quarta-feira, outubro 05, 2011

ILIMAR FRANCO - Não à Petrobras


Não à Petrobras 
ILIMAR FRANCO
O Globo - 05/10/2011

A presidente Dilma vai se reunir com o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), na segunda-feira, no Planalto. Vão tratar de reivindicação do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, para flexibilizar as regras para as compras necessárias para explorar o petróleo do pré-sal. A inclinação da presidente é pela manutenção, no pré-sal, do grau de nacionalização de 65% das peças e materiais usados pela empresa, como ocorre no pós-sal.

Novas regras para destruição das drogas
O governo fechou ontem, num encontro que reuniu o presidente em exercício, Michel Temer, e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), texto de projeto de lei que visa a garantir a destruição das drogas apreendidas e disciplina o uso de bens apreendidos em mãos de criminosos. As drogas terão de ser destruídas em, no máximo, 45 dias. O trabalho terá vistoria. Os bens recolhidos (veículos, barcos e aeronaves) poderão ser usados pela polícia, mas desde que tenham autorização judicial. O leilão de bens apreendidos será feito por pregão eletrônico, e a venda não poderá ocorrer por valor menor que 80% da avaliação.

Enquanto a dona da pensão não chegar, não tem conversa" - Delcídio Amaral, senador (PT-MS), sobre o congelamento das negociações dos royalties do petróleo enquanto a presidente Dilma estiver no exterior

Proposta Alternativa
O petróleo já licitado era um território intocável. Mas, ontem, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) entrou no debate da redefinição dos royalties do já licitado. Ele apresentou projeto que destina aos produtores 34% dessa receita. Os números são iguais aos da proposta que o ex-presidente Lula mandou à Câmara em dezembro de 2010. Este percentual é inferior aos 49,25% da proposta do relator da lei da partilha na Câmara, o líder do PMDB, Henrique Alves (RN).

Dramático
Inconformado com o rumo do debate sobre os royalties do petróleo, Marcelo Crivella (PRB-RJ) protestou na tribuna do Senado: "Isso aqui é a ditadura da maioria". E acusou a Casa de promover "a balcanização do Brasil".

Na contramão
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), e do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), insistiram ontem, na reunião com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em manter para hoje a votação do veto de Lula à emenda Pedro Simon.

Modelo
A equipe do ministro Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) vai adotar o programa Pró-Acre, que tem apoio do Banco Mundial, para dar assistência a 60 mil brasileiros que vivem em 600 lugarejos na fronteira norte do país.

Disputa de egos
O governador Sérgio Cabral "liberou" os parlamentares do Rio para negociar com o senador Wellington Dias (PT-PI), autor da proposta que redistribui os recursos do petróleo. Mesmo assim, só cinco deputados compareceram ontem à reunião com Dias, capitaneados pelo deputado Edson Santos (PT-RJ). A iniciativa foi bombardeada pelo coordenador da bancada do Rio, deputado Hugo Leal (PSC-RJ), que se sente atropelado pelo petista.

Dia do fico
O senador Flexa Ribeiro (PSDB) desistiu de migrar para o PSD. Ele disputa com o presidente regional do PSDB e líder da Frente Contra a Divisão do Pará, o deputado Zenaldo Coutinho, a indicação para concorrer à prefeitura de Belém.

O MINISTÉRIO do Meio Ambiente não gosta da ação do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) no debate do Código Florestal. Ele se aliou ao PSOL e isso dificulta um acordo com os ruralistas no Senado.

O DEPUTADO Miro Teixeira (PDT-RJ) é contra a cobrança do governador Sérgio Cabral, para que a presidente Dilma antecipe um veto à lei dos royalties: "Sou contra constranger a presidente da República. A solução tem que sair daqui, do Congresso".

DEPOIS de escapar da cassação, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi recebida ontem pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).

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