‘Se alguma coisa pode dar errado, dará. E no pior momento.”
É a essência da “Lei de Murphy”, criada por um engenheiro aeroespacial americano em 1949, que tem sido comprovada inúmeras vezes na nossa vida pessoal e coletiva. Claro, todas as vezes em que nada dá errado nem se percebe, mas a memória seletiva não esquece os erros, ou a “falta de sorte”, e pior, muitas vezes não se aprende com eles.
O tempo passa, o relógio marca, e o que poderia dar errado no Brasil está dando, há um bom tempo, muitas vezes provocado pela excelência dos nossos governantes no esporte em que somos campeões mundiais: o tiro ao pé. Quase sempre acertam nos quatro.
Enquanto o déficit fiscal aumenta, e diminuem as expectativas de crescimento, as mais urgentes reformas vão atrasar porque os deputados não podem perder as festas de São João. Pulando fogueiras de dinheiro público. E dançando quadrilha.
Quando o número absurdo de assassinatos, finalmente, começa a cair, com mais armas nas ruas só pode crescer. A menos que mais tiros provoquem menos mortes. Sei lá, no Brasil, até o passado é imprevisível, reza a máxima de Pedro Malan.
E como a besta está solta, e hacker que bate lá bate cá, imaginem se invadem o WhatsApp dos Bolsonaro? Do Rodrigo Maia? Do Paulo Guedes? Da Segundona do Supremo? Ou o meu? O seu?
Enquanto isso, os jovens deputados Tabata Amaral, 25, Kim Kataguiri, 23, e Felipe Rigoni, 28, em conversa com Pedro Bial, acendiam uma chama de esperança em milhões de descrentes na política e nos políticos. Eles representam a Lei Anti-Murphy, os melhores no pior momento. No meio do lixo parlamentar que atravessa gerações, são novos políticos, com novas ideias, compromissos e comportamento.
Rigoni tinha tudo para dar errado. É cego desde os 15 anos, mas se formou em Engenharia de Produção como o melhor aluno da turma e fez mestrado em Políticas Públicas em Oxford como bolsista. Liberal na economia e progressista nos costumes, enxerga o Brasil melhor do que a maioria dos seus colegas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário