NELSON DE SÁ
FOLHA DE SÃO PAULO - 21/10/09
Na manchete do UOL, no fim de um dia voltado ao mercado, "Taxa faz dólar ter a maior alta diária em quatro meses". Nos portais Terra e iG, quase o mesmo enunciado. E a "Bovespa tem a maior perda diária desde junho", acrescentou o Valor Online, que atravessou o dia entre o dólar e a Bolsa.
Resumindo, manchete na Reuters Brasil, "Imposto para estrangeiro seca o fluxo externo".
Por Dow Jones, Bloomberg e outras, atenção aos movimentos no Brasil e às repercussões. O peso chileno "fecha mais forte por causa da taxa brasileira" e o peso colombiano "mergulha com preocupação sobre controle de capitais", lá também.
Segundo analista americana da RBS Securities, "o movimento do Brasil deu o tom na guerra contra a desvalorização do dólar".
CABELO EM PÉ
No iG, o colunista José Paulo Kupfer destacou que a volta da taxação é "medida óbvia e que vem tarde", mas "os ortodoxos, mesmos os carecas, estão de cabelo em pé". No Terra, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo destacou que "só demente pode achar que a valorização do real é favorável" e acrescentou:
"Quem está contra a taxação quer cuidar dos próprios investimentos e interesses. Na minha opinião, deveria ser mais radical. Deveria ter alterado a forma de atuação do Banco Central no câmbio."
AJUSTE
Shutterstock/economist.com
A "Economist" posta manchete sobre o dólar e ressalta a "imposição da taxa pelo Brasil, sinal de que os países estão ficando nervosos". Prevê intervenção crescente "conforme o mundo se ajusta ao dólar em declínio"
NO "WSJ"
O "Wall Street Journal" postou pelo menos três longos textos de análise da decisão brasileira, ontem.
Avalia, por exemplo, que "o movimento sublinha a enorme demanda dos investidores pelos títulos brasileiros no rastro da crise global".
Que "os países com moedas flutuantes foram atingidos de forma injusta pelo dilúvio do dólar", prevendo medidas da Colômbia e do Peru e cobrando ação do G20.
E que "o efeito da taxa pode ser de pouca duração -e ao mesmo tempo remover parte do lustre da política econômica" tão louvada.
NO "FT"
O "Financial Times" postou pelo menos quatro análises sobre a taxação, em vídeo do editor de investimentos, texto do correspondente e post no blog Alphaville.
A principal, da coluna Lex, abre dizendo que o "Brasil é vítima de seu sucesso econômico", daí a valorização, "novidade num país acostumado a crises de dívida".
Diz que pode ser efeito do capital desenraizado e daí se justifica intervenção; mas também da "riqueza em commodities" e daí "não há o que fazer". No médio prazo, defende que "a melhor resposta é elevar produtividade".
ENQUANTO ISSO
mmonline.com.br
Sites e blogs avisam que o Banco Central lança hoje campanha na televisão para "ensinar como evitar dinheiro falso". Seu nome é "Dinheiro de Verdade" e abre com quatro comerciais
SOMBRA
wsj.com
Na capa do "WSJ", a foto de um policial na frente de um bar na favela do Jacarezinho. No enunciado, "Violência nas favelas do Brasil assombra a vitória olímpica do Rio". De novo, deu no "JN"
E TOME E-BOOK
wsj.com
O "WSJ", menos simpático do que o "NYT" ao Kindle, da Amazon, destacou o dia todo o lançamento do Nook, da Barnes & Noble. O tom da cobertura, até com "live-blogging", foi de enunciados como "Será que o e-reader Nook será um assassino de Kindle?". Estreia com o mesmo preço, para disputar "um dos poucos segmentos em crescimento nas editoras, os livros digitais".
Ao fundo, destaque no mesmo "WSJ", "Wal-Mart e Amazon duelam on-line", em "guerra de preços por livros badalados que é apenas a ponta do iceberg". Deve avançar sobre os mais variados produtos.
