O GLOBO - 28/05
Os governos de México, Peru, Chile e Colômbia puseram em marcha a Aliança do Pacífico, um novo esquema de integração aberto ao comércio mundial, com ênfase nas relações com a Região Ásia-Pacífico.
Costa Rica e Panamá manifestaram sua intenção de ingressar no grupo, assim que cumprirem o requisito de subscrever acordos de livre comércio com os quatro países fundadores.
Como parte da integração profunda entre os países-membros, foram dados passos para facilitar o movimento de pessoas e de capitais, aumentar os intercâmbios educativos e adiantar de maneira conjunta tarefas de promoção de exportações em novos mercados. Os países que conformam a Aliança têm economias mais abertas que as do resto da América Latina. Assim demonstra a alta proporção de suas exportações no total regional. Registram taxas de crescimento superiores à média latino-americana.
A Aliança do Pacífico pode ser interpretada como uma forma coordenada de participar no processo de interdependência econômica mundial que se conhece como globalização. Se bem que o nome que deu seja novo, a globalização não é fenômeno recente. É a continuação contemporânea de uma tendência secular que sofreu um retrocesso. Em sua versão moderna, a globalização se acelera em fins do século XIX. Chega ao seu apogeu em 1913, às vésperas do interregno nos intercâmbios econômicos produzido pela Primeira Guerra Mundial. Como consequência dos traumatismos econômicos e políticos da primeira metade do século XX, o comércio internacional, como proporção da economia mundial, veio a recuperar por volta de 1973 o nível que havia alcançado em 1913.
Os países do Leste Asiático souberam aproveitar desde os anos 70 a reativação do comércio mundial, implementando modelos de desenvolvimento industrial baseados no crescimento das exportações. Os países latino-americanos tardaram a abandonar o modelo protecionista de substituição de importações que privilegiava a produção para o mercado interno. Esse atraso implicou numa menor participação da América Latina no comércio mundial.
O avanço alcançado na consolidação da Aliança do Pacífico é produto das mudanças efetuadas em décadas anteriores na orientação da política econômica dos países membros. Os benefícios obtidos com a redução das barreiras tarifárias deixaram lições valiosas. A experiência acumulada por meio dos acordos de livre comércio com nações desenvolvidas criou suficiente confiança para avançar para a plena liberalização dos intercâmbios. O governo peruano, por exemplo, está propondo o desmantelamento imediato de qualquer restrição tarifária ao comércio recíproco, sem exceções.
A Aliança do Pacifico é uma proposta modernizadora que merece receber o apoio dos setores empresariais e dos consumidores. É um esquema de ação conjunta que intensifica as oportunidades de aprendizagem mútua e reforça as iniciativas de reforma empreendidas pelos respectivos governos. É uma fórmula inteligente para melhorar as possibilidades de interação e de competição com as nações da região mais dinâmica da economia mundial.
Costa Rica e Panamá manifestaram sua intenção de ingressar no grupo, assim que cumprirem o requisito de subscrever acordos de livre comércio com os quatro países fundadores.
Como parte da integração profunda entre os países-membros, foram dados passos para facilitar o movimento de pessoas e de capitais, aumentar os intercâmbios educativos e adiantar de maneira conjunta tarefas de promoção de exportações em novos mercados. Os países que conformam a Aliança têm economias mais abertas que as do resto da América Latina. Assim demonstra a alta proporção de suas exportações no total regional. Registram taxas de crescimento superiores à média latino-americana.
A Aliança do Pacífico pode ser interpretada como uma forma coordenada de participar no processo de interdependência econômica mundial que se conhece como globalização. Se bem que o nome que deu seja novo, a globalização não é fenômeno recente. É a continuação contemporânea de uma tendência secular que sofreu um retrocesso. Em sua versão moderna, a globalização se acelera em fins do século XIX. Chega ao seu apogeu em 1913, às vésperas do interregno nos intercâmbios econômicos produzido pela Primeira Guerra Mundial. Como consequência dos traumatismos econômicos e políticos da primeira metade do século XX, o comércio internacional, como proporção da economia mundial, veio a recuperar por volta de 1973 o nível que havia alcançado em 1913.
Os países do Leste Asiático souberam aproveitar desde os anos 70 a reativação do comércio mundial, implementando modelos de desenvolvimento industrial baseados no crescimento das exportações. Os países latino-americanos tardaram a abandonar o modelo protecionista de substituição de importações que privilegiava a produção para o mercado interno. Esse atraso implicou numa menor participação da América Latina no comércio mundial.
O avanço alcançado na consolidação da Aliança do Pacífico é produto das mudanças efetuadas em décadas anteriores na orientação da política econômica dos países membros. Os benefícios obtidos com a redução das barreiras tarifárias deixaram lições valiosas. A experiência acumulada por meio dos acordos de livre comércio com nações desenvolvidas criou suficiente confiança para avançar para a plena liberalização dos intercâmbios. O governo peruano, por exemplo, está propondo o desmantelamento imediato de qualquer restrição tarifária ao comércio recíproco, sem exceções.
A Aliança do Pacifico é uma proposta modernizadora que merece receber o apoio dos setores empresariais e dos consumidores. É um esquema de ação conjunta que intensifica as oportunidades de aprendizagem mútua e reforça as iniciativas de reforma empreendidas pelos respectivos governos. É uma fórmula inteligente para melhorar as possibilidades de interação e de competição com as nações da região mais dinâmica da economia mundial.
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