Recife se equipara a Rio em número de blindadoras
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 31/08/11
O consumo de blindagem automotiva, antes concentrado em São Paulo e no Rio de Janeiro, começa a ganhar relevância no Nordeste.
São Paulo representa 80% da frota do país, mas o setor passa por descentralização, com vendas crescentes em outras capitais, segundo Christian Conde, presidente da Abrablin (que reúne empresas de blindagem).
Estados que até pouco tempo atrás não tinham participação significativa nas estatísticas do setor, como Pernambuco, competem agora com o Rio em número de empresas vendedoras.
"O consumo no Rio, que representa 10% das vendas no país, ainda supera o pernambucano (2%), mas Recife já se equipara em número de blindadoras", afirma Conde.
Há cerca de 20 empresas atuantes no Nordeste, dez em Recife, segundo a Abrablin. No Estado do Rio, existem 11.
A empresa paulista Concept Blindagens, que trabalha com representante em Fortaleza, informa que estão aquecidos os mercados de Alagoas e da Bahia.
"Isso acontece porque cada vez mais outras regiões ganham características de grandes centros urbanos", afirma o diretor Fabio Mello.
Nesses locais, o consumo está mais concentrado na alta renda. No Sudeste, a blindagem é mais democrática, segundo Mello.
MARINA À ESPERA DE LICENÇA AMBIENTAL
A Hantei Engenharia, de Florianópolis, vai investir R$ 300 milhões para construir um hotel e uma marina com 300 vagas na avenida Beira-Mar da cidade.
Para realizar a obra, será feito um aterro de 15 mil m2. A área total do empreendimento será de 30 mil m2.
Sócio da empresa, Aliator Silveira afirma que vale a pena construir na região, mesmo sendo necessário aterrar, devido à localização: à beira-mar e próxima do centro. "Além disso, é um local extremamente valorizado."
Segundo o empresário, o terreno do empreendimento é avaliado em R$ 250 milhões.
O edifício do hotel terá 18 andares, 700 apartamentos e espaço para 42 lojas.
A marina receberá embarcações de até cem pés e deve atender a demanda reprimida da região, diz Silveira. "Pessoas de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul deixam de vir porque não têm onde deixar seus barcos."
A Hantei planeja iniciar as obras em maio de 2012. Por enquanto, ela aguarda as licenças ambientais.
COMPRA INTERNACIONAL
Mesmo com o agravamento da crise mundial, grupos dos Estados Unidos, do Canadá e da Europa mantêm interesse em fazer investimentos em shoppings no Brasil.
O valor mínimo a ser aportado no país por operação é de US$ 100 milhões, de acordo com o vice-presidente da Cushman & Wakefield, Mordejai Goldenberg.
"Valores inferiores já deixariam os novos investidores em posição marginal."
Com a dificuldade para comprar shoppings já existentes, a principal alternativa será construir empreendimentos menores e que atendam, em especial, aos próprios bairros, com bancos, supermercados e farmácias, afirma Goldenberg.
CORTE NA CHAPA
O grupo brasileiro importador de máquinas Megga vai fazer uma joint venture no valor de R$ 50 milhões com a japonesa Amada, fabricante de equipamento para corte de chapas metálicas.
O acordo envolve a instalação de um "centro técnico", próximo a Jundiaí (SP), onde serão dados treinamentos para capacitar usuários do maquinário adquirido.
"Existe ainda uma grande defasagem no Brasil em relação à tecnologia", diz o presidente do Grupo Megga, Stefan Lee, que embarcou ontem para a Ásia para assinar o contrato.
Além do centro tecnológico, o restante do recurso será destinado ao financiamento de clientes no Brasil.
"O recurso será usado como se fosse um fundo. O brasileiro ainda tem dificuldade para obter financiamento para comprar máquina."
Inicialmente os juros ficarão abaixo de 1% ao mês, de acordo com Lee.
DE PERNAMBUCO PARA OS EUA
A pernambucana Hebron Farmacêutica vai iniciar em setembro a venda de seus produtos nos EUA. O primeiro será o Florax, um probiótico para a restauração da flora intestinal.
Os medicamentos serão fabricados no Brasil e embalados nos EUA. A expectativa é comercializar 50 mil unidades no primeiro ano.
"Os EUA representam 45% do mercado farmacêutico mundial. O que significa que o mercado americano é nove vezes maior que o brasileiro", diz Josimar Henrique da Silva, presidente da Hebron.
A empresa prevê faturamento de R$ 240 milhões para 2012. "Em três anos, queremos que as vendas nos EUA representem 30% do faturamento total."
A Hebron planeja entrar no mercado europeu até o final de 2012 e negocia parceria com laboratório alemão.
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com JOANA CUNHA, VITOR SION LUCIANA DYNIEWICZ e ALESSANDRA KIANEK
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