Sudeste e Centro-Oeste são as mais importantes em termos de geração de hidroeletricidade.
Os reservatórios estão, atualmente, antes do fim do mês, em 45% do nível máximo. É o mais baixo desde 2003.
O que causa estranheza no não especialista é que este ano o verão pareceu muito chuvoso, principalmente no litoral do Rio e São Paulo, com, inclusive, a repetição de calamidades públicas.
Mesmo assim, a chuva não caiu nos lugares certos.
Há vários problemas no setor de energia. Um é que esse custo extra da energia térmica virou uma batata quente na mão do governo. Ele não pode repassar para o consumidor porque isso anularia o efeito benéfico da queda do preço da energia que foi anunciada em clima de campanha eleitoral. Quando um assunto técnico é politizado, não se encontram boas soluções.
O que o governo está avisando é que vai dividir com as geradoras parte do custo e entregar uma parte para o Tesouro. Isso será um retrocesso no esforço de tornar mais transparente a conta de luz, além de ser um peso indevido para as geradoras carregarem. Tudo isso para manter uma parte da redução oferecida como um presente do governo aos consumidores-eleitores.
As empresas estão descapitalizadas, e os investidores privados, assustados com o grau de intervencionismo no setor. Isso pode significar menos investimentos no futuro.
Como o ano que vem é eleitoral - e ano da Copa do Mundo - o país não poderá correr o risco de falta de energia. Portanto, a perspectiva é de continuação do uso das termelétricas para complementar e poupar as hidrelétricas. Mas isso elevará ainda mais esse custo.
O melhor é torcer para que as chuvas continuem mais um pouco além de março e que desta vez caiam nos lugares certos para aumentar o nível dos reservatórios.
E torcer também para um pouco mais de racionalidade - e menos de política eleitoral - na questão do abastecimento da energia no Brasil.
Um comentário:
OS PROVÁVEIS IMPACTOS DA EXPLORAÇÃO DO PRÉ-SAL NO MEIO AMBIENTE...
Obviamente, com a exploração do pré-sal nas próximas quatro décadas pelo o Brasil...E certamente, por outros países tido como continentais, como Estados Unidos da America(EUA), Canadá, China, Índia, Austrália, entre outros...Que certamente, dento de suas milhas marítimas, possuem também, suas área de pré-sal...Com exploração do pré-sal em “Escala Mundial”... Além de logicamente, cairá o preço do “Barril de Petróleo”...No mercado da OPEP(operadora de produção de petróleo)...Que por via de conseqüência, diminuirá o valor do barril de petróleo...Tornando inviável “Economicamente”... E na questão “Meio Ambiental”...A exploração do pré-sal... Em longo prazo...
Certamente, partido desses pressupostos abordados anteriormente, vem prognosticar que nas próximas décadas (2010 à 2050)...Vai haver gradualmente, diminuição da evaporação do atlântico sul...Que conseqüentemente, irá diminuir os “Índices de Chuvas”...Das estações chuvosas das regiões sul, sudeste e centro-oeste até mesmo na região norte do Brasil... Já concernente a região Nordeste... Acentuar-se-á o ciclo de semi-áridez desta região...
Então pelo visto, nas futuras décadas, como por exemplo, em ano de La Niña...Na Região Sul...Especificamente, no Rio Grande do Sul...Na sua estação chuvosa, de Setembro à Março...Vai ocorrer índice de chuva, bem abaixo da média...Brasília, Capital Federal, por exemplo, entre Agosto, Setembro e Outubro... Que neste período, citado anteriormente, já sofre com índices baixos de umidade relativa do ar, que é em média de somente 18% ...Que certamente, com a exploração do pré-sal...Nas próximas décadas...A umidade relativa de Brasília... Cairá a índices insuportáveis...
Em compensação dentro do contexto mundial... Como a exploração do pré-sal, como por exemplo, no Golfo do México... A médio e longo prazo... Certamente, os furacões, ciclones, tornados, entre outros fenômenos naturais, diminuirão suas intensidades... Decorrente do esfriamento das águas do atlântico norte... No Golfo do México e no Mar do Caribe...
Entretanto, em longo prazo... Com a exploração exaustiva do pré-sal em todos os mares e oceanos da hidrosfera terrestre... Todos as áreas(jazidas) do pré-sal ficarão vazias(em forma de cavernas)...Susceptíveis a intensos abalos sísmicos...Que trarão maremotos e tsunamis...Para essas “Áreas”...Aonde foram explorado o pré-sal...No caso do Brasil...Desde do litoral de Espírito Santo até Santa Catarina...Isto decorre devido, a pressão das águas do oceano atlântico...Em cima da camada do pré-sal(sem o suporte do petróleo extraído)...Tenderá a camada do pré-sal...Se acomodar...E por via de conseqüência...Vem os maremotos, tsunamis...
Em suma, pelo visto, a exploração do pré-sal...tanto a nível nacional e internacional...É um contrato de risco...Geo-Politico-Ambiental...
DO ESCRITOR
PEDRO SEVERINO DE SOUSA
JOÃO PESSOA(PB), 12 DE JANEIRO DE 2011
Postar um comentário