quarta-feira, fevereiro 06, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Não é hora de falar em eleição, mas, sim, de falar em união”
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, lembrando que 2014 está distante


ORÇAMENTO: ‘JOGO DE CINTURA’ EVITA CRISE POLÍTICA

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) fez uso de seu conhecido “jogo de cintura” para evitar o embate com colegas, adiando a votação do Orçamento 2013 para depois do carnaval, apesar da orientação do governo para apreciar a matéria o quanto antes. Mesmo com quórum suficiente para votação, Renan já iniciou a reunião informando que só colocaria o projeto em pauta se houvesse consenso.

TUDO POR ROYALTIES

Antes de votar o Orçamento, os parlamentares querem apreciar o veto à partilha dos royalties do petróleo, tema da campanha de Renan.

PROBLEMA DO GOVERNO

O novo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), também quer evitar confusão com os eleitores, e concordou em adiar a votação.

BAIXA NA BANCADA

O deputado Zé Silva (PDT), um dos únicos ligados ao ministro Brizola Neto (Trabalho), assume hoje a Secretaria de Trabalho de Minas.

CEGUEIRA

Tal como aconteceu com a estátua de Drummond de Andrade no Rio, Rachel de Queiroz está sem óculos de novo em praça de Fortaleza.

DF: FARRA PUBLICITÁRIA É HERANÇA MALDITA NA CÂMARA

Uma conta de R$ 18 milhões em propaganda integra a herança maldita do deputado Sidney Patrício (PT), ex-presidente da Câmara Legislativa do DF, para a nova mesa diretora, presidida pelo petista Wasny de Roure. De todo esse montante de “restos a pagar”, R$ 4,5 milhões nem sequer têm cobertura orçamentária: Patrício gastou “por conta” de um orçamento que não era seu, referente a 2013, o que seria ilegal.

EXTRAVIO

Agências de propaganda da Câmara do DF cobram R$ 1,5 milhão de supostos serviços sem notas fiscais. Teriam sido extraviadas.

CASO PARA CPI

Na Câmara do DF, suspeita-se até de que as notas supostamente extraviadas esconderiam a destinação real do dinheiro: deputados.

DINHEIRO FÁCIL

A verba anual de propaganda na Câmara Legislativa do DF, segundo seu vice-presidente Agaciel Maia (PTC), soma R$ 25 milhões.

MEDINDO FORÇAS

Na reunião sobre o Orçamento, até deputados da base aliada seguiram o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), para votar antes os vetos de Dilma. O relator Romero Jucá (PMDB-RR) ficou isolado.

OLHA QUEM PAGOU

A Câmara dos Deputados gastou R$ 8 mil com um jantar de confraternização oferecido pelo ex-nanopresidente Marco Maia (PT-RS) a alguns prefeitos por ocasião do Encontro Nacional em Brasília.

SEM ESPAÇO

A tentativa de Sandro Mabel (GO) de anular na Justiça a eleição – da qual saiu derrotado – a líder do PMDB foi entendida como sinal de que ele não ficará no partido. Usou o mesmo argumento para deixar o PR.

DAQUI NÃO SAIO

Mesmo desbancado por Maurício Quintella (PR-AL) da Mesa Diretora, onde estava há vinte anos, Inocêncio Oliveira (PR-PE) presidiu boa parte da sessão ontem na Câmara. Está difícil largar o osso.

DO CONTRA

O célebre juiz Odilon de Oliveira não é unanimidade. O governo italiano questiona o xerife antidrogas no Conselho Nacional de Justiça por escuta “ilegal” de dois santinhos em visita íntima em presídio federal.

MÁS COMPANHIAS

Envolvido com a turma flagrada no vídeo que desencadeou o mensalão, Fernando Godoy perdeu no Tribunal Superior do Trabalho a reversão da demissão após 25 anos na ECT. Se fosse deputado...

PAPAGAIO DE PLANTÃO

Conhecido como um dos mais empenhados papagaios de pirata da Câmara, Weliton Prado (PT-MG) ficou de plantão na Mesa Diretora só para aparecer na foto atrás do eleito Henrique Alves (PMDB-RN).

CENSURA BURRA

A estatal Infraero proíbe a circulação de jornais e o acesso a sites que criticam sua diretoria – que, de tão incompetente, nem se dá conta de que o conteúdo que a atormenta está disponível em inúmeros outros sites.

PENSANDO BEM...

...o deputado federal Tiririca (PR-SP) não desistiria da política que “dá prejuízo” se o Congresso Nacional cobrasse ingressos.


PODER SEM PUDOR

MODESTO, ELE

Ministro de João Goulart e dono de grande sabedoria política, Santiago Dantas disse certa vez a Antônio Balbino, na Faculdade Nacional de Direito, no Rio, cheio de ironia:

- Sou cristão e, como cristão, devo ser modesto...

Ante o silêncio do interlocutor, completou:

- ...por isso, só peço a Deus que me dê três coisas: cultura, dinheiro e poder.

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