terça-feira, fevereiro 16, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Década foi "perdida" para investidor global de ações

FOLHA DE SÃO PAULO - 16/02/10


Os primeiros anos do século 21 foram uma década perdida para investidores globais em ações. O índice mundial MSCI deu retorno próximo de zero.
Mercados emergentes, porém, brilharam com um retorno anualizado de 10%, de acordo com um relatório publicado pelo banco Credit Suisse.
Deveriam os investidores focarem em países com esperança de recuperação ou naqueles que experimentam alto crescimento? É "valor antigo versus dilema do crescimento, mas em escala global", diz o relatório.
A observação de 83 países ao longo de 110 anos não dá evidência de que investir em economias em crescimento produziu retorno superior.
"Consideramos, entretanto, que mercados de capitais incorporam expectativas de futuro crescimento econômico", afirma o estudo. "Quando os mercados se recuperam, as economias tendem a ir atrás."
Nas turbulências de 2008 e do começo de 2009, eles também sofreram e abalaram a fé de investidores na teoria do descolamento e na diversificação como caminho para resguardar valores das carteiras. Na recuperação, o panorama mudou.
A tabela mostra alguns dos países correntemente classificados como emergentes.
Entre 9 de março e 31 de dezembro de 2009, os maiores retornos foram de Hungria, Turquia, Indonésia, Índia e Brasil.
Na média, o índice MSCI de países emergentes registrou alta de 108% no período.
Os autores concluíram que a estratégia de investir em economias com altas taxas de crescimento falhou em dar melhores retornos no longo prazo. Isso não quer dizer que não se deva investir em emergentes.
"Investidores globais devem se assegurar de terem suas carteiras diversificadas com ações de economias de lento e rápido crescimento.

PASSOS 1
As 19 unidades fabris da Vulcabras/Azaleia na Bahia receberão investimento neste ano. A companhia destinará R$ 14,6 milhões, sendo R$ 9,6 milhões para a ampliação da capacidade produtiva. De acordo com a empresa, a decisão de investimento foi tomada em razão da tarifa antidumping provisória de US$ 12,44 por par de calçado importado da China, aplicada pela Camex.

PASSOS 2
Para este ano, a calçadista quer aumentar o quadro de pessoal. A meta é fechar 2010 com 18.513 empregados na Bahia -881 funcionários a mais que o número de colaboradores de dezembro de 2009. A produção de calçados acompanhará o plano de expansão da empresa, que espera fechar o ano com 114,5 mil pares diários.

ENERGIA RENOVÁVEL
O capim-elefante, mais conhecido no Brasil pelo uso em pastagem, vai se transformar em energia renovável na Califórnia. A empresa California Renewable Energies se prepara para iniciar as obras de uma usina termelétrica movida à capim-elefante, com capacidade de 50 MW. A empreitada é liderada pela americana Nathalie Hoffman.
Ela descobriu a planta em uma de suas viagens ao Brasil, depois que seu projeto de produzir etanol a partir da cana na Califórnia não vingou. "Tive dificuldade de conseguir contratos de longo prazo para o fornecimento de etanol e resolvi partir para a produção de energia renovável", diz ela. "O capim-elefante é uma biomassa mais eficiente que a cana e mais barata de plantar." Para reduzir custos, a usina ficará ao lado da plantação, no Imperial Valley -região desértica no sudeste da Califórnia que recebe sol o ano inteiro. A planta vem sendo estudada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo há mais de uma década, mas o uso é pouco difundido. Hoffman contará com a ajuda de agrônomos e engenheiros brasileiros e já firmou quatro contratos de longo prazo com companhias municipais de energia. A queima do capim deve começar em setembro de 2013.

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