BRASÍLIA - Dilma e Amorim avançaram e agora não têm como recuar diante das manifestações impertinentes e, de certa forma, irresponsáveis de setores da reserva militar, sobretudo do Exército.
Diante do primeiro manifesto, em que eles criticam a própria comandante em chefe das Forças Armadas, Dilma e o ministro poderiam simplesmente ter dado de ombros, mas determinaram aos comandantes que garantissem a retirada do texto. Eles garantiram e o problema continuou. Talvez tenha até aumentado.
Em novo manifesto, já com centenas de nomes, os insatisfeitos não reconhecem autoridade no ministro da Defesa para exigir a retirada do texto dos clubes militares -aqueles que fazem festinhas, palestras e, de vez em quando, uma provocação qualquer para mostrar que estão vivos.
Criou-se um impasse no governo: se continuarem exigindo retratações e anunciando punições, Dilma e Amorim correm o risco de botar mais lenha nessa fogueira; mas, se fingirem que não é com eles, demonstrarão fraqueza e serão alvos fáceis de uma avalanche de notas, manifestos e mensagens pela internet.
É um "equilíbrio delicado", como me definiram ontem, mas o governo decidiu seguir a lei. Os signatários dos manifestos se dizem protegidos pela lei 7.524, de 1986, que autoriza manifestação de opinião para militares inativos. Já Dilma e Amorim dizem, com razão, que criticar a presidente e desacatar o ministro da Defesa não é mera "opinião", e sim quebra de hierarquia -proibida expressamente pelo Estatuto Militar.
É este que vai valer, ao lado dos regulamentos internos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Ou seja: o governo vai continuar dando sinais de comando e cabe aos militares, inclusive aos da reserva, acatarem e se aquietarem, até porque o país vive em paz, a democracia é boa para todo mundo e, afinal, não faz o menor sentido se opor com tanta virulência à... verdade.
Diante do primeiro manifesto, em que eles criticam a própria comandante em chefe das Forças Armadas, Dilma e o ministro poderiam simplesmente ter dado de ombros, mas determinaram aos comandantes que garantissem a retirada do texto. Eles garantiram e o problema continuou. Talvez tenha até aumentado.
Em novo manifesto, já com centenas de nomes, os insatisfeitos não reconhecem autoridade no ministro da Defesa para exigir a retirada do texto dos clubes militares -aqueles que fazem festinhas, palestras e, de vez em quando, uma provocação qualquer para mostrar que estão vivos.
Criou-se um impasse no governo: se continuarem exigindo retratações e anunciando punições, Dilma e Amorim correm o risco de botar mais lenha nessa fogueira; mas, se fingirem que não é com eles, demonstrarão fraqueza e serão alvos fáceis de uma avalanche de notas, manifestos e mensagens pela internet.
É um "equilíbrio delicado", como me definiram ontem, mas o governo decidiu seguir a lei. Os signatários dos manifestos se dizem protegidos pela lei 7.524, de 1986, que autoriza manifestação de opinião para militares inativos. Já Dilma e Amorim dizem, com razão, que criticar a presidente e desacatar o ministro da Defesa não é mera "opinião", e sim quebra de hierarquia -proibida expressamente pelo Estatuto Militar.
É este que vai valer, ao lado dos regulamentos internos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Ou seja: o governo vai continuar dando sinais de comando e cabe aos militares, inclusive aos da reserva, acatarem e se aquietarem, até porque o país vive em paz, a democracia é boa para todo mundo e, afinal, não faz o menor sentido se opor com tanta virulência à... verdade.
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