“Boatos sobre demissão são piadas de mau gosto”
Ministro Guido Mantega (Fazenda) cumprindo o rito de saída, ao negar demissão
OPOSIÇÃO APOSTA NO ENVOLVIMENTO DE MANTEGA
A oposição acusou de improbidade administrativa o ministro Guido Mantega (Fazenda), em representação feita ontem ao procurador-geral da República, na expectativa de que as investigações revelem a extensão do seu envolvimento com o ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci, que teria recebido propinas de US$ 25 milhões no exterior. A Receita Federal e a Polícia Federal investigam Denucci.
SIGA O DINHEIRO
A oposição quer rastrear a origem da suposta propina de US$ 25 milhões. Suspeita que não teria relação apenas com a Casa da Moeda.
FINGINDO-SE DE MORTO
Informado há um ano das acusações que pesam contra Denucci, Guido Mantega só agiu quando soube que a imprensa o denunciaria.
ENDOSSO PETEBISTA
Mantega informou que Denucci fora indicado pelo PTB, mas o partido negou, contando que o ministrou pediu apenas o “endosso” da escolha.
IMPROBIDADE
Ao retardar o ato de ofício de ordenar sindicância, Guido Mantega incidiu em improbidade, diz o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
FORÇA VETA INDICAÇÃO DE PROMOTOR AO TRABALHO
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT) avisou ao ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) que a central Força Sindical, que preside, não apoia o correligionário Vieira da Cunha (RS) para a pasta do Trabalho. Cunha é da banda ética do PDT e preferido da presidente Dilma, mas enfrenta a resistência de quem tem medo de água fria: ele é promotor licenciado da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre.
É DE CASA
Vieira da Cunha tem em seu currículo outro fator de peso: é amigo pessoal do advogado Carlos Araújo, influente ex-marido de Dilma.
RABO PRESO
Indicado pela banda de Carlos Lupi para o Ministério do Trabalho, o deputado André Figueiredo (CE) recuou. Teme o noticiário.
SEM ALTERNATIVA
Com André Figueiredo correndo da disputa, a banda complicada do PDT aposta as fichas em Manoel Dias, secretário-geral do partido.
A CAMINHO DA CADEIA
Suspeita-se, no governo do DF, que pelo menos um dirigente do Metrô foi conivente com os porras-loucas que tentaram aterrorizar a população sabotando o sistema operacional dos trens. O delegado Yuri Rodrigues, que descobriu o crime, pode pedir a prisão da quadrilha.
REAÇÃO
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB) joga no colo do governador do Rio a divulgação, sem autorização judicial, de gravações de deputados incitando a greve dos policiais: “Isso é banditismo. Fora Cabral”.
CABEÇA NO BURACO
O presidente do PSOL, Ivan Valente, minimiza o flagrante da deputada Janira Rocha (RJ) tramando a greve de policiais: “Que se expliquem a Polícia Federal e o governo, que gravaram e divulgaram as conversas”.
PCDOB, 90
O PCdoB prepara uma sequência de festas para comemorar seus 90 anos. No dia 23, o evento terá shows de Martinho da Vila, Derci Brandão e Netinho de Paula, pré-candidato a prefeito de São Paulo.
NEM AÍ
Três meses depois, a ministra Miriam Belchior (Planejamento) ainda não respondeu ao pedido do governador Simão Jatene (PSDB) e da bancada do Pará para concluir as obras da hidrovia do rio Tocantins, essenciais para as eclusas de Tucuruí funcionarem durante todo o ano.
LULA, O TRATOR
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), já levanta a bandeira pró-aliança com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) na disputa para prefeito de São Paulo. “A resistência dentro do PT diminuiu”. Anrã.
CARA E CORAGEM
Para o deputado Fernando Marroni (PT-RS), a coragem não foi apenas de Kassab, que enfrentou uma surra de vaias na festa do PT, mas de Lula “quando pensa em fazer essa aliança”.
NINGUÉM MERECE
A dois dias do carnaval, o governo do DF trava batalha para convencer os policiais militares a não entrar em greve em assembleia marcada para esta quarta-feira. Os PMs do DF são os mais bem pagos do País.
TAPA NO VISUAL
Após aumentar em 70% a verba de representação, o presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Patrício, continua desafiando a paciência do eleitor: resolveu dar um “tapa no visual” do seu gabinete.
PODER SEM PUDOR
BRASIL NÃO É CUBA
Os jornalistas Ivanildo Sampaio e Ernani Régis contam no livro Quincas Borba no Folclore Político a reunião de Leonel Brizola com amigos, em 1982, quando decidiu disputar o governo do Rio de Janeiro. Um jovem esquerdista insistia para que o manifesto de lançamento da candidatura propusesse reforma agrária e distribuição de renda radicais. Com a prudência curtida em anos de exílio e sofrimento, Brizola descartou:
– Meu filho, o Brasil não é Cuba nem a burguesia brasileira cabe em Miami.
Nenhum comentário:
Postar um comentário