FOLHA DE SP - 20/11
Minha pequena e média casa
O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida impulsionou pequenas e médias construtoras do país.
Empresas desse porte receberam cerca de 58,5% do total aplicado até agora, com maior participação na faixa um, que atende famílias com renda mensal de até R$ 1.600, de acordo com dados da Caixa Econômica Federal.
Os Estados de São Paulo e de Minas Gerais têm hoje o maior número de unidades contratadas, e a maior parte está sendo executada por empresas menores.
A Cohab Minas adquiriu em leilão da Caixa cotas para a construção de unidades habitacionais em municípios com até 50 mil habitantes, nos quais há predomínio de pequenas empresas. São empreendimentos de 30 a 50 casas.
"Essas construtoras participam das licitações mas não conseguem dar conta de um volume muito grande. Elas vão crescendo e, eventualmente, deixam de construir para o programa, porque não vale mais a pena", afirma Octacílio Machado Júnior, presidente da entidade.
A faixa um do programa é a que ainda apresenta os maiores desafios, segundo empresários do setor.
"Nos grandes municípios, o programa não vai bem. O governo errou a mão no valor da unidade", diz Sérgio Watanabe, presidente do Sinduscon-SP (sindicato paulista do setor de construção).
Para o secretário de habitação do Estado de São Paulo, Silvio Torres, o valor atual é suficiente para a faixa um.
"Em parceria com o governo federal, estamos acelerando o programa no Estado."
DO CIMENTO À PAREDE
Depois de atuar no mercado de materiais de construção por mais de 20 anos, o empresário Olivo Bigolin fundou uma construtora no Mato Grosso para aproveitar a elevação da demanda gerada pelo Minha Casa, Minha Vida.
O grupo, hoje dirigido por sua esposa, Lucimar Bigolin, tem 2.386 unidades contratadas e espera fechar mais 360 até o final deste ano.
"Começamos no interior porque nas capitais é difícil competir com as grandes companhias", diz Lucimar.
Outra empresa, a Toscana, também voltada ao Minha Casa, foi fundada há oito meses por seis construtoras e tem mais de 4.000 unidades contratadas em Santa Catarina. Em 2013 chegará ao Paraná.
Energético
A Universidade de Brasília e a Politécnica de Turim fizeram acordo para analisar os resultados do projeto Embaixada Verde da Itália em Brasília.
Desde 2010, foram instalados 405 painéis fotovoltaicos, que produzem energia, o que fez da embaixada a segunda maior planta solar ativa no Brasil, atrás de Tauá (CE). Além disso, equipamento microeólico também está sendo instalado.
Foram feitas ainda parcerias com a Aneel e empresas como Ceb (de energia de Brasília) e Enel.
"O resultado dos dois sistemas pode ser útil para empresas fazerem o mesmo. Geram economia", diz o embaixador Gherardo La Francesca.
"O governo brasileiro, baseado na experiência, outorgou regulamentação que, em janeiro, permitirá a todos uma troca de energia elétrica."
De dia, a embaixada produz mais energia. O excesso é devolvido à rede. Quando a produção baixa, repõe-se na mesma quantidade. "Isso torna mais viável a tecnologia pois o excesso de produção é compensado quando necessário."
Fertilizante...
A empresa de biotecnologia Geociclo investirá cerca de R$ 16 milhões em inovação nos próximos três anos, com recursos financiados pela Finep, em novos laboratórios, modernização dos existentes e equipe técnica.
...na produção
A Geociclo começou a produzir um fertilizante organomineral que aproveita resíduos ambientais de outras indústrias. A empresa informa que investiu R$ 30 milhões e cinco anos de pesquisa para o desenvolvimento.
Centenário
A CPFL Energia investiu R$ 3 milhões em ação cultural para celebrar seu centenário. Será realizado um show sobre os cem anos da música brasileira interligada aos cem anos da energia, hoje, em São Paulo.
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