sexta-feira, janeiro 15, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Justiça do ES condena trabalhador a pagar indenização a empresa


Folha de S. Paulo - 15/01/2010
A Justiça do Trabalho do Espírito Santo condenou, em primeira instância, um funcionário a pagar indenização por danos morais a uma empresa.

O caso ocorreu na companhia de engenharia de utilidades Servtec, quando um de seus ex-funcionários entrou na Justiça com uma reclamação trabalhista contra a empregadora. A Arcelor Mittal, que era cliente da Servtec, também foi citada no processo.
O trabalhador, que era membro da Cipa e, portanto, possuía garantia de estabilidade temporária no emprego, acusava a Servtec de não oferecer condições de segurança suficientes.
O ex-funcionário também afirmava que foi coagido pela empresa a pedir demissão, mas, de acordo com a ata de audiência do julgamento, durante o seu depoimento, ele confessou que havia renunciado ao cargo de membro da Cipa espontaneamente.
No mesmo processo, simultaneamente, a Servtec, que era ré, entrou com processo contra o autor, dizendo que, ao citar a Arcelor Mittal na reclamação, o ex-funcionário comprometia a imagem da Servtec perante sua cliente. "A Servtec não estava interessada na indenização, de R$ 1.855.75, mas, sim, em manter a imagem. Ao dizer que as medidas de segurança não eram cumpridas e que havia ocorrido coação, o reclamante arranhou a imagem da empresa perante o mercado e a cliente Arcelor Mittal", afirma Mayra Palópoli, advogada da Servtec.
A advogada do ex-funcionário, Luciene de Oliveira, entrou com recurso da sentença de primeiro grau. No tribunal, o processo já foi distribuído e aguarda ser colocado em pauta para novo julgamento. "É uma aberração jurídica. É atípico. Tenho certeza de que a decisão será revertida", diz Oliveira.
A situação é incomum, segundo o Tribunal Regional do Trabalho de Vitória, cujas decisões, em sua maioria, ocorrem em sentido contrário, dando ganho de causa aos ex-funcionários. Mas a Justiça também entende que a pessoa jurídica, assim como a pessoa física, pode ser alvo de danos morais, de acordo com a sentença.

Contratação segue em alta na construção civil

Mais 23,7 mil trabalhadores com carteira assinada foram contratados pela construção civil brasileira em novembro. O número de empregados alcançou a marca dos 2,35 milhões.
Trata-se de um novo recorde, que acontece em um momento em que se fala sobre a escassez de mão de obra que o setor deve começar a enfrentar a partir do início deste ano.
O dados são de levantamento feito pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
No acumulado dos 11 meses de 2009, foram contratados 266,3 mil trabalhadores no país, o que representa crescimento de 12,78%.
No Estado de São Paulo, 5.000 trabalhadores foram contratados em novembro.
Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, afirma que os dados apontam que o setor se manteve aquecido mesmo em novembro, mês em que as contratações costumam cair.
O resultado indica também uma expectativa de que o PIB da construção irá crescer aproximadamente 9% neste ano, com contratação de mais 180 mil trabalhadores, afirma Watanabe.

ALONGAMENTO
Sócio da rede de academias A! Body Tech, Alexandre Accioly deve finalizar uma conversa com fundos de "private equity" dentro dos próximos 90 dias.
No momento, o empresário está em discussão com três fundos, dois estrangeiros e um brasileiro. Das negociações deve resultar um aporte de R$ 100 milhões, de acordo com Accioly.
O também sócio Luiz Urquiza afirma que os recursos serão destinados à expansão da rede de academias, que possui atualmente 19 unidades no Brasil, com cerca de 49 mil alunos, e registrou faturamento de R$ 108 milhões no ano passado.
A meta é alcançar 85 unidades, com 180 mil alunos e R$ 500 milhões de faturamento em cerca de cinco anos.
Em São Paulo, a empresa, que já atua há cinco anos no clube Pinheiros com aulas coletivas, acaba de entrar também na área de musculação.

MAIS CRÉDITO 1
O saldo dos empréstimos do Banco do Brasil para concessionárias e agências de veículos cresceu 56% no ano passado. "As concessionárias e agências estão entre os segmentos que mais demandaram crédito em 2009", diz Ricardo Flores, vice-presidente de crédito do banco.

MAIS CRÉDITO 2
O financiamento de veículos no Banco do Brasil também teve crescimento expressivo: avançou 30% até setembro, atingindo R$ 8,6 bilhões. Considerando as aquisições de Nossa Caixa e Votorantim, a carteira mais que dobrou, chegando a R$ 19,2 bilhões em setembro.

RISCOS PARA 2010
"Só mesmo com um coração valente para enfrentar o show de horror que pode acontecer em 2010." Esta é a afirmação do estrategista Marcelo Ribeiro, da Pentágono Asset Management, que, ao enviar aos seus clientes um relatório com os potenciais riscos para os mercados neste ano, anexou uma imagem do filme "Coração Valente".

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