O GLOBO - 21/04/12
Pacto de silêncio
A informação que tanto irritou, com razão, a presidente da República, está ao alcance de qualquer pessoa no site do Senado. Qualquer funcionário da Casa Civil ou da Articulação Política poderia ter repassado isso aos seus superiores e, estes, no caso, estas (Gleisi e Ideli), poderiam ter avisado Dilma.
Mudinho da Corte
Com essas coisas, o Gilbertinho não ousa fazer fofocas. Mas deveria, por lealdade, contar à presidente, que mulher de Braga é suplente.
Campanha pobre
A “CPI do Submundo” ou “CPI de Todo Mundo”, tenha lá o nome que se queira, já conseguiu, antes de ser formalmente instalada, um efeito alvissareiro. A redução do financiamento privado de campanha pelo caixa dois das empreiteiras. Agora, em vez de comprar, muitos candidatos a prefeito terão que suar a camisa para conquistar votos.
Cadê eles?
Não há precedente. Nunca, em momentos de ebulição política no país, como o de agora, ouviu-se esse ensurdecedor silêncio dos governadores diante de uma CPI.
Boca Mole
Quem conhece Cachoeira, Cavendish e Pagot afirma que a CPI não terá muito trabalho com os três.
Não será preciso nem apertá-los.
Basta provocá-los.
O voo ousado de Eduardo Campos ao Planalto
Enquanto a mídia e o Congresso se ocupavam do caso Demóstenes, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, dava o seu passo mais ousado da sua caminhada rumo ao Palácio do Planalto: a reunificação política de Pernambuco, o estado tradicionalmente mais ideologizado da federação.
Há quase 30 anos rompidos, 20 dos quais sem sequer se cumprimentarem protocolarmente, Campos e o senador Jarbas Vasconcelos se reuniram dia desses numa casa de praia próxima a Recife, retomando a antiga amizade dos tempos em que Jarbas fora candidato a prefeito de Recife, em 85 e, eleito, fizera do neto de Arraes, ainda menino, o mais novo chefe de gabinete da secretaria de governo municipal.
As ambições de Eduardo Campos são claras: ele quer ser presidente da República já, daqui a dois anos e pouco. Antes de pousar sua nave em Pernambuco, percorreu outros centros políticos, Rio e São Paulo, principalmente, para se viabilizar como alternativa à presidente Dilma.
Entrando no Rio e São Paulo pela porta da frente, recebendo dos respectivos prefeitos as chaves das duas cidades, Campos continua cruzando os céus do país, só que agora na condição de líder político do estado de Pernambuco.
2014
Eduardo Campos e Jarbas não fizeram — e não consta dos seus planos fazê-la— nenhuma aliança para as eleições municipais deste ano, em Pernambuco.
O projeto dos dois é nacional.
Inibição
Dilma também não quer se meter com as eleições municipais. Vai passar ao largo das disputas que envolverem suas bases. No caso de São Paulo, ela acha que, não panfletando com Haddad, seu vice Michel ficará inibido de carregar Chalita.
Novela
Gente, o palácio está insuportável. Muitas fofocas.
E quase nenhum trabalho.
O Gilbertinho já até ganhou o apelido de Adauto, o X-9 da Avenida Brasil que leva tudo para Muricy.
Boca do lobo
O FMI não está fazendo bem à cabeleira platinada de Christine Lagarde. Antes de desembarcar em Washington, em julho do ano passado, para se tornar a primeira mulher a dirigir a instituição, a francesa ostentava penteados ondulados chiquérrimos. Segundo a maldade de um velho lobo da imprensa, o cabelo agora chapado faz a ex-ministra da Economia e Finanças da França parecer um Ferreira Gullar com corte chanel.
UTI da cerveja
Ontem, durante consulta de rotina para examinar suas afinadas cordas vocais, Zeca Pagodinho inverteu os papeis e acabou diagnosticando o estresse do seu otorrino Jair de Castro. Por considerar gravíssimo o estado do paciente, o “Doutor” Zeca acabou levando o médico para a UTI mais próxima: um boteco perto da própria clínica, em Ipanema.
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