FOLHA DE SP - 14/04
Cassidian negocia para participar de concorrência
A Cassidian, empresa do grupo EADS que opera em sistemas de defesa e segurança, está em negociações com grandes grupos brasileiros para fechar uma parceria e participar da concorrência do Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul).
Por "Amazônia Azul", entenda-se a fronteira marítima e o pré-sal.
O novo sistema envolverá satélites, sensores, radares, inteligência, câmera, mísseis e outros equipamentos.
Nesta semana, os executivos no Brasil receberam da matriz europeia o sinal verde para a parceria.
"Confirmo que estamos falando com a Embraer, além de outros grupos que prefiro não mencionar", diz Christian Scherer, vice-presidente mundial da empresa, que esteve no Rio de Janeiro até a quinta-feira passada.
Scherer afirma não saber a quantas empresas se associará. "Dependerá do cliente."
A expectativa é que a primeira fase da licitação ocorra neste ano.
O custo estimado é de cerca de R$ 6 bilhões, mas o valor ainda depende de especificações finais.
A Cassidian, que teve 5,8 bilhões de euros de faturamento em 2012, é especialista em monitoramento de fronteiras e faz um gerenciamento semelhante ao do Sisgaaz na Arábia Saudita, na França e no Catar, segundo Scherer.
No ano passado, a Cassidian encerrou uma joint venture com a Odebrecht Defesa e Tecnologia. Juntas, as duas companhias concorreram à licitação do Sisfron, em que a Embraer saiu vencedora.
"Mantemos boas relações e estamos conversando também com a Odebrecht", diz.
Economia reduz crescimento na construção civil para 2,3%
O mercado da construção civil deve fechar o ano com um crescimento menor do que o previsto, segundo a consultoria LCA.
A alta projetada, de 2,8%, no início de 2013, caiu para 2,3% após uma revisão no fim do primeiro trimestre.
"A queda não era esperada, pois havia um otimismo grande no início deste ano", diz Paulo César Neves, economista da consultoria.
Para ele, dois aspectos contribuíram para a piora da expectativa para o setor.
"O mercado imobiliário não reagiu o quanto imaginávamos e os investimentos em infraestrutura nesses meses iniciais foram menores do que o projetado", afirma.
Mesmo com o recuo, o ritmo de crescimento ainda é considerado bom, segundo o economista.
"Não teremos retração. A expansão deve se manter, principalmente por causa dos desembolsos previstos pelo BNDES", afirma Neves.
o que estou lendo
Abilio Diniz, empresário
Na semana em que passou a acumular as presidências do conselho do Grupo Pão de Açúcar e do conselho da BRF, Abilio Diniz lê "Conscious Capitalism" (Capitalismo Consciente), de Raj Sisodia e John Mackey.
"Lucrar é fundamental para a vitalidade de um negócio, mas não pode ser a sua única razão de existir, nem a mais importante", diz Abilio. Para o empresário, o conceito de capitalismo difundido pelos autores é o modelo mais eficiente para o desenvolvimento de uma empresa.
"Ter um propósito maior nos leva a levantar todo dia para fazer nosso trabalho, serve como um norte nos tempos mais difíceis, motiva as pessoas", acrescenta.
Por isso, as companhias que atuam assim são capazes de inspirar e gerar comprometimento em funcionários, clientes, fornecedores e acionistas, afirma.
"Ter esse propósito é fazer com que todos os envolvidos permaneçam satisfeitos e felizes. Isso é capitalismo consciente", conclui.
PARA DENTRO DO PAC
Na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, de quarta-feira passada, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) propôs ao governo a inclusão no PAC de 207 projetos de infraestrutura considerados prioritários nas regiões Norte, Nordeste e Sul do país.
As rodovias, ferrovias, hidrovias e portos demandariam investimentos de R$ 54,7 bilhões até 2020, mas proporcionariam uma economia anual de R$ 13,1 bilhões em gastos com transporte nas três regiões, segundo a CNI.
"Procuramos selecionar os projetos que cortariam custos no escoamento da produção e dariam um ganho de produtividade. E consideramos o prazo de amortização de todos eles", diz Robson Andrade, presidente da CNI.
"Algumas obras já estão no PAC e propomos outras que deveriam entrar no programa também", acrescenta.
A região Norte tem projetos de hidrovias fundamentais para atrair investimento e reduzir o custo de exportações agrícolas", exemplifica.
BICHO CARIOCA
O Pet Center Marginal vai abrir as suas duas primeiras unidades no Rio de Janeiro, entre julho e agosto deste ano. Uma será em Manilha, próximo a Niterói, e a outra será na Barra da Tijuca.
"Fora de São Paulo, temos uma loja em Brasília. Com as duas do Rio, marcaremos presença nos três principais eixos do setor pet do país", afirma Sérgio Zimerman, dono do Pet Center.
A marca terá também um ponto em São Caetano e em mais três locais a serem definidos. O investimento total deve superar os R$ 20 milhões, segundo Zimerman.
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