“Triste dia, este, para o PT”
SENADOR PEDRO SIMON (PMDB-RS) SOBRE O APOIO DO PT À ABSOLVIÇÃO DE JOSÉ SARNEY
PMDB CONSIDEROU ANTECIPAR SAÍDA DE SARNEY
No auge da pancadaria contra o presidente do Senado, José Sarney, o PMDB, seu partido, considerou a hipótese de propor um acordo à oposição para que ele antecipasse em um ano o término do seu mandato, que expira apenas no fim de 2010. Vários senadores do PMDB defendiam essa possibilidade, como o ex-líder Valdir Raupp (RR), mas esbarram na resistência do atual líder, Renan Calheiros.
NEM PENSAR
Lula também reagiu à antecipação da saída de Sarney. Apavora-o a ideia de entregar o Senado ao PSDB, que ocupa a 1ª vice-presidência.
LÍDER DELE MESMO
A decisão do Conselho de Ética, livrando José Sarney e Arthur Virgílio, mostrou que Aloizio Mercadante (SP) não lidera coisa alguma, no PT.
QUEBRA DE DECORO
O conchavo ficou evidente, no Conselho de Ética, quando Renan Calheiros recomendou a absolvição de Arthur Virgílio, que ele acusara.
PIZZA DA MAMMA
A reunião do Conselho de Ética do Senado parecia reunião de família: defendeu-se o nome da mãe, pai, filho. Sem espírito santo.
FORTES: PROPAGANDA PESSOAL EM SITE DO GOVERNO
Se o Ministério Público Federal continuasse tão implacável quanto em outros carnavais, o ministro Marcio Fortes (Cidades) correria o risco de responder a processo por desrespeitar o princípio da impessoalidade, determinado pela Constituição. O site da repartição, pago com dinheiro público, tem sido usado para propaganda pessoal, bem ao contrário do que ocorre em outros ministérios. Só ontem havia 17 referências a ele.
MENINA-VENENO
Virando “pai” na defesa da ministra Dilma, o presidente Lula demoliu de vez a imagem de “dama de ferro”. Imagem já um tanto enferrujada.
RACISMO
O PMDB de Belo Horizonte colabora com o culto ao ódio racial, criando o núcleo “afro”. Um núcleo branquelo escaparia da Lei Afonso Arinos?
MUITO ALÉM DO TORTO
Lula disse à rádio Tupi do Rio que lê pouco, “porque dá sono”, e que “vê muita bobagem na TV”. Inclusive o que ele diz, faltou acrescentar.
CUIDADO, É ELE
Aviso a quem topar com um senhor de cabelos brancos e expressão raivosa, dirigindo agressivamente nas ruas de Brasília um Citroen Picasso prata: trata-se do ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP). Pelo visto, ainda muito inconformado com o retorno à planície.
SOB TRATAMENTO
Sob licença médica, o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, foi visto ontem saindo da padaria Bel’Itália, em Fortaleza, onde adquiriu uma garrafa de ótimo vinho. Depois embarcou num Toyota Camry e seguiu, certamente, para seu tratamento de saúde.
CONVERSA ESTRANHA
Quem conhece a sagacidade de Lina Vieira mal pôde acreditar quando ela tergiversou sobre data e hora da reunião com Dilma Rousseff. Deixou a impressão de acordo para a ministra abandonar a saia justa.
DEBOCHE
Após o anticlímax de terça-feira, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, os governistas do Senado estão insuportáveis: fazem piada, chamando a ex-secretária da Receita de “VaseLina”.
MAIS UMA
A empresa aérea Azul surgiu como esperança para mudar a atitude do setor, sempre arrogante. Mas logo virou uma delas e acumula queixas de vítimas do curioso capitalismo à brasileira, que maltrata a clientela.
APELANDO AOS CÉUS
O governador cassado do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), questiona no Supremo Tribunal Federal a competência do Tribunal Superior Eleitoral para julgar seu caso. Suas chances são mínimas.
CORPO MOLE
Magistrados do Conselho Nacional de Justiça estão indignados com a atitude do Ministério Público de Pernambuco que não indica promotores para acompanhar o mutirão de Justiça no Estado. Só em Jaboatão dos Guararapes há mais de mil processos encalhados.
HORA DA ZONA MORTA
Recomenda-se aos prefeitos que cobrem até o meio-dia as promessas de Lula para o Fundo de Participação dos Municípios. Depois desse horário, ele não se responsabiliza pela “marvadeza”.
PENSANDO BEM...
...entre culpados e culpados, escaparam todos ontem no Senado.
PODER SEM PUDOR
O ‘NEGRÃO’ DO RIO GRANDE
O gaúcho Alceu Collares chegou assim à audiência com o ministro de Minas e Energia de Itamar, Delcídio Amaral, hoje senador do PT-MS:
– O negrão do Rio Grande chegou! – exclamou, bem humorado.
Ao despedir-se, ele tinha pressa: precisava ir a uma festa na colônia alemã.
– O que o sr. tem em comum com a colônia alemã? – brincou Delcídio.
Collares deu uma risada:
– Nada, mas se o negrão não for, vão dizer que é discriminação!
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