Na manchete do UOL, no fim de um dia voltado ao mercado, "Taxa faz dólar ter a maior alta diária em quatro meses". Nos portais Terra e iG, quase o mesmo enunciado. E a "Bovespa tem a maior perda diária desde junho", acrescentou o Valor Online, que atravessou o dia entre o dólar e a Bolsa.
Resumindo, manchete na Reuters Brasil, "Imposto para estrangeiro seca o fluxo externo".
Por Dow Jones, Bloomberg e outras, atenção aos movimentos no Brasil e às repercussões. O peso chileno "fecha mais forte por causa da taxa brasileira" e o peso colombiano "mergulha com preocupação sobre controle de capitais", lá também.
Segundo analista americana da RBS Securities, "o movimento do Brasil deu o tom na guerra contra a desvalorização do dólar".
CABELO EM PÉ
No iG, o colunista José Paulo Kupfer destacou que a volta da taxação é "medida óbvia e que vem tarde", mas "os ortodoxos, mesmos os carecas, estão de cabelo em pé". No Terra, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo destacou que "só demente pode achar que a valorização do real é favorável" e acrescentou:
"Quem está contra a taxação quer cuidar dos próprios investimentos e interesses. Na minha opinião, deveria ser mais radical. Deveria ter alterado a forma de atuação do Banco Central no câmbio."
AJUSTE
Shutterstock/economist.com
A "Economist" posta manchete sobre o dólar e ressalta a "imposição da taxa pelo Brasil, sinal de que os países estão ficando nervosos". Prevê intervenção crescente "conforme o mundo se ajusta ao dólar em declínio"
NO "WSJ"
O "Wall Street Journal" postou pelo menos três longos textos de análise da decisão brasileira, ontem.
Avalia, por exemplo, que "o movimento sublinha a enorme demanda dos investidores pelos títulos brasileiros no rastro da crise global".
Que "os países com moedas flutuantes foram atingidos de forma injusta pelo dilúvio do dólar", prevendo medidas da Colômbia e do Peru e cobrando ação do G20.
E que "o efeito da taxa pode ser de pouca duração -e ao mesmo tempo remover parte do lustre da política econômica" tão louvada.
NO "FT"
O "Financial Times" postou pelo menos quatro análises sobre a taxação, em vídeo do editor de investimentos, texto do correspondente e post no blog Alphaville.
A principal, da coluna Lex, abre dizendo que o "Brasil é vítima de seu sucesso econômico", daí a valorização, "novidade num país acostumado a crises de dívida".
Diz que pode ser efeito do capital desenraizado e daí se justifica intervenção; mas também da "riqueza em commodities" e daí "não há o que fazer". No médio prazo, defende que "a melhor resposta é elevar produtividade".
ENQUANTO ISSO
mmonline.com.br
Sites e blogs avisam que o Banco Central lança hoje campanha na televisão para "ensinar como evitar dinheiro falso". Seu nome é "Dinheiro de Verdade" e abre com quatro comerciais
SOMBRA
wsj.com
Na capa do "WSJ", a foto de um policial na frente de um bar na favela do Jacarezinho. No enunciado, "Violência nas favelas do Brasil assombra a vitória olímpica do Rio". De novo, deu no "JN"
E TOME E-BOOK
wsj.com
O "WSJ", menos simpático do que o "NYT" ao Kindle, da Amazon, destacou o dia todo o lançamento do Nook, da Barnes & Noble. O tom da cobertura, até com "live-blogging", foi de enunciados como "Será que o e-reader Nook será um assassino de Kindle?". Estreia com o mesmo preço, para disputar "um dos poucos segmentos em crescimento nas editoras, os livros digitais".
Ao fundo, destaque no mesmo "WSJ", "Wal-Mart e Amazon duelam on-line", em "guerra de preços por livros badalados que é apenas a ponta do iceberg". Deve avançar sobre os mais variados produtos.
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