FOLHA DE SP - 03/08
Cresce embarque de suíno e autopeça à Argentina
As exportações brasileiras de suíno e autopeças à Argentina já dão sinais de que o governo do país vizinho começa a flexibilizar as restrições para entrada de produtos.
As duas mercadorias estão entre os produtos brasileiros cujas exportações para a Argentina subiram depois das negociações com o país, de acordo com dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil).
"Licenças de importação que estavam sob análise do governo argentino foram liberadas e a flexibilização de exigências também beneficiou outros setores, como o de calçados", diz a a secretária de Comércio Exterior do ministério, Tatiana Prazeres.
No caso dos suínos, os embarques, que quase haviam sido interrompidos, passaram de US$ 1,5 milhão em junho para US$ 8 milhões em julho -alta de 422,5%.
De janeiro a julho deste ano, porém, o total de exportações teve queda de 17,2%, ressalta a secretária. A situação começou a melhorar um pouco no mês passado.
"Em julho, o comércio como um todo começou a se intensificar. Os setores de suínos e de autopeças eram dois segmentos que reclamavam muito de dificuldades para exportar para a Argentina, mas houve melhora na relação bilateral."
Além de sofrer com as barreiras comerciais, as exportações brasileiras ressentem também com a crise, que reduziu o apetite para compras, segundo Prazeres.
No acumulado deste ano, até julho, as vendas ao país registraram US$ 10 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 8,7 bilhões.
IMPASSE NO AEROPORTO
Para combater o prejuízo que diz ter sido provocado pela greve da Anvisa, o Sindusfarma (sindicato da indústria farmacêutica) voltou a ingressar com medida judicial no porto de Santos e protocolou novos mandados de segurança para liberação de mercadoria em Anápolis, Curitiba, Rio e Campinas.
A entidade obteve, no último sábado, liminar em mandado de segurança para que as mercadorias que se encontram no aeroporto de Guarulhos fossem liberadas.
De acordo com o sindicato, porém, o posto de atendimento da Anvisa em Guarulhos está dificultando o cumprimento da decisão judicial.
A Anvisa, por sua vez, diz que a atuação do posto de Guarulhos ocorre "dentro das normas da legislação vigente, que determina que 30% da força de trabalho fique disponível para os serviços considerados essenciais".
ENERGIA TRANSMITIDA
A gaúcha Masterzinc, que trabalha com galvanização (tecnologia que protege o aço contra corrosão), vai entrar no setor de energia.
Com aporte de R$ 20 milhões, a companhia irá criar uma nova empresa, a Masterenergia, para fabricar torres e equipamentos para transmissão de energia.
"Encomendamos um estudo de mercado, que apontou que esse é um setor que terá bom crescimento nos próximos dez anos. Não existem nem dez empresas no Brasil que trabalham com construção de torres", diz Alex Godoy, sócio da Masterzinc.
A planta terá capacidade para produzir 1.800 toneladas de equipamentos por mês. Uma torre leve pesa quatro toneladas, enquanto as mais pesadas podem chegar a 750 toneladas.
A nova fábrica será instalada em Canoas e o acabamento e a expedição dos produtos serão feitos na unidade de Charqueadas, onde a empresa faz galvanização. As duas cidades ficam na região metropolitana de Porto Alegre.
R$ 20 MILHÕES serão investidos na fábrica
1.800 TONELADAS poderão ser produzidas por mês na unidade
3.500 m2 de área construída terá a planta
3 empresas serão as principais concorrentes: SAE Towers (MG), Damp (MG) e Brametal (ES)
750 TONELADAS podem pesar as maiores torres, as menores tem quatro toneladas
PONTUALIDADE SUÍÇA
O presidente mundial da TAG Heuer, Jean-Christophe Babi, esteve no Brasil nesta semana para conhecer o mercado do Rio de Janeiro e pontos de São Paulo onde a empresa poderá instalar suas lojas.
Em outubro, a marca abre sua primeira unidade no país, no shopping Cidade Jardim, em São Paulo.
Babi afirma que a companhia pretende ter lojas também em mais "duas ou três cidades", sem dizer quais serão nem quando as unidades serão implantadas.
A expansão da marca no Brasil não tem relação com a crise europeia, diz o presidente da empresa.
"Traçamos estratégias de longo prazo. Vemos os países onde podemos crescer mais. Se queremos ser líderes mundiais, temos de ser fortes no Brasil, na Indonésia, na China."
Com as novas lojas e mais campanhas de publicidade, Babi acredita que poderá dobrar o faturamento da empresa no Brasil em quatro anos.
A marca continuará com sua parceria com a H.Stern.
2ª posição é ocupada pela empresa no ranking mundial das marcas de relógio de luxo
26% foi o crescimento em 2011 do segmento de relógios dentro do grupo LVMH, ao qual a TAG Heuer pertence
INVESTIMENTO CONTRA A FOME
Oito em cada dez empresas do setor de agronegócio se dizem preparadas para aumentar em 40% sua produção no Brasil até 2020, de acordo com estudo da Amcham.
O crescimento é o desejado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para que o país contribua com a oferta de alimentos necessária para a população mundial em oito anos.
Com o objetivo de garantir o aumento da produção nesse período, 71% das empresas pretendem investir na diversificação do seu portfólio.
A qualificação de funcionários e o desenvolvimento de novas tecnologias aparecem na sequência, com 50% e 43%, respectivamente.
Material para Copa A Alcoa começa a fornecer alumínio para as obras da Arena Fonte Nova, em Salvador. Serão usadas 200 toneladas de alumínio da empresa.
Consórcio expandido A Embracon abre 16 filiais em sete Estados e inicia operação em Salvador, Rio e Florianópolis. O objetivo é atingir R$ 4 bilhões em vendas até o fim de 2013.
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