Aliados suspeitam de ‘golpe’ em atos pró-Lula
O PT despertou desconfiança sobre o real objetivo dos atos realizados em defesa do ex-presidente Lula, nos últimos dias. Lideranças avaliam que o desagravo só jogou luz sobre o envolvimento do ex-presidente nas denúncias, embora não tenha sido indiciado pela Polícia Federal. Os petistas também trouxeram à tona a fragilidade de Lula ao mostrar que ele não tem apoio de todos os partidos e governadores da base.
Terreno arenoso
Faltaram aos atos de solidariedade os líderes do PR, PP, PTB e PDT. Dos governadores, apenas oito compareceram, sendo um do PSDB.
Cara ou coroa
Parlamentares acreditam que, de duas, uma: ou vem mais chumbo grosso contra Lula, ou querem colocá-lo no olho do furacão.
Privilegiado
Os próprios petistas temem que o desagravo seja vingança de ala do PT por ele ter sido o único a se salvar do julgamento do mensalão.
Agenda
O ex-presidente Lula poderá visitar Dilma no recesso das Festas no Forte de Aratu (BA), onde em 2010 ele desfilou com isopor na cabeça.
Dilma deveria levar Joaquim ao G-20, na Rússia
A presidenta Dilma deveria ficar muito feliz com a cruzada do Supremo Tribunal Federal contra a corrupção, por isso talvez considere convidar o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, a acompanhá-la à reunião de cúpula do G-20, em São Petersburgo (Rússia), no ano que vem. É que o tema do encontro vai ser o combate à corrupção e, pela primeira vez em muito tempo, o Brasil terá algo a mostrar ao mundo.
Clube seleto
Com mensaleiros condenados, alguns com punições bastante duras, o Brasil se habilitará, na reunião do G-20, ao rol de países sérios.
Sem explicação
Duro vai ser Dilma explicar no G-20 por que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT), insiste em dar refúgio a meliantes condenados.
Boas Festas
A equipe da coluna CH agradece e retribui os votos de Boas Festas e Feliz Ano Novo recebidos dos leitores.
Apito inicial
O Ministério Público Federal já fervilha com a sucessão de Roberto Gurgel. Disputam Débora Duprat e Raquel Dodge, próximas a Gurgel, e Rodrigo Janot. Este foi candidato a vice contra Gurgel, há 4 anos. Dilma, juíza do jogo, não liga para apoios ou críticas. Quer eficiência.
Viés carioca
Para o deputado José Nunes (PSD-BA), o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux precisava, no mínimo, ter alegado suspeição sobre a votação do veto à partilha dos royalties: “Ele é carioca”.
O elo mais fraco
O governo trabalha com a informação de que as demissões no banco Santander decorrem de suposta irritação dos espanhóis com medidas que dificultam remessa de lucros. E retaliam sacrificando funcionários.
Recurso na agulha
Advogado do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, Marthius Lobato espera o acórdão para recorrer da condenação do seu cliente. Ele diz que “só soube pela imprensa” de dois processos em segredo de Justiça sobre desvios de fundos no Visanet, do BB.
Mal a pior
Azedaram de vez as relações da bancada do PDT com o ministro do Trabalho, Brizola Neto, após reeleição do líder André Figueiredo (CE): “Essa relação nunca existiu, ele é ministro da Dilma, não da bancada”.
‘Infraerro’
A privatização dos aeroportos dá trabalho na Infraero: depois de contratar a Compass, agora é a vez da Falconi Consultores tentar a reorganização da estatal. Tarefa, por baixo, de uns R$15 milhões.
Impasse garantido
Em troca de apoio na Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) negociou com o PSD a Comissão de Finanças e Tributação. Candidato a líder, Sandro Mabel (GO) prometeu o mesmo cargo para Mário Feitosa (CE).
Festa de rodeios
Líder do PSD, Guilherme Campos (SP) desconversa quando o assunto é o cargo que o PSD deve faturar na Esplanada ao se aliar ao governo Dilma: “Não sou pastor nem evangélico para assumir ministério”.
Pensando bem...
...o ministro Joaquim Barbosa adiou o fim do mundo para depois do Carnaval.
Grana é a solução
Ao assumir o governo de Minas Gerais, em 1947, Milton Campos soube pelo seu chefe de gabinete que os funcionários estaduais em Juiz de Fora decretaram greve, reclamando de salários em atraso, e até ameaçavam destruir as repartições. O assessor queria instruções:
- Devemos enviar um vagão cheio de soldados, governador?
Milton Campos respondeu, pragmático:
- Em vez de soldados, vamos mandar um vagão com dinheiro.
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