FOLHA DE SP - 03/02
Estado de São Paulo receberá 19 shoppings nos próximos dois anos
O Estado de São Paulo irá receber mais 19 shoppings entre 2013 e 2014, de acordo com um levantamento da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), que abrange empreendimentos ainda não anunciados.
Para todo o Brasil estão previstos 70 no mesmo período, afirma Luiz Fernando Veiga, presidente da entidade.
Atualmente, o Estado de São Paulo possui mais de 150 shoppings em operação e centraliza o maior número de empreendimentos do país, segundo a entidade.
Entre os novos empreendimentos, cinco ficarão localizados na capital. O volume será semelhante ao da região de Sorocaba.
Questionado se o número de aberturas em São Paulo não seria exagerado em um Estado já tão concentrado, Veiga afirma que os investidores ainda encontram vastas oportunidades.
"No varejo brasileiro, passam 19% das vendas em shoppings. Faltam 81% que estão nas lojas de rua. É atrás disso que o setor corre."
Nos Estados Unidos, esse número supera os 60%, de acordo com o executivo.
"Temos ainda um corredor enorme para avançar", diz.
A tendência é que cidades e bairros que ainda não tenham um empreendimento recebam algum projeto.
"De um total de 47 que vamos inaugurar em 2013, 16 são o primeiro shopping de uma cidade", afirma Veiga.
DOCE EXPANSÃO
A rede de doces Amor aos Pedaços vai abrir mais 20 lojas neste ano.
A expectativa da empresa com a expansão é alcançar R$ 80 milhões de faturamento em 2013. No ano passado, foram aproximadamente R$ 55 milhões.
A fábrica recém-inaugurada da companhia, na cidade de Cotia (Grande São Paulo), também deverá impulsionar o crescimento a partir deste ano, de acordo com as empresárias da rede.
"Não tínhamos uma linha de produção. Fomos adequando o local onde comecei, há 30 anos", diz Ivani Calarezi, sócia-fundadora da Amor aos Pedaços.
"Pretendemos triplicar nossa produção atual, de 70 toneladas por mês", acrescenta Silvana Abramovay Marmonti, sócia-diretora.
A marca vai partir para um público diferente no próximo mês, quando a primeira loja da rede no centro de São Paulo será inaugurada.
"As pessoas que passam pelo local querem rapidez. É por isso que estamos preparando um atendimento com produtos que já estarão embalados", afirma Marmonti.
Para a Páscoa deste ano, a companhia prevê um aumento de 20% nas vendas.
Em 2012, mais de 10 mil ovos foram vendidos somente na Grande São Paulo.
NÚMEROS
R$ 80 milhões é a previsão de faturamento para 2013
20 é o número de lojas que deverão ser abertas neste ano
Bê-a-bá em português
O crescente volume de profissionais estrangeiros no país aumentou a procura por cursos de português nas escolas de idiomas.
Em 2012, a Berlitz registrou alta de 42% no número de aulas para esse público, em relação ao ano anterior.
A previsão da rede para 2013 é dobrar as 29 mil lições realizadas no ano passado. Em 2011, foram 21 mil.
A concorrente Cel Lep também observou uma expansão na demanda.
Foram mil aulas destinadas a alunos vindos de outros países em 2012 -aumento de 15% ante 2011.
Bolso...
O ano começou mais endividado para 48,8% das famílias paulistanas, segundo a FecomercioSP. O número representa alta de 6,4 pontos percentuais ante janeiro de 2012.
...vazio
O percentual de endividamento é maior entre famílias que ganham até dez salários mínimos (52,8% do total).
Tecido...
As vendas do segmento atacadista de tecidos de São Paulo registraram queda de 8% em janeiro, na comparação com dezembro.
..encolhido
A retração é efeito da sazonalidade, segundo o Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuários e Armarinho do Estado de São Paulo.
Lenta retomada
O setor de produtos químicos se recuperou no ano passado das perdas registradas em 2011, segundo dados da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).
Após sofrerem uma retração de 4% nas vendas internas no ano retrasado, as empresas do segmento tiveram alta de 7,43% em 2012.
Apesar da melhora nos números, a recuperação -baseada na substituição de importações- ainda é fraca.
A produção e as vendas estão estagnadas há seis anos devido à falta de competitividade, segundo a entidade.
O relatório da associação com o balanço de 2012 aponta que os resultados poderiam ter sido melhores se as companhias não tivessem sido impactadas pelos apagões de energia durante o ano.
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