quarta-feira, fevereiro 15, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“Boatos sobre demissão são piadas de mau gosto”
Ministro Guido Mantega (Fazenda) cumprindo o rito de saída, ao negar demissão

OPOSIÇÃO APOSTA NO ENVOLVIMENTO DE MANTEGA 

A oposição acusou de improbidade administrativa o ministro Guido Mantega (Fazenda), em representação feita ontem ao procurador-geral da República, na expectativa de que as investigações revelem a extensão do seu envolvimento com o ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci, que teria recebido propinas de US$ 25 milhões no exterior. A Receita Federal e a Polícia Federal investigam Denucci.

SIGA O DINHEIRO

A oposição quer rastrear a origem da suposta propina de US$ 25 milhões. Suspeita que não teria relação apenas com a Casa da Moeda.

FINGINDO-SE DE MORTO

Informado há um ano das acusações que pesam contra Denucci, Guido Mantega só agiu quando soube que a imprensa o denunciaria.

ENDOSSO PETEBISTA

Mantega informou que Denucci fora indicado pelo PTB, mas o partido negou, contando que o ministrou pediu apenas o “endosso” da escolha.

IMPROBIDADE

Ao retardar o ato de ofício de ordenar sindicância, Guido Mantega incidiu em improbidade, diz o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

FORÇA VETA INDICAÇÃO DE PROMOTOR AO TRABALHO

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT) avisou ao ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) que a central Força Sindical, que preside, não apoia o correligionário Vieira da Cunha (RS) para a pasta do Trabalho. Cunha é da banda ética do PDT e preferido da presidente Dilma, mas enfrenta a resistência de quem tem medo de água fria: ele é promotor licenciado da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre. 

É DE CASA

Vieira da Cunha tem em seu currículo outro fator de peso: é amigo pessoal do advogado Carlos Araújo, influente ex-marido de Dilma. 

RABO PRESO

Indicado pela banda de Carlos Lupi para o Ministério do Trabalho, o deputado André Figueiredo (CE) recuou. Teme o noticiário.

SEM ALTERNATIVA

Com André Figueiredo correndo da disputa, a banda complicada do PDT aposta as fichas em Manoel Dias, secretário-geral do partido.

A CAMINHO DA CADEIA

Suspeita-se, no governo do DF, que pelo menos um dirigente do Metrô foi conivente com os porras-loucas que tentaram aterrorizar a população sabotando o sistema operacional dos trens. O delegado Yuri Rodrigues, que descobriu o crime, pode pedir a prisão da quadrilha.

REAÇÃO

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB) joga no colo do governador do Rio a divulgação, sem autorização judicial, de gravações de deputados incitando a greve dos policiais: “Isso é banditismo. Fora Cabral”.

CABEÇA NO BURACO

O presidente do PSOL, Ivan Valente, minimiza o flagrante da deputada Janira Rocha (RJ) tramando a greve de policiais: “Que se expliquem a Polícia Federal e o governo, que gravaram e divulgaram as conversas”.

PCDOB, 90

O PCdoB prepara uma sequência de festas para comemorar seus 90 anos. No dia 23, o evento terá shows de Martinho da Vila, Derci Brandão e Netinho de Paula, pré-candidato a prefeito de São Paulo.

NEM AÍ

Três meses depois, a ministra Miriam Belchior (Planejamento) ainda não respondeu ao pedido do governador Simão Jatene (PSDB) e da bancada do Pará para concluir as obras da hidrovia do rio Tocantins, essenciais para as eclusas de Tucuruí funcionarem durante todo o ano.

LULA, O TRATOR

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), já levanta a bandeira pró-aliança com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) na disputa para prefeito de São Paulo. “A resistência dentro do PT diminuiu”. Anrã.

CARA E CORAGEM

Para o deputado Fernando Marroni (PT-RS), a coragem não foi apenas de Kassab, que enfrentou uma surra de vaias na festa do PT, mas de Lula “quando pensa em fazer essa aliança”.

NINGUÉM MERECE

A dois dias do carnaval, o governo do DF trava batalha para convencer os policiais militares a não entrar em greve em assembleia marcada para esta quarta-feira. Os PMs do DF são os mais bem pagos do País.

TAPA NO VISUAL

Após aumentar em 70% a verba de representação, o presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Patrício, continua desafiando a paciência do eleitor: resolveu dar um “tapa no visual” do seu gabinete. 

PODER SEM PUDOR

BRASIL NÃO É CUBA

Os jornalistas Ivanildo Sampaio e Ernani Régis contam no livro Quincas Borba no Folclore Político a reunião de Leonel Brizola com amigos, em 1982, quando decidiu disputar o governo do Rio de Janeiro. Um jovem esquerdista insistia para que o manifesto de lançamento da candidatura propusesse reforma agrária e distribuição de renda radicais. Com a prudência curtida em anos de exílio e sofrimento, Brizola descartou:

– Meu filho, o Brasil não é Cuba nem a burguesia brasileira cabe em Miami.

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