Segundo escalão
Ilimar Franco
O Globo - 15/12/2010
Os ministros que assumem com a posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, estão sendo orientados a segurar as mudanças no segundo escalão, nas empresas públicas e nas estatais. As substituições que tiverem de ser feitas serão realizadas após a posse do novo Congresso e depois de serem eleitos os presidentes da Câmara e do Senado. A ordem é obedecer à nova correlação de forças.
A primeira vítima
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), é a primeira vítima dos ressentimentos com a reforma ministerial. A bancada petista não queria mais um paulista no poder. Além disso, há o desconforto dos que estão perdendo poder: Arlindo Chinaglia (SP), Ricardo Berzoini (SP) e os 11 deputados da Democracia Socialista. A DS não se conforma em ter perdido o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Há ainda os contrariados por Vaccarezza: Jilmar Tatto (SP), Maurício Rands (PE), Henrique Fontana (RS) e Odair Cunha (MG). Por isso, a bancada preferiu escolher Marco Maia (PT-RS) para concorrer à presidência da Casa.
Acertado
Atual ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann deve voltar para a Secretaria Executiva da pasta, que será assumida de novo por Edison Lobão. Eles almoçaram na semana passada e acertaram que voltariam a trabalhar juntos.
Em andamento
O futuro ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB), está pensando em manter na pasta o atual ministro, Carlos Eduardo Gabas. Um dirigente peemedebista contou que “não é improvável” que Gabas volte à Secretaria-Executiva.
Contra-ataque no Parlasul
O Parlamento do Mercosul aprovou anteontem resolução segundo a qual seus representantes terão que ser escolhidos por eleição direta ou ter mandato parlamentar em seu país de origem. A iniciativa foi do Paraguai, mas o texto foi adaptado pelos brasileiros para barrar articulação, em curso no Congresso, para que derrotados nas eleições deste ano ganhem mandato no Parlasul. Se isso ocorrer, eles não poderão tomar posse.
Como cão e gato
Em um exemplo da má relação do governo norteamericano com o Itamaraty durante o governo Lula, telegrama do então embaixador Clifford Sobel, em 2009, diz que o excelente relacionamento com o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e a Presidência da República foi crucial para superar a recusa, em cima da hora, do Ministério das Relações Exteriores a conceder vistos para agentes da DEA, a agência antidrogas, que estavam sendo transferidos da Bolívia para o Brasil.
PEDIDO do deputado Marco Maia (PT-RS) ao saber que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDBSP), iria à missa de ação de graças de fim de ano do Congresso: “Já que você vai na missa, reze por mim.”
PROTESTO. O Greenpeace entregou em Cancún, no México, na Conferência do Clima da ONU, o troféu Motosserra de Ouro para a presidente da CNA e senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
NO PRÓXIMO SÁBADO, a OAB do Rio vai levar atendimento jurídico gratuito aos moradores do Complexo do Alemão.
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