NELSON DE SÁ
FOLHA DE SÃO PAULO - 15/12/09
No alto de UOL e outros portais brasileiros no fim do dia, "Brasil lidera ranking" ou "encabeça combate ao aquecimento".
Na BBC Brasil, "pela primeira vez um emergente passou para trás desenvolvidos como a Suécia", em índice da Germanwatch e da CAN, Climate Action Network. Na alemã Deutsche Welle, "Brasil e Suécia, seguidos por Reino Unido e Alemanha, são os que mais fazem pela proteção ao meio ambiente". A China vem em 52º lugar, os EUA, em 53º. No final da lista, Canadá e Arábia Saudita.
Mas "os três primeiros lugares estão vagos", porque "nenhum está se esforçando o suficiente para evitar a perigosa mudança no clima".
EUA VS. CHINA
A conferência de Copenhague parou no meio do dia, "brevemente", segundo o relato do "New York Times". Ou "incendiou tensões", destacou o "Wall Street Journal", entre ricos e emergentes.
Mais precisamente, analisava o mesmo "WSJ" antes ainda dos problemas, entre EUA e China. No enunciado original, "U.S. Versus China". Em longo texto, o jornal diz que "o roteiro tinha Obama e outros líderes mundiais voando para abençoar uma nova era de cooperação global. Na realidade, o encontro vai tomando a forma de duelo essencial entre EUA e China".
BRASIL VS. CHINA?
Um colunista do "Washington Post", Sebastian Mallaby, diretor no Council on Foreign Relations, escreveu ontem que o Brasil segue "vulnerável" devido à valorização do real frente ao dólar, desvalorizado pelos juros baixos nos EUA, e ao chinês yuan, desvalorizado para seguir o dólar. Diz ele que não adianta "pedir aos EUA" que mudem e só "resta a opção de falar com a China", o que o Brasil não faz por "solidariedade Bric".
IMPRESSIONADO
Depois que a secretária de Estado ameaçou o Brasil pela visita do Irã, o subsecretário Arturo Valenzuela esteve em Brasília para ver o assessor Marco Aurélio Garcia e se dizer "impressionado" com a concordância em "aspectos fundamentais". Sobre o Irã, "o Brasil tem relações com quem quiser, é soberano".
ALGUMA COISA
Da parte do Brasil, pelas agências, Garcia buscou algo substantivo. "Concordamos em alguma coisa: para os governos do Brasil e dos EUA, a eleição é insuficiente para" a normalização da democracia em Honduras. E "realmente concordamos nos aspectos fundamentais de nossas relações".
AGORA, OS BRINKS
O "WSJ" destacou ontem a chamada "Petróleo no Brink", trocadilho com beira de abismo e o mais novo acrônimo do mercado financeiro global. Brink, expressão lançada pela consultoria PFC Energy, une Brasil, Rússia, Iraque, Nigéria e Cazaquistão, com K em inglês. São os cinco países dos quais se espera produção crescente para as próximas décadas.
O "WSJ" avisa que, apesar da concessão de campos às companhias ocidentais nas últimas semanas, "o Iraque é a incógnita na equação".
AO VIVO, DO RIO
O principal canal financeiro dos EUA transmitiu no fim de semana uma entrevista do Rio, destacando a nova classe média etc. E sugeriu investir em imóveis, argumentando com o programa Minha Casa, Minha Vida
MEGA
Nos portais financeiros daqui, o destaque ontem foi para o célebre "megainvestidor" americano Sam Zell, que anunciou sua associação com a Brazilian Finance & Real State, empresa "líder do mercado brasileiro de produtos financeiro-imobiliários". No Brasil, o americano já aplica na Gafisa e outras, do setor.
"ESTÁ CAINDO COISA DEMAIS"
Foi manchete da Folha Online ao portal G1, mas a Globo mal registrou. Locução da Band: "É impressionante o que cai de obra em São Paulo. Ou é azar ou está caindo viga demais. Alô, Serra, está caindo viga demais. Um operário morreu. Está caindo coisa demais aqui em São Paulo
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