FOLHA DE SP - 06/12
Setor de produtos médicos cresce menos em 2012
O setor de máquinas e suprimentos médico-hospitalares não vai ter em 2012 o mesmo crescimento de dois dígitos que apresentou nos últimos cinco anos.
O avanço será de apenas 4,2%. O número é baixo quando comparado a um aumento de 19% no ano passado, segundo levantamento da Abimed, associação que reúne um amplo leque de companhias brasileiras de alta tecnologia de equipamentos e produtos médicos, como luvas e seringas até grandes máquinas.
"Nos últimos cinco anos, os resultados nunca ficavam abaixo de dois dígitos porque esse é um mercado que ainda tem muito espaço para crescer no Brasil", diz Carlos Goulart, presidente-executivo da Abimed.
Além do cenário econômico, entre os fatores que justificam a queda estão a greve pela qual passou a Anvisa neste ano e o atraso do órgão em realizar inspeções para materiais importados, segundo Goulart.
A greve durou aproximadamente dois meses, mas seus efeitos se prolongaram por mais cerca de 60 dias, de acordo com o executivo.
"Chegamos a perder muitos pedidos de importação de produtos durante o período. Os negócios tiveram de ser refeitos. Foi o mesmo que recomeçar muita coisa do zero", afirma Goulart.
"Tudo isso levou o mercado a um número tão inferior. Para o ano que vem, a expectativa ainda será reduzida, entre 5% e 10%", afirma o executivo.
DESENHO INDUSTRIAL
A Imaginarium, marca de objetos de design, vai descentralizar suas ações e abrir novas lojas em ruas e shoppings das zonas norte e leste de São Paulo. Serão 90 novas unidades entre 2013 e 2015 na capital paulista e em outras cidades que ainda serão definidas.
Com a expansão, a rede, que cria artigos inusitados e de concepção divertida, deve aumentar a participação da nova classe média no consumo de seus produtos.
"Os resultados em dois shoppings da zona leste nos surpreenderam. A classe média está consumindo tanto quanto a A e a B", afirma Carlos Zilli, diretor-presidente da Imaginarium.
No ano passado, o faturamento da empresa foi de R$ 145 milhões, com crescimento de 32%. Atualmente, a rede possui 133 lojas em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis.
"As pessoas não querem mais ter de sair do bairro onde moram para fazer compras", diz Zilli. "Então vamos levar nossa marca até elas."
R$ 145 milhões foi o que faturou a Imaginarium em 2011.
133 lojas é o total de unidades da marca no país
R$ 210 mil investimento médio para abrir franquia da marca
32% foi crescimento registrado pela empresa no ano passado
Varejo de roupa deve crescer 4,7% em peças neste ano
O varejo de vestuário deve fechar 2012 com crescimento de 4,7% em peças vendidas.
Em faturamento, a alta esperada é de 7,6%, segundo o Iemi, entidade de pesquisa especializada que fornece dados para o setor.
"No acumulado deste ano, o resultado é bom porque o Natal do ano passado ficou muito abaixo das expectativas", diz Marcelo Villin Prado, diretor do Iemi.
O cenário para a indústria, por sua vez, será menos favorável. O inverno pouco rigoroso no Sudeste se refletiu no volume de encomendas, além do receio provocado pela crise internacional.
A produção de vestuário deve fechar o ano com queda de 5,5% em volume de peças.
"O setor se preparava para um Natal melhor em 2011, mas sobrou produto. Depois disso, neste ano, houve mais parcimônia nas compras."
Nos últimos meses, o consumo voltou a se aquecer, segundo Villin.
Resultado...
A Stefanini, provedora de soluções para o mercado de tecnologia, vai fechar o ano com faturamento de R$ 1,9 bilhão.
...hoje
A alta é de 50% na comparação com 2011. A companhia, que anuncia seus resultados hoje, tem 76 escritórios em 30 países.
NEM O PIOR NEM O MELHOR
Apesar de serem as menos rejeitadas entre as companhias dos países emergentes, as brasileiras também não aparecem entre as favoritas para fusão e aquisição.
Levantamento da EIU (Economist Intelligende Unit) mostra que apenas 4% dos entrevistados apontaram o Brasil como a pior opção para sua empresa. A Rússia lidera a rejeição, com 22%.
A falta de transparência legal é apontada como um dos principais problemas da Rússia, ao lado da governança política. Suporte político e idioma também aparecem como pontos desfavoráveis.
Entre os países preferidos, Índia e China ocuparam os primeiros lugares, com 16% e 11%, respectivamente. O Brasil ficou na terceira posição, com 7%.
O levantamento foi realizado com 195 executivos de empresas que já tiveram ou têm negócios com companhias da Rússia.
Os entrevistados foram questionados sobre quais países eles não gostariam que fossem a origem dos compradores de seus negócios.
Combustível...
A Raízen começa a operar um polo receptor de etanol em Ourinhos (SP), com investimento de R$ 20 milhões.
...novo
A partir de 2014, o local se tornará um centro de distribuição de combustíveis para parte do Estado de São Paulo. Para isso, serão investidos mais R$ 26 milhões.
Na terra...
O setor de táxi aéreo reunirá cerca de 50 empresários, no sábado, para debater questões do mercado.
...e no ar
Na pauta, estarão temas como as taxas aeroportuárias, a exigência de treinamento da tripulação e o atual tempo de resposta da Anac para pedidos de pilotos e empresas.
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