FOLHA DE SP - 01/10
Crédito imobiliário volta a crescer com 'ritmo saudável', afirma entidade
Os financiamentos para a aquisição e a construção de imóveis voltaram a crescer e tiveram em agosto o melhor desempenho histórico, segundo a Abecip (associação de entidades de crédito imobiliário e poupança).
O volume de empréstimos chegou a R$ 8,25 bilhões, um resultado 28% maior que o apurado em julho e 4,9% acima do registrado em agosto de 2011.
No acumulado deste ano, o crédito imobiliário ficou apenas 0,5% acima do resultado dos primeiros oito meses de 2011.
O número de unidades financiadas em agosto avançou mais, 31%.
No acumulado deste ano, foram financiadas 294,7 mil unidades, 8,6% a menos que no ano passado.
Considerados os últimos 12 meses, entre setembro de 2011 e agosto deste ano, a quantidade de unidades com financiamentos foi 13% a menos que no período anterior.
"O volume de empréstimos para construtoras e incorporadoras está se recuperando. Os lançamentos estão sendo retomados, talvez não no patamar de crescimento de 42% de 2011", diz Octavio da Lazari, presidente da Abecip.
O setor deve fechar este ano com alta de 15 a 20%", segundo o executivo.
O primeiro semestre ficou "de lado", com alta de 23% do crédito para mutuário final e queda de 28% no financiamento para empresas. Para Lazari, tempos de expansão de 65%, como em 2010, não devem mais ocorrer.
"Aquele maior crescimento foi com base muito baixa. E a gente entende que nem deve mais crescer naquele patamar", afirma. "O crescimento bem sustentado para a economia é de 20 a 25%. Acima disso surge problema de insumo, mão de obra."
Com R$ 185 mi, montadora da China fabricará caminhões no RS
A montadora chinesa Yunlihong vai entrar no mercado brasileiro com uma fábrica de caminhões leves em Camaquã (a 130 quilômetros de Porto Alegre).
A planta receberá aporte de R$ 185 milhões e deverá produzir 5.000 veículos em seu primeiro ano de funcionamento, previsto para 2014.
Depois do terceiro ano, a fábrica terá sua capacidade de produção anual elevada para 15 mil unidades.
Os caminhões serão comercializados no Brasil e exportados inicialmente para Peru, Chile e países da África.
Hoje, a empresa já vende nesses locais, mas a exportação é realizada pela China.
Para iniciar a operação brasileira antes de a planta ser concluída, veículos devem ser importados até o final deste ano. O objetivo é vender na região Sul e, principalmente, em São Paulo.
"Vamos aproveitar a demanda por caminhões leves que existe na cidade por causa da lei que proíbe a circulação de veículos pesados", diz João Batista Ribeiro, sócio da empresa no Brasil.
A expectativa é que as obras comecem no ano que vem. Essa será a primeira planta da empresa fora da China.
DESEMPENHO DA VELHA GUARDA
Com os juros reais na mínima histórica e o câmbio depreciado, ações de empresas estrangeiras se tornam mais atraentes. A Credit Suisse Hedging-Griffo abriu em julho, no Brasil, o fundo Global Equities, que tem 100% dos recursos aplicados em companhias do exterior.
"Lá há mais opções de setores e empresas listadas, o que diversifica o risco da carteira", diz Artur Wichmann, gestor de fundos internacionais da instituição suíça.
"Além disso, hoje é fácil aplicar daqui." Com patrimônio de R$ 13 milhões, o fundo é para investidor qualificado (com mais de R$ 300 mil para aplicar) e aloca recursos em multinacionais.
"Grandes empresas, inclusive as tradicionais, como a Disney e o Walmart, estão com desempenho muito bom neste ano nos EUA e na Europa. Não são só as de tecnologia, como a Apple."
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