CORREIO BRAZILIENSE - 11/07
Artistas retratam a deusa Atenas acompanhada de uma coruja. A ave, que enxerga no escuro, alça voo ao anoitecer. O horário tem significado simbólico. Indica que o passado não tem volta. O dia anterior abre espaço para o seguinte, que, por sua vez, caminha para a frente. O processo é irreversível.
Na história ocorre fenômeno semelhante. O tempo se encarrega de tornar ultrapassadas práticas antes aceitas pela sociedade. É o caso da homofobia, da corrupção, da impunidade, da discriminação racial, do trabalho escravo, do desrespeito ao meio ambiente, da exploração de crianças e adolescentes. É o caso, também, da violência contra a mulher.
O fato de ter sido incluído no index do extemporâneo não significa que se tenha apagado da memória de pessoas ou grupos. Não é outra a razão por que aumentam os casos de denúncia contra quem teima em olhar para trás em vez de abraçar a nova realidade. Na capital da República, por exemplo, cresce o número de processos abertos contra homens acusados de humilhar, espancar e, no limite, matar a companheira.
Nada menos de 8.167 processos de agressão a mulheres tramitam no Distrito Federal. A cifra assustadora permite duas leituras. De um lado, que teriam aumentado os casos de violência contra representantes do sexo feminino. De outro, que teria crescido o número de denúncias em razão da abertura de canais aptos a acolher queixas diretas ou indiretas. É possível que ambas estejam corretas e interligadas.
Delegacias especializadas, juizados especiais e disque-denúncias têm incentivado a exposição de maus-tratos infligidos a pessoas em desvantagem física. A presença efetiva do Estado cria condições para o enfrentamento da violência. Quem bate à porta da instituição acredita que pode encontrar ajuda para livrar-se da violência e abrir caminho para vida livre de medos e pancadas.
Ao lado da repressão, medidas preventivas devem pavimentar o futuro. Os diferentes segmentos da sociedade precisam estar atentos à contribuição que têm ao alcance para que o país entre integralmente na contemporaneidade. São tônicas do século 21 a tolerância e o respeito às diferenças.
Estado, família, escola, igreja, clubes, meios de comunicação, mídias sociais podem - e devem - exercer papel civilizatório importante na necessária mudança de mentalidade. Exige-se deles ação efetiva e contínua apta a devolver ao passado o que ao passado pertence - o velho e o intempestivo.
Na história ocorre fenômeno semelhante. O tempo se encarrega de tornar ultrapassadas práticas antes aceitas pela sociedade. É o caso da homofobia, da corrupção, da impunidade, da discriminação racial, do trabalho escravo, do desrespeito ao meio ambiente, da exploração de crianças e adolescentes. É o caso, também, da violência contra a mulher.
O fato de ter sido incluído no index do extemporâneo não significa que se tenha apagado da memória de pessoas ou grupos. Não é outra a razão por que aumentam os casos de denúncia contra quem teima em olhar para trás em vez de abraçar a nova realidade. Na capital da República, por exemplo, cresce o número de processos abertos contra homens acusados de humilhar, espancar e, no limite, matar a companheira.
Nada menos de 8.167 processos de agressão a mulheres tramitam no Distrito Federal. A cifra assustadora permite duas leituras. De um lado, que teriam aumentado os casos de violência contra representantes do sexo feminino. De outro, que teria crescido o número de denúncias em razão da abertura de canais aptos a acolher queixas diretas ou indiretas. É possível que ambas estejam corretas e interligadas.
Delegacias especializadas, juizados especiais e disque-denúncias têm incentivado a exposição de maus-tratos infligidos a pessoas em desvantagem física. A presença efetiva do Estado cria condições para o enfrentamento da violência. Quem bate à porta da instituição acredita que pode encontrar ajuda para livrar-se da violência e abrir caminho para vida livre de medos e pancadas.
Ao lado da repressão, medidas preventivas devem pavimentar o futuro. Os diferentes segmentos da sociedade precisam estar atentos à contribuição que têm ao alcance para que o país entre integralmente na contemporaneidade. São tônicas do século 21 a tolerância e o respeito às diferenças.
Estado, família, escola, igreja, clubes, meios de comunicação, mídias sociais podem - e devem - exercer papel civilizatório importante na necessária mudança de mentalidade. Exige-se deles ação efetiva e contínua apta a devolver ao passado o que ao passado pertence - o velho e o intempestivo.
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