FOLHA DE SP - 01/02
Seguro de boates é pouco frequente no Brasil
O mercado de seguros para casas noturnas é pouco aquecido no Brasil, segundo especialistas.
As condições que propiciaram o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), como o material usado no isolamento acústico, seriam recusadas por peritos de seguradoras, que pediriam ajustes antes de assinar os contratos.
Diante das altas exigências feitas pelas companhias do setor para fechar seus contratos de cobertura, as casas de menor porte se desinteressam, de acordo com o diretor-executivo da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), Neival Freitas.
"É um seguro de difícil aceitação. Muitas vezes as empresas não têm condição de cumprir. Ou, em outros casos, não se interessam. É difícil saber", afirma.
A exceção são as grandes casas de shows, que, além de um seguro empresarial de apólices semelhantes às praticadas em outros segmentos, procuram coberturas específicas para cada um dos eventos que realiza.
"O empresarial, que faz parte da carteira de riscos patrimoniais, cobre danos materiais provocados por incêndio, queda de raio e explosão", afirma Freitas.
O seguro de eventos faz parte da modalidade de responsabilidade civil e costuma ter valores maiores. O objetivo é proteger o público.
Entre as situações que passam por análise técnica das seguradoras estão a verificação de portas de emergência, a lotação máxima e o plano para saída das pessoas em caso de pânico.
O material utilizado na estrutura do local como isolamento acústico e divisórias, também são avaliados. São exigidos aparelhos modernos e em bom estado, de acordo com o executivo.
Rede do Rio investe R$ 225 mi em novos supermercados
A rede de supermercados Guanabara, que possui atualmente 23 unidades no Estado do Rio de Janeiro, planeja investir cerca de R$ 225 milhões para a construção de novas lojas.
No projeto de expansão estão previstas mais cinco unidades, todas no Rio, de acordo com Albino Pinho, diretor da companhia.
"A ideia é inaugurar todas as novas em áreas de 10 mil metros quadrados em média, por isso é tão necessário cuidar bem da escolha do local."
Por enquanto, ainda não há planos de expansão para outros Estados, afirma.
Para estimular os negócios, a companhia vai elevar também seus investimentos no Carnaval deste ano.
Serão aproximadamente R$ 12 milhões, ante R$ 7 milhões no ano passado.
Os recursos envolvem estrutura de camarotes para encontros com fornecedores e parceiros, além de programação musical no sambódromo.
No espaço para os camarotes, serão construídos escritórios com isolamento acústicos para reuniões.
FILTRO
A Mann+Hummel, que desenvolve e fornece equipamentos para a indústria de engenharia automotiva e mecânica, está finalizando a aquisição dos 50% da participação da Bosch na joint venture Filtros Purolator.
A transação passará agora pela aprovação das autoridades antitruste dos Estados Unidos, país onde a joint venture foi formada, em 2006.
No ano passado, a Purolator, que produz, desenvolve e vende filtros para automotivos, gerou negócios de aproximadamente US$ 240 milhões de dólares (cerca de R$ 478 milhões).
VENTOS EM DIREÇÃO AO NORTE
O Brasil pode se tornar um dos principais exportadores de peças e equipamentos para parques eólicos mexicanos, segundo a presidente-executiva da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), Elbia Melo.
O México, ao lado de China, Índia, Brasil e África do Sul, é um dos países onde os investimentos continuam crescentes, "ao contrário da grande maioria dos desenvolvidos", diz Melo.
O potencial eólico do país é de 50 GW -hoje apenas 1,2 GW estão instalados.
"A capacidade brasileira de produzir é grande. Poderíamos vender para fora e nos tornarmos um 'hub' exportador para México e Panamá", afirma a executiva.
O Brasil atualmente tem onze fabricantes de peças e equipamentos. Dois deles são nacionais.
"O país é o maior investidor da América Latina em energia eólica, o que atrai as fábricas. Além disso, as empresas também precisam de uma escala grande para instalar uma planta em determinado local."
O México, porém, ainda tem alguns problemas regulatórios que reduzem o ritmo de investimentos, diz Melo.
DINHEIRO EM CAIXA
A SH, fornecedora de formas para concreto, andaimes e escoramentos metálicos voltados à construção civil, disponibilizará aproximadamente R$ 60 milhões neste ano para investimentos em suas plantas e seus produtos.
Do montante, 15% serão utilizados em novos equipamentos e mais R$ 9 milhões na unidade recém-inaugurada da companhia, no Pará. O restante será injetado nas outras unidades da empresa.
O aporte deverá proporcionar um crescimento de 24% no faturamento deste ano ante 2012, que foi de R$ 200 milhões, diz a fornecedora.
O foco são as obras de infraestrutura geradas pelos eventos esportivos que o Brasil irá receber nos próximos quatro anos, além do Norte do país, que está demandando tecnologia.
"A região tem muita necessidade de desenvolver infraestrutura, existem grandes investimentos em mineração, siderurgia, obras de energia, inclusive, Belo Monte", afirma Paulo Lago, da SH.
Dinheiro...
O percentual de famílias da região metropolitana do Rio de Janeiro com sobra no orçamento após o pagamento de todas as despesas foi de 43% em dezembro do ano passado, segundo pesquisa da Fecomércio-RJ. No mesmo mês de 2011, o percentual havia sido de 46,9%.
...sobrando
A porcentagem de famílias em condição de pagar suas despesas foi de 39% (em 2011) para 41,6% em dezembro passado. Os principais planos para a sobra foram: guardar para consumir no futuro (34,2%), gastar com lazer (34,1%) e poupar para uma eventualidade (26,6%).
APARTAMENTO NAS ALTURAS
O Rio de Janeiro foi a décima cidade mais cara do mundo para se locar, no ano passado, um apartamento de alto padrão com três quartos, segundo pesquisa da Eca International, especializada em gestão de expatriação.
Em 2011, o Rio havia ficado em 12º lugar. São Paulo não apareceu no ranking das 20 com os maiores aluguéis.
Caracas foi a mais cara do continente americano, tendo ultrapassado Nova York.
Os preços na cidade subiram cerca de 30% no ano passado devido à falta de imóveis adequados e à crescente indústria do petróleo, de acordo com a consultoria.
Na Europa, Moscou é a cidade com os maiores preços. O aumento da população expatriada e a oferta reduzida de apartamentos elevaram as taxas de aluguéis nos últimos três anos.
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