FOLHA DE SP - 24/01
Receita de times brasileiros avança em 2012
Corinthians, São Paulo e Flamengo aumentaram suas receitas na temporada 2011/2012 e estão entre os 50 clubes do mundo com maior arrecadação, segundo estudo da consultoria Deloitte.
O Corinthians aparece, pela primeira vez, entre os 40 primeiros e é o não europeu mais bem colocado, com uma receita de 1 94,1 milhões gerada em 2011 (excluindo as transferências de jogadores).
O São Paulo, com receita de 1 82,5 milhões, e o Flamengo, com 1 73,9 milhões, completam o ranking.
Corinthians e São Paulo já figuravam entre os 50 primeiros, com receita entre 1 70 milhões e 1 80 milhões na temporada 2010/2011, segundo a consultoria. O Flamengo está na lista das maiores arrecadações pela primeira vez.
"Existe uma potencialização do mercado brasileiro com gastos de patrocínio, além da profissionalização na administração de alguns clubes", diz John Auton, sócio-líder de negócios esportivos da Deloitte no Brasil.
Os 20 primeiros clubes do atual ranking somaram 1 4,8 bilhões, um crescimento de aproximadamente 10% sobre o ano anterior.
Pela oitava vez seguida, a liderança foi do Real Madrid, com arrecadação de 1 512,6 milhões, seguido pelo rival Barcelona (1 483 milhões).
Manchester United, com 1 395,9 milhões, Bayern Munich, com 1 368,4 milhões, e Chelsea, com 1 322,6 milhões, fecham as cinco posições dos clubes que mais arrecadaram com suas marcas na temporada passada.
PACOTE DE MÁS NOTÍCIAS
A Petrobras resolveu dar de uma vez só as duas más notícias que tem para o mercado sobre o desempenho da empresa em 2012, e pela primeira vez vai divulgar a produção junto com o balanço anual da companhia.
Além de um lucro menor em relação a 2011 em pelo menos 20%, segundo consenso de analistas no próprio site da empresa, mas que pode ser ainda pior, segundo outros analistas, que esperam queda pela metade do lucro de R$ 33 bilhões de 2011, a estatal teve uma produção quase 1% menor em 2012, a primeira queda contra o ano anterior em oito anos.
No front positivo, a companhia vai mostrar que em dezembro a produção se recuperou, voltando ao patamar de 2 milhões de barris diários perdido em março do ano passado.
CIMENTO EM DAVOS
Vitor Hallack, presidente do grupo Camargo Corrêa, comentava ontem, em Davos, a validação da compra da produtora de cimento Cimpor pelo Cade.
"Na primeira reunião plenária do ano, o Cade reconheceu a agilidade da InterCement [holding que integra os ativos de cimento do grupo] em cumprir todos os compromissos assumidos de quando da aprovação pelo órgão antitruste da aquisição da Cimpor", afirmou o executivo.
"Essa validação é fundamental para permitir a fusão e capturar as grandes sinergias da compra",
comemorou. O primeiro lance da aquisição foi há três anos, acrescentou.
ESTIMAÇÃO
Com investimentos de aproximadamente R$ 15 milhões para este ano, o Pet Center Marginal, rede de mercados de produtos para animais de estimação, abrirá sete novas lojas.
Uma delas, cujo contrato acaba de ser assinado, será no Rio de Janeiro, próxima a Niterói. Para São Paulo, também estão previstas unidades em São Caetano e Butantã.
Algumas das novas lojas ficarão anexas a grandes supermercados para aproveitar o fluxo de consumidores, segundo Hélio Freddi Filho, diretor da empresa.
"Já estamos procurando mais pontos no Rio", afirma.
Após a abertura de um centro de distribuição, a companhia, que está concentrada no Estado de São Paulo, "está com a logística estruturada e ganhou musculatura para se expandir para outros Estados", de acordo com Filho.
A empresa tem estudos avançados para começar a desenvolver um modelo de franquias que daria suporte à expansão pelo país.
NÚMEROS
R$ 15 milhões será o investimento aproximado realizado pela companhia para a abertura de novas unidades neste ano
7 é o número de lojas próprias que serão inauguradas pela empresa em 2013
25 é o número de unidades que a companhia pretende ter ao final deste ano
R$ 14 milhões foi o total dos recursos investidos pela rede para a inauguração de oito lojas no ano passado
MESTRE CORPORATIVO
A Vale abrirá neste ano sua primeira turma de mestrado profissional.
O curso, sobre uso sustentável de recursos minerais, será ministrado no ITV (Instituto Tecnológico da Vale), em Belém.
A empresa pretende criar mais dois mestrados nos próximos três anos -o segundo de Belém e o primeiro de Outro Preto (MG), onde também existe uma unidade do ITV.
"Há algum tempo, decidimos montar um centro de pesquisas. Agora estamos trabalhando para consolidá-lo", diz o diretor-presidente do instituto, Luiz Mello.
Com o curso, a Vale quer melhorar a qualificação do seu quadro de funcionários, gerar inovação e enriquecer a oferta de mão de obra na região, de acordo com o coordenador do mestrado, Roberto Dall'Agnol.
"A companhia tem uma demanda muito grande por profissionais nessa área de recursos minerais", afirma o professor.
"Mas precisa que eles [os funcionários] vejam os projetos de mineração interdisciplinarmente, considerando os desdobramentos sociais e ambientais."
O mestrado, que já foi aprovado pelo Ministério da Educação, oferecerá 20 vagas (dez para funcionários da companhia).
O ITV contratou 28 pesquisadores para trabalharem no projeto.
FREIO NO CONSUMO
São Paulo, tanto a capital quanto o interior do Estado, apresenta queda no consumo de produtos em supermercados, farmácias, padarias e bares entre janeiro e outubro de 2012 em comparação com o mesmo período de 2011.
É o que mostra uma pesquisa da empresa de informações Nielsen, realizada em todo o Brasil com amostras de 133 categorias de produtos.
Grande São Paulo (-1,5%) e interior do Estado (-4,1%) foram os únicos locais onde houve queda no consumo. Grande Rio (3%) e região Sul (2,9%) tiveram maiores altas.
No geral, as vendas se desaceleraram no país em 2012, alta de 0,4%, menor que o aumento de 1,8% registrado de janeiro a outubro de 2011.
A maior expansão foi verificada nos produtos do grupo higiene, saúde e beleza, com crescimento de 2,5% no volume consumido.
A categoria com pior resultado foi a de produtos perecíveis: queda de 0,8% em relação a 2011.
As variações por produto mostram que vinho (20,8%), suco de frutas (13,2%) e bronzeador (12,8%) foram os itens com maior elevação no consumo. Sabão em barra (-9,8%), inseticida (-8%) e farinha de trigo (-7%) tiveram as maiores quedas.
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