quarta-feira, agosto 12, 2009

ARI CUNHA

MST sedento

Correio Braziliense - 12/08/2009

Nada detém a fúria de destruição do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ministério da Fazenda invadido sem dó nem piedade parece repartição paroquial. A reivindicação se resume a pedido de dinheiro. Jamais o governo federal negou verbas aos bagunceiros membros dos que só olham e pensam no próprio umbigo. Pode haver crise, dificuldade do povo quanto à saúde, transporte, educação. O MST convoca parceiros e subvencionam mercenários para fazer número. Chamam a isso “força popular”. Governo aparentemente pacífico não dá importância à invasão do mais importante ministério da Esplanada. Difícil é o ministro Guido Mantega trabalhar. Só sabe que o prejuízo não é pequeno.

A frase que não foi pronunciada

“É do fundo do poço que brota a água límpida que mata a sede.”
Dona Dita tentando explicar o mau uso da figura de linguagem.


Gás
Contrato antigo faz com que o Brasil pague à Bolívia milhões de metros cúbicos de gás. Nas nossas jazidas, o gás é queimado. São notas de reais esvoaçando dos poços em direção ao mar. Dinheiro haja, mesmo para jogar fora. Como o presidente Lula gosta de entendimento, nada melhor para a Bolívia nos mandar alimentos em lugar do gás que se queima nas plataformas.

Prestígio
»Tasso Jereissati chega a Fortaleza e encontra povo em estado de euforia. O galego dos olhos azuis recebe as maiores manifestações. Afinal, foi um senador do Ceará que calou o representante alagoano Renan Calheiros. Jereissati tem dinheiro, jatinho, vive bem e entrou na política para aprender com o pai, que foi senador. Aprendeu demais. É hora de voltar ao seu império financeiro, onde vai chegar com mais sabedoria.

Cartões
Dinheiro de plástico sofre campanha em Brasília. Restaurantes dão abatimento de 10% aos fregueses. São poucos os que dão nota fiscal. Esta, a oportunidade para o GDF aumentar a força do tesouro estadual.

Nota zero
Por falar em nota fiscal, é uma via-crúcis para quem quiser abatimento no IPVA e IPTU. No Pão de Açúcar, a chefe dos caixas tentou de todas as maneiras emitir notas ficais de cupons com datas anteriores. Não conseguiu. Em outros estabelecimento há corpo mole para não atender à solicitação. O cliente não tem a quem recorrer.

Compreensão
O povo começa a ter a sensação de que a gripe já é conhecida. Tomar remédios sem receita pode mascarar o vírus ou fortalecê-lo. Em sabendo disso, ao sentir sintomas, as pessoas do DF procuram hospitais públicos ou postos de saúde. Há gente de molho em casa esperando e torcendo pelo destino.

Licitação
Mato Grosso está debaixo de investigações. Gente presa faz ressurgir o escândalo. Na compra de ambulâncias, há muitos culpados. Fala-se no dinheiro do mensalão que é bom para o poder. No momento, é terrível para os que deram dinheiro e não sabiam que iam chegar às mãos da Justiça. Quando é carimbado, o processo pode demorar. Cadeia não haverá, certamente. Mas figuras ficam tisnadas pela má gestão do dinheiro público.

Collor
Volta do presidente Collor ao Senado desperta curiosidade popular. O homem que chamou os carros brasileiros de “carroças” sente alegria de ver a tecnologia da indústria automobilística. Outras ações se devem ao seu governo. Não teve tempo de mudar o sistema de estradas de rodagem e construir estradas de ferro.

Visita
Ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, saiu de seu gabinete e foi ver lá fora. Visitou os fóruns das cidades de Valparaíso e Cidade Ocidental. Ficou surpreso. Pilhas de processos inundam as salas dos funcionários. Cidade de 80 mil habitantes vê empilhados 60 mil processos. Funcionários do Supremo vão orientar como zerar a burocracia. Visita histórica da autoridade.

Boa ideia
Quinta e domingo, às 20h, na sala Funarte, concerto com a presença dos professores de canto lírico da Escola de Música. A apresentação tem uma maneira interessante de chamar o público. É só cantar o pedacinho de qualquer ária de uma ópera para pagar meia entrada.

História de Brasília


É que, com o sr. Paulo de Tarso, a Novacap deixará de ser a todo-poderosa de Brasília, passando muitas de suas atividades para a prefeitura. Com isso, procura-se dar mais consistência à prefeitura, pois é sabido que o cargo de prefeito não tinha outra função senão o de superpresidente da Novacap.

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