Visões distintas
REGINA ALVAREZ
O GLOBO - 16/03/11
O mercado tem dado sinais claros de que não concorda com a forma que o Banco Central está conduzindo a política monetária no combate à inflação. Alguns analistas colocam em dúvida a própria autonomia da autoridade monetária, desconfiança reforçada com o gradualismo exposto na última ata do Copom. Cobram uma ação mais enérgica e imediata para trazer a inflação para o centro da meta ainda em 2011.A cobrança estava nas falas de boa parte dos analistas que participaram da rodada de reuniões com Alexandre Tombini e diretores do BC esta semana, mesmo que de forma menos enfática ou explícita. A receita do mercado para controlar a inflação passa necessariamente por um choque de juros, que teria como consequências a redução forte da atividade econômica e do emprego nos próximos dois anos.
O raciocínio dominante no mercado é o seguinte: para trazer a inflação ao centro da meta este ano, o tranco na economia tem que ser potente, com o crescimento recuando para 3% ou menos.
- Há preocupação grande com a inflação. E dúvidas se, ao alongar o período de convergência para a meta, o BC parou de perseguir o centro, o que seria uma perigosa tolerância com a inflação - resume o economista Elson Teles, da Máxima Asset Management.
Já o BC aposta em uma fórmula diferente para domar a alta dos preços, que contém outros ingredientes, além da elevação da Selic, como o aperto direcionado do crédito, por exemplo, e outro calendário. Trazer a inflação para o centro da meta ainda em 2011 exigiria um choque de juros capaz de paralisar a indústria brasileira, argumenta uma fonte do governo. Essa fonte resume qual seria a lógica do BC: atacar a inflação olhando para a economia de uma forma mais holística.
Se não agrada ao mercado, essa receita é muito bem vista pelo setor produtivo. Rogério César de Souza, economista-chefe do Iedi, considera que, dos remédios, o aumento da Selic é o mais amargo, pois afeta toda a economia e os investimentos.
- O que o Brasil mais precisa agora é manter seus investimentos. E como a indústria vai investir com aumento das taxas de juros? O mercado só trabalha com duas variáveis na cabeça: taxa de juros e inflação. O resto não existe - critica.
Na visão do economista, o BC estaria fazendo uma avaliação cautelosa do comportamento da economia, antes de adotar novas medidas, já que os sinais ainda são confusos e os efeitos da contenção do crédito anunciada no final de 2010 só agora começam a aparecer.
Nervosismo
O mercado financeiro reagiu fortemente ao agravamento da crise no Japão. O risco de uma catástrofe nuclear derrubou as bolsas. Nesse contexto, analistas tentam estimar o impacto no mercado de energia. O preço do petróleo está despencando, mas a análise do Bank of America é de que isso pode mudar, caso as usinas nucleares do Japão fiquem desligadas por muito tempo. Os japoneses terão que procurar outras fontes de energia e aumentar a importação de petróleo, mesmo que haja desaceleração econômica. Sete refinarias foram seriamente afetadas, comprometendo 36% da capacidade de refino do país. Com o terceiro PIB mundial, o Japão terá que aumentar também a importação de derivados e diminuir exportações. O BofA não descarta que o barril WTI chegue a US$140 nos próximos três meses.
Efeito colateral
O consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), prevê que haverá impacto também sobre o preço do gás natural. Isso porque os japoneses terão que acionar as usinas termelétricas movidas a gás para produzir energia. E porque o próprio mundo tende a se voltar para essa fonte, com a aversão ao risco da energia nuclear. A Alemanha, por exemplo, que pretendia prolongar por mais 14 anos a vida útil de sete usinas nucleares, decidiu suspender temporariamente as atividades nas plantas mais antigas do país, construídas antes de 1980:
- A tendência agora é que o gás se valorize no mundo todo porque é uma fonte de energia muito mais limpa que o carvão. É uma mudança de tendência, porque o gás vinha perdendo valor nos últimos dois anos. Para o Brasil, isso significa que iremos importar gás mais caro, já que ainda não somos autosuficientes.
AQUECIDO I: O faturamento da rede de restaurantes Giraffas cresceu 22,5% no primeiro bimestre do ano, em relação a 2010, ainda sem sinais de desaceleração.
AQUECIDO II: A Abrafarma, associação das redes de farmácias, calcula que a receita do setor continuará crescendo num ritmo de 20% nos próximos anos.
Um comentário:
A CRISE VAI DURAR TRINTA ANOS......É URGENTE SABER RESOLVER O PROBLEMA... A CRISE MUNDIAL que começou em 2008 nos EUA...e ainda não acabou...tem como motivos fundamentais...três áreas criticas...
O ENDIVIDAMENTO monstruoso dos Países...
O ENDIVIDAMENTO perigoso das Empresas Publicas...
O ENDIVIDAMENTO exagerado das Empresas , Familias , e Pessoas...
Tudo isso aconteceu e agora é necessário criar um NOVO PARADIGMA que não só resolva o problema atual , como também possa corrigir os caminhos do FUTURO...
A ) ASSIM...todos os Países devem ter uma norma na Constituição Nacional proibindo qualquer gasto publico superior á receita efetiva ( todos os anos )... MAIS AINDA...deverão sempre ter um superávit de ( pelo menos ) 1% do PIB para fazer face a qualquer catástrofe natural inesperada...
B ) ASSIM...todas as empresas privadas , famílias , e pessoas deverão ter no mínimo 1/3 de capital próprio em qualquer investimento , auto-limitando o financiamento de capitais alheios a um máximo de 2/3 do investimento...
C ) ASSIM...deve ser implementado em todos os Países uma nova filosofia ECONOMICO-FISCAL...que proíba a existência de impostos sobre o TRABALHO...a PRODUÇÃO...a POUPANÇA...e o INVESTIMENTO...porque é injusto , imoral e incorreto...
D ) ASSIM...todos os Países devem consagrar na Constituição Nacional uma norma proibindo que o numero total de funcionários públicos seja superior a 5% da população ativa...
Em compensação e recebendo o Estado o mesmo valor , só haverá impostos sobre o CONSUMO...a POLUIÇÃO...e os VÍCIOS , porque é justo , moral e correto...
Se forem cumpridas estas quatro soluções em simultâneo a CRISE MUNDIAL acabará em 3 anos...se não forem...vamos sofrer a crise durante 30 anos...
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