CORREIO BRAZILIENSE - 11/03
Não gostaria de escrever sobre o sistema de transporte público do Distrito Federal. Mas é impossível deixar de notar que o brasiliense ainda terá de esperar muito para obter um serviço de qualidade. As mudanças produzidas de forma atabalhoada na Rodoviária, sem a divulgação prévia aos usuários, constituem o exemplo mais recente de como os passageiros são os últimos a saber das mudanças - e os primeiros a sentir as consequências. Mudam a frota dos ônibus, alteram os horários e itinerários, prometem fazer a integração. E os pontos de ônibus da EPTG, construídos para ônibus com abertura de portas do lado esquerdo, estão perto de completar quatro anos sem uso. Com algumas mudanças e muitos problemas, o DF continua dependente de veículos automotores. Não há sinal de mudança na matriz do transporte de massa: o metrô, sistema amplamente reconhecido e utilizado para a mobilidade urbana, ainda é subutilizado.
Não gostaria de escrever sobre política, especialmente em ano eleitoral. Mas é impossível relevar que a velha política continua a dar as cartas no cotidiano brasiliense. Há meses, o governo federal enfrenta dificuldade para definir uma composição que agrade a todos os aliados. A presidente Dilma Rousseff pediu ajuda ao antecessor para aplacar a sede de cargos do PMDB, que não pretende mais desempenhar o papel de ator coadjuvante neste terceiro governo petista. Nas manifestações de julho, o governo federal lançou cinco pactos para atender as demandas da população, que exigia a melhor prestação de serviços públicos. A negociação na base governista passa longe de tais preocupações e mantém a tradição do fisiologismo na montagem da administração.
Não gostaria de escrever sobre a Copa do Mundo. Mas é impossível negar que o país escolhido em 2007 para sediar o Mundial fez uma ínfima parte do dever de casa. Temos estádios novos, alguns caríssimos. Mas nada ou muito pouco fizemos para melhorar o acesso aos templos do futebol, a qualidade dos aeroportos, as condições de hospedagem, a oferta de serviços por preços adequados à realidade. Não conseguimos nem mesmo estabelecer a civilidade nos estádios de futebol. Meses depois dos conflitos entre torcidas organizadas, as arquibancadas voltam a se tornar palco de agressões, desta vez de cunho racista e dirigidas aos jogadores.
Não gostaria de escrever sobre política, especialmente em ano eleitoral. Mas é impossível relevar que a velha política continua a dar as cartas no cotidiano brasiliense. Há meses, o governo federal enfrenta dificuldade para definir uma composição que agrade a todos os aliados. A presidente Dilma Rousseff pediu ajuda ao antecessor para aplacar a sede de cargos do PMDB, que não pretende mais desempenhar o papel de ator coadjuvante neste terceiro governo petista. Nas manifestações de julho, o governo federal lançou cinco pactos para atender as demandas da população, que exigia a melhor prestação de serviços públicos. A negociação na base governista passa longe de tais preocupações e mantém a tradição do fisiologismo na montagem da administração.
Não gostaria de escrever sobre a Copa do Mundo. Mas é impossível negar que o país escolhido em 2007 para sediar o Mundial fez uma ínfima parte do dever de casa. Temos estádios novos, alguns caríssimos. Mas nada ou muito pouco fizemos para melhorar o acesso aos templos do futebol, a qualidade dos aeroportos, as condições de hospedagem, a oferta de serviços por preços adequados à realidade. Não conseguimos nem mesmo estabelecer a civilidade nos estádios de futebol. Meses depois dos conflitos entre torcidas organizadas, as arquibancadas voltam a se tornar palco de agressões, desta vez de cunho racista e dirigidas aos jogadores.
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