“Em nenhum lugar a Delta cresceu tanto como lá, e ninguém faz nada”
Senadora Kátia Abreu (PSD-TO) , inconformada com a blindagem do governo do Rio de Janeiro
DEPUTADO PAGA DOMÉSTICA COM VERBA DA CÂMARA
Crítico ferrenho da família Sarney e atual presidente da Comissão de Direitos Humanos, o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) é acusado de pagar uma empregada doméstica com dinheiro da Câmara. Regiane Abreu dos Anjos foi contratada em setembro de 2010, mas só descobriu que era funcionária fantasma do gabinete três meses depois, quando, demitida, procurou a 5ª Vara do Trabalho. Dutra alega ser vitima de adversários e disse que processa Regiane por “calúnia”.
REGISTRO POLICIAL
Regiane fez ocorrência na Polícia Civil, onde disse ter confiado seus documentos à mulher do deputado Dutra para abrir conta na Caixa.
FANTASMINHA CAMARADA
A documentação foi usada para nomear a doméstica como assessora parlamentar na Câmara, com salário que chega a R$ 3,1 mil por mês.
SEM CONCILIAÇÃO
Domingos Dutra foi obrigado a indenizar a doméstica com seis parcelas de R$ 1,5 mil, em razão de direitos trabalhistas negligenciados.
PRECEDENTE
Em março de 2009, o então deputado Alberto Fraga (DEM-DF) foi acusado de pagar uma babá nomeando-a assessora do seu gabinete.
DEPOIMENTOS VÃO OCUPAR A CPI POR SEIS MESES
As 51 pessoas convocadas ontem pela CPI mista do Cachoeira, sem mencionar o próprio bicheiro, vão prestar os respectivos depoimentos sempre às terças-feiras, segundo ficou definido. Isso permite estimar que, na melhor hipótese, de dois depoimentos por terça-feira, a comissão levará ao menos 25 semanas (ou seis meses) para ouvir os convocados, avançando, inclusive, no período de campanha eleitoral.
FAÇA O QUE DIGO...
O PSDB exige rapidez do governo contra corruptos, mas embroma no caso do deputado tucano Carlos Leréia (GO), o amigão de Cachoeira.
BLINDAGEM
Como os governadores, foram poupados de convocação à CPI o ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, e Fernando Cavendish, ex-Delta.
EVENTO JURÍDICO
O ministro Cesar Asfor Rocha será homenageado na terça (22) no Superior Tribunal de Justiça, do qual é decano, e vai lançar seis livros.
PERDEU, HADDAD
O PMDB perdeu a paciência com o secretário municipal de Esporte em São Paulo, Bebeto Haddad. Ele não deixou a boquinha na prefeitura de Gilberto Kassab e o PMDB interveio nos diretórios sob sua influência, em Guarulhos, Catanduva e em bairros como Santana e Vila Maria.
BUMBUM DE FORA
DEM anunciou apoio ao tucano José Serra na expectativa de indicar o vice de sua chapa, mas ele só definirá isso após a Justiça decidir sobre o tempo de TV. Se não der para o PSD, fará chapa “puro sangue”.
MICO DO CQC
A deputada estadual paulista Vanessa Damo (PMDB) vai pagar um mico dos gordos no próximo CQC. Assinou um papel pela redução do orçamento da Assembleia, mas não viu letras miúdas abrindo mão do salário. “Maldade à parte, a brincadeira foi boa”, disse esportivamente.
AVISO PRÉVIO
A blindagem do governador Sergio Cabral e de Fernando Cavendish, ex-Delta, não deveria surpreender. O relator da CPI, deputado Odair Cunha, sinalizou isso há três semanas, em seu plano de trabalho.
ESTRELA PARAIBANA
Senador há pouco tempo, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) tem se revelado uma das estrelas na CPI mista do Cachoeira. Atua no exame de documentos com o mesmo empenho que demonstra no plenário.
FRUSTRAÇÃO À VISTA
A Comissão da Verdade fará reuniões quinzenais a partir de segunda. Como são dois anos de trabalho, vai ser uma proeza sete pessoas avaliarem 42 anos (de 1946 a 1988) em 48 reuniões. Os otimistas podem se frustrar com o tamanho da tarefa e a pobreza da estrutura.
CONTRA AMNÉSIA
Do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sobre a possibilidade de a Comissão da Verdade investigar e punir quem lutou contra a ditadura:
“Não se pode rasgar a anistia, mas também sou contra a amnésia”.
MESMA ESCOLA
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) têm discursado em pé na CPI do Cachoeira. Logo surgiram comparações com o ministro Joaquim Barbosa, do STF.
TV CHUCHU
Enquanto pegava fogo na CPI mista de Cachoeira, a TV Senado transmitia uma sessão ordinária da Comissão de Relações Exteriores.
PODER SEM PUDOR
NÃO TE FRESQUEIA, TCHÊ
O líder gaúcho Flores da Cunha era do tipo que não guardava papas na língua e zelava pela reputação dos machos do Rio Grande do Sul. Mas, certa vez, num comício em Uruguaiana, ao ser saudado, um orador local exagerou nos elogios:
– Bravo general, corpo de espartano, cérebro ateniense, coração de pomba, alma de dama...
Ele chama o chefe político e ordena, interrompendo o discurso:
– Tira esse demente daqui antes que ele me chame de fresco.
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