FOLHA DE SP - 11/07
Pagamento parcelado cresce entre brasileiros
O número de brasileiros que paga algum tipo de parcelamento aumentou de 30,3% em abril de 2012 para 42,8% no mesmo período deste ano, segundo pesquisa da Ipsos feita a pedido da Fecomércio-RJ e do Simerj (sindicato do varejo do setor eletroeletrônico do Rio).
O crescimento é resultado da continuidade da política do governo federal de incentivo ao consumo, de acordo com a federação.
Apesar de a intenção de compras das famílias estar diminuindo, as parcelas de aquisições realizadas em setembro do ano passado, por exemplo, permanecem.
A inflação também influenciou essa alta dos parcelamentos. Ainda segundo a Fecomério, com a elevação dos preços no país, os brasileiros tentam prolongar seus orçamentos com essa modalidade de pagamento.
As parcelas cresceram principalmente nas compras de eletrodomésticos (de 19,9% para 27,3%) e de eletrônicos (de 9,7% para 16,5%).
"As inovações tecnológicas, que chamam a atenção dos consumidores, ajudaram a elevar as compras e, consequentemente, os parcelamentos", afirma o presidente do Simerj, Antonio Florêncio de Queiroz.
"A desoneração da linha branca e o Minha Casa Minha Vida também incentivaram o acesso das famílias a bens duráveis", acrescenta.
Para 2014, no entanto, a expectativa é que as parcelas não aumentem como neste ano, pois os consumidores estão começando a se preocupar com o equilíbrio das contas, afirma a Fecomercio.
Foram entrevistadas mil pessoas em 70 cidades.
METAL CATALÃO
O grupo Roca decidiu construir uma fábrica brasileira de metais sanitários, a primeira da empresa no país e a décima no mundo.
O investimento de R$ 37,5 milhões, para uma planta industrial em Pernambuco, será anunciado hoje.
As obras em Vitória do Santo Antão (a 47 km do Recife) devem ser concluídas no primeiro trimestre de 2014.
A escolha foi motivada pela localização, considerada estratégica, e pela sinergia logística com uma fábrica de louças sanitárias do grupo já instalada no Estado.
No Brasil, a empresa possui três unidades fabris de revestimentos e outras cinco de louças sanitárias --uma delas foi inaugurada no ano passado, em Minas Gerais.
"O mercado brasileiro é a principal operação do grupo fora da Espanha", afirma Joan Jordà, presidente do grupo Roca no país.
"Nosso objetivo é estabelecer a liderança nacional em diferentes segmentos, e o de metais apresenta um grande potencial para nossos negócios."
A fábrica terá 50 mil m² e capacidade produtiva de um milhão de peças ao ano.
R$ 871,1 milhões
foi o faturamento da Roca no Brasil em 2012
76 fábricas
estão instaladas em 18 países; são oito unidades no Brasil, em cinco Estados
5 marcas
compõem o portfólio no mercado nacional: Roca, Laufen, Incepa, Celite e Logasa
Investimento... A Marko Sistemas Metálicos, empresa especializada na produção de coberturas de metal, acaba de inaugurar sua segunda fábrica no Rio de Janeiro.
...de aço O aporte foi de R$ 15 milhões. A empresa pretende gerar um adicional de 30% no faturamento com a nova unidade fabril.
Shows... Quase metade dos ingressos vendidos para a edição deste ano do Rock in Rio foi para pessoas de fora da capital fluminense (46%).
...de peso O festival vai acontecer em setembro e deve gerar um impacto econômico de cerca de R$ 1,1 bilhão para a cidade do Rio de Janeiro, replicando o desempenho da edição de 2011.
Instituição de biotecnologia na Amazônia deve virar empresa
O Ministério do Desenvolvimento finaliza um projeto para transformar em empresa um centro de estudos criado há dez anos para ser referência em tecnologia na região amazônica, mas que funciona "aquém" do esperado, segundo a própria pasta.
A proposta está em discussão com o Ministério do Planejamento e deve passar pela Casa Civil antes de ser encaminhada ao Congresso.
O CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), localizado em Manaus, recebeu R$ 100 milhões desde que foi projetado, mas funciona de forma limitada por não ter CNPJ. Os 112 pesquisadores que atuam no local são bolsistas.
"As contratações são feitas por uma fundação, e o centro, sem personalidade jurídica, não pode patentear produtos", diz a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM).
Hoje, o CBA está vinculado à Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
"A instituição não está em capacidade plena, mas isso virá quando tiver autonomia administrativa. Mesmo assim, trabalha com projetos e geração de produtos", afirma José Nagib Lima, da Suframa.
O CBA possui mais de 30 unidades e "modernas instalações", segundo a superintendência, com prestação de serviços técnicos a empresas (grandes, pequenas e micro).
SEM CONSULTA
Enquanto o Congresso empurrou o plebiscito de reforma política para 2016, a Assembleia Legislativa do Ceará arquivou ontem duas propostas de consultas populares sobre grandes obras projetadas para Fortaleza.
Deputados pediam plebiscitos sobre o Acquário Ceará, orçado em R$ 244 milhões, e uma ponte estaiada, de R$ 338 milhões.
Uma das propostas dizia que o governo estadual faz "obras faraônicas" enquanto parte da população sofre com as "agruras" de estiagens.
A administração defende que as construções são necessárias. "Estamos qualificando nossos destinos para fomentar a economia, já que 80% do PIB do Ceará vem do turismo", afirma o secretário estadual de Turismo, Bismarck Maia.
CONFIANÇA EM CONSTRUÇÃO
Microempreendedores e o setor de construção civil são os mais otimistas no crescimento econômico, segundo um levantamento feito pelo Sebrae em junho.
Em uma escala de 0 a 200, eles apresentaram "nota" 121 e 120, respectivamente.
O Índice de Confiança dos Pequenos Negócios registrou em média 117 pontos no mês passado, cinco a mais do que em junho de 2012.
O empresariado da região Norte demonstrou o maior otimismo, com 125 pontos.
Para o Sebrae, o recorde do volume total de crédito e o crescimento do rendimento médio dos trabalhadores promoveram um impacto positivo nos últimos resultados.
A pesquisa abrange amostra de 5.600 empreendimentos da indústria, do comércio, do setor de serviços e da construção civil.
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