Prefeitura de São Paulo dispõe de R$ 3 bilhões para obras de urbanização; metade irá para drenagem
MARIA CRISTINA FRIAS
A Prefeitura de São Paulo tem cerca de R$ 3 bilhões em carteira para obras de urbanização, boa parte delas em processo de licitação.
Desse volume, cerca de R$ 1,5 bilhão representa investimento em drenagem, de acordo com Elton Santa Fé Zacarias, secretário de Infraestrutura Urbana.
"São obras para resolver problemas de enchentes em diversos pontos da cidade e envolvem canalização de córregos, a construção de piscinões e, em alguns casos, moradias para famílias que estavam nas áreas atingidas."
Dada a limitação decorrente do volume de endividamento, a Prefeitura depende dos governos estadual e, principalmente, federal para obras maiores.
"Obras de porte não têm mais condições de serem feitas só com os recursos da Prefeitura." O principal interlocutor no governo Dilma Rousseff tem sido o Ministério das Cidades.
A Prefeitura paulistana finaliza a licitação para construir 150 escolas em todas as regiões da periferia.
Com o investimento de mais de R$ 600 milhões apenas para erguer as escolas, o governo municipal pretende acabar com o terceiro turno, o chamado "turno da fome", das 11hs às 15hs.
De início, eram 40 construtoras, algumas em consórcios, a participar do processo. As obras estão divididas em 15 lotes. No dia 5 de setembro, abrem-se os envelopes da concorrência e, até o final de setembro, as obras devem estar contratadas.
Protecionismo argentino afeta exportadores do Rio Grande do Sul
As dificuldades impostas pela Argentina para a entrada de mercadorias brasileiras prejudicam 80% das empresas gaúchas que exportam para o país, segundo a Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).
Dessas empresas, 7,4% cogitam investir na Argentina para contornar o problema.
"Estão [a Argentina] fazendo protecionismo e usando isso como política de industrialização", diz o presidente da Fiergs, Heitor Müller.
Além do prejuízo financeiro, 59,1% dos exportadores gaúchos afirmam que perderam clientes para concorrentes da Argentina ou de outros países. Cerca de 3,5% dizem que precisaram demitir.
Desde o começo do ano, o governo argentino colocou 171 produtos na lista dos que precisam de licença não-automática para entrarem no país. Hoje, a licença é exigida para 683 mercadorias.
Bolso
O total de endividados caiu 2,2 pontos percentuais em agosto na cidade de São Paulo e atingiu o menor nível desde junho de 2010, segundo a Fecomercio.
Cerca de 45% dos paulistanos estão endividados neste mês, número que equivale a 1,62 milhão de famílias.
Entre os consumidores com contas em atraso, 52% têm atrasos há mais de 90 dias e 23% têm contas atrasadas por até 30 dias, de acordo com a entidade.
Confiante
O índice de confiança do comércio do Estado do Rio de Janeiro, medido pela Fecomércio-RJ, alcançou 142,73 pontos em julho, alta de 4,24% ante junho.
Foi o maior nível já apurado para o índice em um mês de julho, segundo a entidade. Os melhores resultados apareceram nos segmentos de supermercados (158,89), eletrodomésticos (151,61), calçados (151,21) e perfumaria (150,62).
Inquilino
Os contratos novos de aluguel residencial fechados em julho na capital paulista subiram 18,1% nos últimos 12 meses, segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
Na comparação com o mês anterior, a elevação é de 1,3%.
Os contratos antigos, já em andamento, têm subido com menor velocidade.
Os aluguéis que aniversariam em agosto e são atrelados ao IGP-M, da FGV, serão reajustados em 8,36%, segundo o Secovi.
"Os aluguéis novos ficaram acima da inflação porque há pouca oferta atualmente de imóveis desocupados. Poucas pessoas têm se dedicado a alugar", afirma João Crestana, presidente da entidade.
Em julho, foram as habitações de três dormitórios que tiveram mais aumentos, com preços, em média, 1,7% mais altos em relação aos valores observados em junho.
Casas e sobrados, que levaram de 12 a 28 dias para serem locados, foram negociados mais rapidamente do que apartamentos.
O tipo de garantia mais encontrado nos contratos de locação no mês foi o fiador, opção escolhida por 47,5% dos proprietários. O depósito de até três meses de aluguel foi usado em 32% dos acordos, segundo o Secovi.
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