FOLHA DE SÃO PAULO - 20/04/09
BRASÍLIA - Três fatores devem ser considerados a respeito da candidatura oficial do governo para suceder Lula em 2010: 1) o fim da verticalização; 2) Aécio Neves em conflito com José Serra e 3) os efeitos da crise econômica sobre a popularidade do presidente.
Em 2002 e em 2006, vigorou o sistema conhecido como verticalização. Os partidos com candidato a presidente ou apoiando algum concorrente ao Planalto só podiam, nos Estados, fazer alianças iguais à do plano federal. Outra opção seria ficar sozinho nas disputas estaduais. Agora, vale tudo.
A verticalização acabou. Era uma ótima desculpa para partidos governistas enrolarem o Planalto. Apesar de ocupar um ministério, o político dizia ao presidente de turno: "Sinto muito, mas não posso fazer coligação federal porque fico engessado no meu Estado". Agora, esse argumento não cola mais.
Além do PT, estão na Esplanada lulista PC do B, PDT, PMDB, PP, PR, PRB, PSB, PTB e PV. Como esses partidos convencerão Lula a deixá-los com os cargos de ministro sem dar o tempo de TV para Dilma Rousseff fazer campanha?
Política não se faz apenas com régua e compasso, mas são reais as chances de Dilma formar uma das maiores alianças do Ocidente, como no slogan da velha Arena.
Esses cerca de 70% do tempo de TV para a candidata de Lula tornam ainda mais dramática a situação de José Serra. Se o tucano paulista for o candidato e não convencer Aécio Neves a apoiá-lo, Minas Gerais vira terra de ninguém. Como o mineiro tem dito que não pode ser vice "numa chapa que vai perder", o PSDB tem um pepino enorme nas mãos.
Por fim, os efeitos da crise econômica podem limar parte da popularidade de Lula. Por enquanto, tem sido pequena a queda. Mas ninguém sabe como será daqui a um ano. Essa é a possível janela para Serra -algo para lá de incerto.
BRASÍLIA - Três fatores devem ser considerados a respeito da candidatura oficial do governo para suceder Lula em 2010: 1) o fim da verticalização; 2) Aécio Neves em conflito com José Serra e 3) os efeitos da crise econômica sobre a popularidade do presidente.
Em 2002 e em 2006, vigorou o sistema conhecido como verticalização. Os partidos com candidato a presidente ou apoiando algum concorrente ao Planalto só podiam, nos Estados, fazer alianças iguais à do plano federal. Outra opção seria ficar sozinho nas disputas estaduais. Agora, vale tudo.
A verticalização acabou. Era uma ótima desculpa para partidos governistas enrolarem o Planalto. Apesar de ocupar um ministério, o político dizia ao presidente de turno: "Sinto muito, mas não posso fazer coligação federal porque fico engessado no meu Estado". Agora, esse argumento não cola mais.
Além do PT, estão na Esplanada lulista PC do B, PDT, PMDB, PP, PR, PRB, PSB, PTB e PV. Como esses partidos convencerão Lula a deixá-los com os cargos de ministro sem dar o tempo de TV para Dilma Rousseff fazer campanha?
Política não se faz apenas com régua e compasso, mas são reais as chances de Dilma formar uma das maiores alianças do Ocidente, como no slogan da velha Arena.
Esses cerca de 70% do tempo de TV para a candidata de Lula tornam ainda mais dramática a situação de José Serra. Se o tucano paulista for o candidato e não convencer Aécio Neves a apoiá-lo, Minas Gerais vira terra de ninguém. Como o mineiro tem dito que não pode ser vice "numa chapa que vai perder", o PSDB tem um pepino enorme nas mãos.
Por fim, os efeitos da crise econômica podem limar parte da popularidade de Lula. Por enquanto, tem sido pequena a queda. Mas ninguém sabe como será daqui a um ano. Essa é a possível janela para Serra -algo para lá de incerto.
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