“A gente não quer transformar Estado laico em Estado religioso”
Deputado Gabriel Chalita (PMDB), militante católico, candidato a prefeito de São Paulo
PMDB AGORA AMEAÇA DEVOLVER CARGOS À DILMA
O senador Vital do Rego (PB) não aceita a designação, mas assumiu, de fato, uma espécie de liderança da bancada dos descontentes do PMDB e avisou à cúpula do partido, em conversa franca, que articula uma reunião para discutir a devolução ao governo dos poucos cargos disponibilizados a peemedebistas. Ele próprio se surpreendeu com a adesão: mais de cinquenta parlamentares. Culpa a ganância do PT.
PARA POUCOS
Para Vital do Rego, no PMDB do Senado só os três maiores líderes são atendidos pelo governo: José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros.
CALOTE DE 60%
Levantamento da base aliada indica que o governo ainda não cumpriu 40% dos compromissos de empenho de emendas parlamentares.
SEM NOÇÃO
Lulistas do PT ironizam a luta do presidente da Câmara, Marco Maia, por cargos: “Ele sempre se comportou como deputado de baixo clero”.
FAZ DE CONTA
A Infraero vai bancar 49% da operação e continuará comprometendo 60% do orçamento com salários, sem sobrar nada para investimentos.
GOVERNO DO DF RECUA E MANTÉM PROMOÇÃO DE PM
O governo do DF não cancelou, como havia anunciado, a promoção do PM João Dias, cuja delação derrubou o ex-ministro do Esporte Orlando Silva e cujas acusações provocaram séria crise no governo local. A promoção não foi cancelada nem mesmo diante da evidência de que foi um desafio da Polícia Militar à autoridade do governador Agnelo Queiroz (PT). João Dias até invadiu o Palácio do Buriti para insultar autoridades, esbofetear funcionárias e agredir seguranças.
PROBLEMÁTICO
João Dias é suspeito de enriquecimento ilícito, com um padrão de vida incompatível com seus vencimentos, e responde a vários processos.
INDIGNAÇÃO
O secretário de Governo, Paulo Tadeu, alvo dos insultos de João Dias, garantira, indignado, a esta coluna, que a promoção seria anulada.
QUEM DECIDIU
Agnelo Queiroz acolheu a recomendação do secretário de Segurança, Sandro Avelar, e do comandante da PM para manter a promoção.
CEIFADEIRA
O prefeito petista de São Bernardo (SP), Luiz Marinho, exonerou a subsecretária Maria Isabel Fonseca, mulher de Hamilton Lacerda, ex- assessor do ministro Aloizio Mercadante no rolo do dossiê anti-Serra. Sem grilo: Lacerda tem fazenda em Goiás. Ela poderá plantar batatas.
PECADOS DE MAIA
Do deputado Paulo Teixeira (PT) sobre o descontrole do presidente da Câmara, Marco Maia, que encerrou votação por causa de cargo: “A ira é um dos sete pecados capitais. Ele agora está com a alma tranquila”.
EFEITOS COLATERAIS
Na luta contra um câncer na laringe, o ex-presidente Lula se queixou a um petista dos efeitos do tratamento. Desde que começou a radioterapia, Lula sofre com a perda da voz e do paladar e a falta de apetite.
BOBAGENS EM SÉRIE
O deputado distrital Agaciel Maia (PTC) deve ter dificuldade para ocupar o tempo. Projeto dele inclui uma festa “Lavagem do acarajé da Yaiá” no calendário cultural de Brasília. Outro cria o “Dia do Reggae”.
MACACO DE AUDITÓRIO
Jornal sul-coreano diz que parte da reserva ecológica de Guapi Assu, Rio, se chamará Seo Tai-ji após os fãs doarem R$ 34,7 mil ao fundo britânico Worl Land Trust. Logo os cariocas vão chamá-la de “Seu Taí”.
EXEMPLO IGNORADO
O governo Dilma perdeu ótima chance de imitar a vizinha Argentina na privatização dos aeroportos. Dos 63 aeroportos privatizados lá, apenas quatro davam lucro. E o vencedor teve de levar os que davam prejuízo.
ESCUTA LÁ
O Senado vai virar call-center: comprou 200 headsets, com fones de ouvido acolchoados, entrada USB e microfone uniderecional. Pelo preço, é artigo de primeira: R$ 99 cada, revela a ONG Contas Abertas.
VIDA DURA
O americano David Goldman, que ganhou a custódia do filho Sean, 11, tenta o caminho das pedras tão usual no Brasil: criou uma ONG para ajudar outras vítimas, passando o chapéu para arrecadar fundos.
CHANCHADA
Cineminha logo mais na Granja do Torto: Carnaval no fogo.
PODER SEM PUDOR
HUMOR NA FEIRA
Maurício Fruet era uma figuraça. Sem mandato, em 1994, resolveu reformar sua loja em Curitiba. Vestia roupas velhas e metia a mão na massa. Certo dia, encontrou um velho amigo, que pareceu chocado com sua roupa surrada. Fruet resolveu pregar uma peça:
– A coisa não está boa. Perdi a eleição, estou desempregado, mas vou tocando: vendo laranjas na feira...
Compadecido, o amigo enfiou, discretamente, em seu bolso uma nota de cem reais. No dia seguinte, às gargalhadas, Fruet o convidou para jantar e pagou a conta usando a mesma nota.
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