ZERO HORA - 26/03/12
Ao afirmar que não há crise política e que o governo não tem de ganhar todas no Congresso, a presidente Dilma nega a realidade, desenhando um cenário ideal. Diálogo de alto nível e respeito acerca da decisão da maioria deveriam, sim, nortear as relações entre os dois poderes. Na prática, porém, por trás de cada votação importante, a tradição é de barganha envolvendo emendas e cargos. O Congresso não qualifica o debate, e o governo tenta patrolar. Dilma tem razão em tentar romper com o toma lá dá cá, mas não tem o suporte de uma articulação política azeitada. O resultado é que hoje ela não aprova nem a indicação para uma agência reguladora. A crise não só existe, como se agrava, submetendo o país ao risco da paralisia. Não adianta negar.No seu bolso
Enquanto Dilma promete redução de impostos, duas medidas provisórias elevam a carga tributária da agroindústria em 9,25%. É aumento de PIS Cofins para setores como leite, frango, soja e biodiesel. Relator da MP 556, o deputado Jerônimo Goergen espera que a equipe econômica, agora, se sensibilize e aceite revisar o índice. A MP já tranca a pauta da Câmara.
Correndo atrás
De olho na proximidade de Manuela D"Ávila (PC do B) com Ana Amélia Lemos (PP), o prefeito José Fortunati quer marcar uma reunião privada com a Senadora. A despeito da intenção do PP da Capital de apoiar o pedetista, Ana Amélia não esconde a preferência por Manuela. Na estratégia de aproximação, Fortunati telefonou para a Senadora para convidá-la para as comemorações do aniversário de Porto Alegre.
Apertem os cintos
Com Marco Maia (foto) na presidência da República, a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) presidirá a Câmara a partir de hoje. O temor do Planalto é que os parlamentares se aproveitem do clima de guerra para colocar em votação algum tema caro ao governo. Em tempo: Rose é da ala rebelde do PMDB e acalenta o sonho de chegar à presidência da Casa.
Crack, nem Pensar
A implantação do plano de combate ao crack no Estado deve ser assinada no próximo dia 20 de abril, em Porto Alegre. A ideia é aproveitar a presença de ministros que já estarão no Rio Grande do Sul para o debate acerca do pacto federativo e renegociação da dívida com a União.
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