FOLHA DE SP - 15/07
Lei de terceirização deve atrair capital estrangeiro
O projeto de lei que regulamenta a mão de obra terceirizada (sobre o qual trabalhadores dizem que irá precarizar as condições de emprego) deve atrair investimentos estrangeiros ao Brasil, segundo advogados da área.
O texto está em análise na Câmara dos Deputados e poderá colocar fim à determinação do Tribunal Superior do Trabalho que proíbe a terceirização de funcionários para exercer a função principal (atividade fim) da empresa.
"Isso está gerando uma insegurança jurídica, porque não há uma definição do que é atividade fim e atividade meio", diz o advogado Renato Canizares, sócio do escritório Demarest.
"Uma companhia elétrica, por exemplo, pode terceirizar o trabalho de manutenção de postes de energia elétrica? Depende da interpretação do juiz", afirma Rodrigo Takano, do Machado Meyer.
Grupos dos setores de call center e de administração já desistiram do mercado brasileiro por não saberem qual será a interpretação do Judiciário, segundo Canizares.
"Uma empresa com mais de 15 mil funcionários está aguardando a aprovação da lei para se instalar no país", diz.
"O projeto traz segurança para as companhias quanto à contratação e cria um melhor ambiente de negócios", afirma Takano, que acrescenta que terceirização não significa precarização das condições de trabalho.
Sumiço de cartas enviadas pelos Correios é maior no Maranhão
O Maranhão liderou, em números proporcionais, os extravios de correspondências dos Correios no ano passado, segundo dados obtidos pela coluna por meio da Lei de Acesso à Informação.
A cada 100 mil objetos entregues em 2012, 29 sumiram no Estado. A ECT (Empresa Brasileira dos Correios) não divulgou a quantidade total.
Rio de Janeiro foi o segundo colocado, com 23 extravios a cada 100 mil objetos, seguido de Pernambuco (19). São Paulo teve seis, e não houve registro no Amapá e em Mato Grosso do Sul.
A média brasileira foi de 54, o que representa 0,05% das cartas e encomendas enviadas no ano passado.
Dentre todos os extravios registrados no período, 50 tiveram suspeitas de participação de empregados da ECT. Foram 31 casos em 2011, de acordo com a empresa.
Em bairros com altos índices de furtos e roubos de correspondências, é adotado um modelo de "entrega diferenciada", segundo os Correios.
A ECT não informa quais localidades compõem essa lista, alegando questões de segurança.
Em nota, a empresa afirmou que, para proteger seus funcionários e os objetos encaminhados, investe em tecnologias de rastreamento e serviços de escolta armada.
Desembarque internacional
A marca americana de decoração de luxo Holly Hunt vai abrir as portas no Brasil em agosto. A loja, que ficará em São Paulo, será a primeira da empresa fora dos Estados Unidos.
Em 2010, a grife expôs seus móveis no país para fazer um teste de mercado.
Com a boa repercussão, decidiu iniciar seus planos de expansão internacional pelo Brasil.
"Nos próximos cinco anos, o objetivo da empresa será ter lojas em outros países", diz Antonio da Motta, diretor da marca no Brasil. "As próximas inaugurações vão ser em Londres e Paris, mas ainda não temos datas definidas", afirma.
Os preços dos artigos de decoração irão variar de R$ 300 a R$ 100 mil. "Inicialmente, todos os itens serão importados, mas vamos identificar brasileiros para fazer coleções nacionais."
R$ 249 milhões
foi o faturamento da Holly Hunt em 2012
300
são os funcionários nos EUA
7
são as lojas da marca em solo americano
Queda de braço
Apenas 10% dos executivos brasileiros entrevistados pela consultoria de carreiras LHH/DBM afirmam achar que seus chefes são melhores que eles próprios em hábitos de liderança.
Os demais se consideram melhores (37%) ou pelo menos iguais (53%) aos seus superiores, mostra a pesquisa.
A diferença entre como os executivos se veem e avaliam seus chefes causa impacto significativo nos resultados operacionais das empresas, segundo Cláudio Garcia, presidente da consultoria.
"Pessoas que acham que são melhores não discutem suas ideias e acabam enviesando as decisões da companhia", afirma.
Garcia também destaca que o número de profissionais entre 30 e 38 anos que se avaliam melhor que o chefe é mais elevado (47%) em comparação com os mais velhos (31% entre 55 e 62 anos).
"Os executivos com mais tempo de trabalho passaram por mais experiências e são mais humildes", diz.
Questionados sobre o que é mais importante para um líder, os entrevistados citaram cumprimento de metas (61%), harmonização de grupo (51%) e influência (50%).
Para realizar a pesquisa, a LHH/DBM ouviu 373 pessoas.
Segmento de remédios genéricos cresce 15,3% em maio
A indústria de medicamentos genéricos registrou alta de 15,3% na venda de unidades em maio, na comparação com o mesmo mês de 2012, segundo a PróGenéricos (associação nacional do setor).
Apesar do crescimento, o número é bem mais modesto que os resultados dos meses de 2011, quando as elevações chegavam a 30%.
"A expansão de maio não é a ideal. Precisamos trabalhar a ampliação do acesso [de remédios] aos mais pobres", diz a presidente da entidade, Telma Salles.
"Os medicamentos que têm mantido o crescimento são os usados em tratamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão."
Genéricos que correspondem a remédios de marcas famosas entre o consumidor brasileiro também têm impulsionado o segmento.
Do comercializado em maio, quase 5% foram de dipirona sódica, o genérico da Novalgina. O citrato de sildenafila, correspondente ao Viagra, ficou com 3,7% das vendas e o paracetamol (Tylenol) teve 2,9% de participação.
Sem... O número de cheques protestados na capital paulista cresceu 5% em junho, na comparação com o mês anterior: passou de 5.528 para 5.806, de acordo com dados do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos.
...fundos Os cheques representaram quase 8% dos 74 mil títulos protestados no mês passado nos dez tabeliões da cidade que cuidam da área. No geral, a alta foi de 13,7%. Os cancelamentos de protestos caíram 4,5%.
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