FOLHA DE SP - 07/09
Setor de máquinas demite 10 mil desde outubro
A indústria nacional de máquinas demitiu quase 10 mil funcionários entre outubro de 2011 e julho deste ano, segundo a Abimaq (associação de fabricantes locais).
O número ilustra o quadro de dificuldade do setor, que levou o governo a adotar medidas de socorro, como a que eleva imposto de importação, anunciada nesta semana, segundo Lourival Franklin, executivo da entidade.
"As ações são muito relevantes, mas só ajudam a estancar o problema daqui a uns quatro meses", diz.
Para a Abimei, entidade que reúne importadores brasileiros de máquinas, a medida deve prejudicar até mesmo alguns fabricantes locais.
"Temos grandes fabricantes estrangeiros construindo planta no país para diversificar seu mix de produtos com equipamento importado. Decidiram investir aqui, mas a regra do jogo mudou", diz Ennio Crispino, da Abimei.
A indústria nacional não pode sozinha abastecer toda a demanda doméstica por equipamentos usados em setores de construção, hospitalar, automotivo e outros, segundo Crispino.
"O consumo anual de equipamentos do tipo centros de usinagem, por exemplo, varia de 2.500 a 3.000 máquinas, mas os fabricantes locais não são capazes de produzir 800. É preciso importar, mas ficou caro", afirma.
A Abimaq discorda. A entidade lembra que o nível de utilização da capacidade instalada do setor ficou em 76% em julho, o pior dos últimos 40 anos, segundo Franklin.
PARCERIA NO CÂMBIO
O Banco Paulista, que tem como subsidiária a corretora Socopa, acaba de firmar uma parceria com a administradora de cartões Alelo para comercialização do cartão pré-pago MoneyCard, utilizado para compras e saques em moeda estrangeira.
"Mais do que um banco de crédito, nós trabalhamos com serviços, somos uma butique de câmbio. Nós já abastecemos o atacado [corretoras de câmbio] e agora teremos uma ligação maior com o varejo", afirma o presidente do Banco Paulista, Álvaro Augusto Vidigal.
Antes, o cartão era vendido apenas nas agências Bradesco Exchange e Extensões de Câmbio e unidades do Bradesco Prime. Com a parceria, a Alelo espera duplicar as vendas do produto.
"Contaremos com uma rede de corretoras com potencial de igualar e até superar o volume atual", diz Ronaldo Varela, diretor-executivo da administradora.
GUINDASTE AÉREO
Os empresários João Velloso, do Helipark (centro de serviços para operadores de helicóptero), e Nilson Rocha, da empresa de guindastes Guindastec, uniram-se para trazer ao país o primeiro helicóptero de carga russo Kamov 32.
O helicóptero é capaz de transportar cinco toneladas de carga ou 5.000 litros de água. "Há um potencial inexplorado em empresas de petróleo, infraestrutura em regiões de difícil acesso, missões de resgate e combate a incêndios", diz Velloso, que não revela o custo do helicóptero.
O primeiro serviço, ainda não executado, será o transporte de um tanque de decantação de esgoto de seis metros de altura por seis metros de largura até Bertioga - "seria impossível descer a serra com esse tanque", diz. A hora de voo não sai por menos de R$ 30 mil, mais do que o dobro do custo operacional de um helicóptero de médio porte.
TANGO
A empresa brasileira de lingeries Hope acaba de inaugurar sua terceira franquia na Argentina.
Essa é a sétima unidade da companhia no exterior -são duas em Portugal, duas em Israel e outras duas no país vizinho.
A marca entrou no mercado internacional no ano passado e deve ampliar sua presença em Portugal para, depois, ir a outros países do continente europeu.
A rede de lojas da Hope tem hoje 96 unidades. Até o final do ano, deverão ser 130.
7 é o número de franquias da empresa no exterior -duas em Portugal, duas em Israel e três na Argentina
2011 foi o ano em que a marca começou sua internacionalização
96 é o atual número de lojas da companhia no Brasil e no exterior
130 unidades deverão estar abertas até o final do ano
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