quarta-feira, outubro 10, 2012

Eduardo na cabeça - ILIMAR FRANCO


O GLOBO - 10/10

Um decano do Congresso acredita que para o governador Eduardo Campos (PSB) viabilizar sua candidatura a presidente, em 2014, ele teria que ter o apoio dos tucanos. O experiente político diz que esta é a melhor alternativa para o PSDB, abrir mão da cabeça da chapa. Avalia que se o governo Dilma estiver bem, e Campos for candidato ao Planalto, ele vai dividir os votos da oposição.

Geddel: ‘É uma questão local’
O vice da CEF, Geddel Vieira Lima, não cogita deixar o cargo ao apoiar ACM Neto (DEM) em Salvador. O vice-presidente Michel Temer avaliza essa posição. No início do ano, Temer queria que Geddel apoiasse ACM para que Chalita tivesse o DEM ao seu lado em São Paulo. Para o PMDB, a função que Geddel ocupa se deve ao apoio à presidente Dilma em 2010. Os peemedebistas lembram que, em 2008, o governador Jaques Wagner (PT) apoiou Imbassahy (PSDB) contra o prefeito de Salvador, João Henrique, então PMDB. E acrescentam que não dá para demonizar o DEM, partido que se coligou com o prefeito Luiz Marinho (PT) em São Bernardo do Campo (SP).

“O PT foi oposição ao Aécio (Neves) nos últimos dez anos. Eles estão empurrando o (Marcio) Lacerda para o nosso colo”
Marcus Pestana
Deputado federal e presidente do PSDB-MG

Os riscos da retaliação
Os aliados não acreditam que a presidente Dilma vá retaliar governistas que divergirem do PT no segundo turno da eleição municipal. Perguntam: “A presidente vai querer criar uma legião de guerrilheiros contra a reeleição dela em 2014?”

Ele quer aclamação
Condenado pelo STF por corrupção ativa, o ex-ministro José Dirceu avisou aos amigos que vai hoje à reunião do diretório
nacional do PT. Ele quer ser tratado como herói injustiçado. Seus simpatizantes preparam faixas e notas de repúdio à decisão do STF. A oposição está exultante e vai explorar o fato no segundo turno das eleições.

O próximo alvo: governos estaduais
O prefeito Gilberto Kassab, maior liderança do PSD, diz que seu partido teve “uma largada boa” nas eleições municipais e prevê que “muita gente virá”. O objetivo do partido, a partir de agora, é construir candidaturas aos governos dos estados.

A cara limpa do PMDB
O PMDB fez 930 mil votos a mais do que em 2008, elegeu 20 prefeitos a mais nas eleições em São Paulo e passará a ter quatro vereadores na capital. O vice-presidente Michel Temer fortaleceu sua posição política nacional e debita o êxito à candidatura de Gabriel Chalita. Temer resume: “Há um novo PMDB em São Paulo. O Chalita deu uma cara limpa ao PMDB.”

Fechando as portas
O Planalto, com o apoio do PSD e de partidos aliados, enviou projeto de lei do Executivo para o Congresso criando regra pela qual os partidos novos só terão direito a tempo na TV e a recursos do Fundo Partidário após um ano de sua criação.

Acerto de contas no PV do Rio
O ex-deputado Fernado Gabeira não se conforma com a votação de Aspásia Camargo: “O PV do Rio que saiu das urnas com 1% dos votos deveria ter a decência de meditar silenciosamente sobre sua atuação antes de voltar à cena”.

MENSALÃO. Reconhecer erros é construtivo no infortúnio. É inútil culpar a imprensa pela negligência pessoal. Ela é intransferível.

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