FOLHA DE SP - 20/05
RIO DE JANEIRO - Entre 23 e 28 de julho, o Rio receberá de 1,5 milhão a 2 milhões de pessoas para a Jornada Mundial da Juventude. Uma delas, o papa Francisco. O qual não é um ser uno e indivisível, mas uma comitiva de eclesiásticos de diversas patentes. Sendo Francisco o papa -que, em dois meses no cargo, conquistou mais adeptos do que seu antecessor Bento 16 em sete anos-, por todo lado teremos multidões.
Vindos do país inteiro e dos países vizinhos, os peregrinos chegarão ao Rio em 20 mil ônibus fretados, que ocuparão estacionamentos-monstros em áreas afastadas da cidade. Serão recebidos por 60 mil voluntários e já têm à sua disposição, por enquanto, 500 mil leitos e 6.000 estabelecimentos credenciados com tíquete-restaurante. Sim, ainda faltam leitos, mas a hospitalidade do carioca promete suprir o deficit.
Os deslocamentos do papa serão feitos de helicóptero e papamóvel, cobertos por 50 seguranças pessoais, daqueles que se jogam contra as balas em caso de atentado, e por outros 4.000 espalhados pelos trajetos. A jornada em si contará com a proteção de 1.700 agentes da Força Nacional de Segurança Pública e 12,5 mil homens das Forças Armadas e da PM.
Para a vigília e missa do papa, nos dias 27 e 28, apogeu do evento, preparou-se um terreno em Guaratiba, o Campus Fidei, com 3,5 milhões de metros quadrados, equipado com 16 mil bebedouros e 7.200 banheiros químicos. Os fiéis estenderão uma bandeira de 8.000 m², feita com 5.700 km de tecido, pesando 700 kg e contendo 1, 2 milhão de mensagens.
Os números são impressionantes e a festa não o será menos. Mas o que mais me fala particularmente será um modesto encontro no dia 21, véspera da abertura da JMJ: uma multidinha de 200 jovens de fé católica, judaica e muçulmana se reunirá na PUC-RJ para trocar ideias e impressões. Dialogar.
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