FOLHA DE SP - 16/01
Setor de máquinas para construção tem queda de quase 20% em 2012
As vendas de equipamentos para construção no Brasil, termômetro da atividade econômica, registraram queda no ano passado, segundo a Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração).
Após comercializar 83 mil unidades em 2011, o patamar caiu para 68 mil em 2012 -retração de 18%.
"Sofremos a falta de investimentos, os impactos da crise e a antecipação na compra de caminhões no ano anterior, devido à mudança que viria a ocorrer na legislação para a entrada do padrão 'Euro 5'", diz o vice-presidente da entidade, Eurimilson Daniel.
Apesar da desaceleração, a frota de equipamentos conseguiu se renovar com base no crescimento das vendas dos últimos anos, de acordo com a associação.
Em 2012, cerca de 455 mil equipamentos para construção tinham até dez anos de uso. Desses, 315 mil estavam com menos de cinco anos de idade, aponta levantamento da entidade.
O crescimento se intensificou a partir de 2010, quando foram vendidas cerca de 71 mil unidades no setor, ante 41 mil no ano anterior.
"Foi um período de grandes apostas no mercado de infraestrutura. Por outro lado, em seguida, veio a crise do Dnit e as obras pararam."
Para este ano, a estimativa é de alta de 11,8% no volume de vendas, alcançando 76 mil unidades comercializadas.
A partir de 2014, a expectativa é que o avanço se estabilize em 8% até 2017.
SOB NOVA DIREÇÃO
O grupo logístico TPC é o novo responsável pelas operações do terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
O contrato firmado com a concessionária Brasil Viracopos S.A. tem duração de três anos e R$ 15 milhões em investimentos.
"Pretendemos reduzir pela metade o tempo médio que a carga fica no terminal, que atualmente é de cinco dias", afirma o presidente da companhia, Leonardo Barros.
A empresa volta a ser responsável pela logística do terminal de cargas após administrá-lo entre 2008 e 2010, quando o aeroporto não havia sido privatizado.
Atualmente, Viracopos recebe cerca de 25 mil toneladas de cargas por mês, segundo a empresa.
"Contratamos 450 colaboradores e vamos investir, principalmente, em tecnologia e equipamentos", acrescenta o executivo.
Com o início das operações, o TPC vai trabalhar para uma melhora em 15% nos serviços prestados no setor de cargas do local.
A companhia planeja faturamento de aproximadamente R$ 24 milhões durante o primeiro ano de operação no terminal.
"Vamos seguir a lógica atual. Precisamos ser competitivos reduzindo custos.Acreditamos que, com investimentos que irão modernizar cada vez mais o terminal, possamos atingir nossos objetivos", conclui.
25 mil toneladas é a quantidade mensal de carga recebida pelo aeroporto de Viracopos
R$ 24 milhões é quanto o TPC espera faturar em 2013 com a logística do terminal de cargas
R$ 15 milhões serão investidos pelo grupo
COFRES PÚBLICOS
As cidades brasileiras desembolsaram R$ 12,1 bilhões para pagar juros, encargos e amortizações da dívida em 2011 -valor 6,1% maior que o do ano anterior.
Apenas as capitais São Paulo e Rio de Janeiro responderam por 42,8% do total gasto pelas cidades do Brasil. Os dados são do anuário Multi Cidades - Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional de Prefeitos em parceria com a Aequus Consultoria.
A cidade de São Paulo registrou o maior gasto com juros e amortizações do país, R$ 3,51 bilhões. Desse total, 73% referem-se aos pagamentos de juros e encargos. Os 27% restantes são amortizações.
Ante o ano anterior, o gasto com a dívida paulistana cresceu 19,2% em razão do aumento da amortização de dívidas junto à União.
Em 2010, o Rio fez uma operação de crédito com o Banco Mundial para reestruturar a sua dívida pública.
Quitou parte de sua dívida com a União, trocou de credor e alongou o prazo para pagamento para 2040. O gasto com juros e amortizações da dívida foi de R$ 1,22 bilhão, em 2010, e de R$ 784,9 milhões, em 2011 -queda real de 35,6%.
No Sudeste, tiveram aumentos significativos Carapicuíba (SP, com 223%) e São Bernardo do Campo (SP, 75%).
DE VOLTA À AMÉRICA
Dono de marcas como Morana e Balonè, de acessórios femininos, e, no setor de alimentação, Jin Jin Wok, MySandwich e outras bandeiras, o grupo Ornatus fechou 2012 com mais de 90 novos contratos de franquias.
Algumas das unidades já foram abertas, outras estão ainda em fase de implantação, segundo a empresa.
A marca de maior impulso, a Morana, com 58 novos pontos, vai reabrir as portas nos Estados Unidos.
"A loja de Nova York foi fechada devido à crise de 2008. Agora vamos para a Califórnia, ainda no primeiro semestre", afirma Jae Lee, diretor-geral do grupo.
Para superar os planos de mais de 150 novos contratos em 2013, a companhia vai explorar dois novos mercados que abriu no ano passado.
"Estamos entrando mais forte em cidades menores do interior do país e em shoppings de classes C e D", afirma o executivo.
"Nosso negócio está muito baseado em shoppings e serão abertos mais empreendimentos neste ano", diz.
"A MySandwich, em que temos parceria de banco e veio de Portugal, também vai crescer bastante."
"A loja de Nova York foi fechada devido à crise de 2008. Agora vamos para a Califórnia, ainda no primeiro semestre"
Nenhum comentário:
Postar um comentário