FOLHA DE SP - 11/12
Empresas de tecnologia de Campinas faturam R$ 1,5 bi
Apesar da crise global, o polo de tecnologia de Campinas manteve o crescimento, apoiado pelo mercado doméstico, sem que as exportações fossem afetadas, segundo o Núcleo Softex, entidade que representa o segmento.
As cerca de 140 empresas brasileiras de TI da região registraram alta de 25% neste ano ante 2011, segundo Fábio Pagani, fundador do Núcleo.
O faturamento deve ficar em R$ 1,5 bilhão no ano.
"A exportação, que equivale a cerca de 30% do total, não chegou a cair. Quase 70% dos softwares, serviços de alto valor agregado e inteligência vão para os Estados Unidos", diz o executivo.
Originárias de Campinas, as empresas estão espalhadas pela região metropolitana e pretendem agora se concentrar em prédios antigos no centro do município.
"O momento é propício. Essas empresas cresceram e podem hoje revitalizar as áreas degradadas do centro, como ocorreu em Boston, por exemplo", afirma.
"Há casos de companhia fundada há oito anos que já alcançou R$ 100 milhões de faturamento", acrescenta.
O setor tem atualmente 250 vagas abertas para contratação, segundo Pagani.
"A ideia é trazer duas multinacionais e brasileiras de grande porte. As outras virão na sequência. São intensivas em mão de obra. Isso aquece outros setores."
O projeto vai beneficiar as novas empresas, segundo Cesar Gon, presidente da Ci&T, companhia do setor que tem quase 20 anos.
"O ponto forte é criar um ambiente onde elas possam interagir com o clima de inovação" diz Gon.
Companhia de chapas de gesso instala fábrica no interior da Bahia
Com aporte de R$ 125 milhões, a Placo do Brasil, do grupo Saint-Gobain, irá construir uma fábrica de chapas de gesso acartonado -conhecidas como "drywall"- em Feira de Santana (BA).
A planta terá capacidade para fabricar 22 milhões de metros quadrados do produto por ano -mesma capacidade da unidade que a companhia tem hoje em Mogi das Cruzes (SP).
"Com a alta do mercado de 'drywall', que cresce em média 17% ao ano, estamos trabalhando no limite há uns dois ou três meses", diz o diretor-geral da empresa, Stênio Almeida.
A unidade ficará na Bahia para estar próxima de uma jazida de gipsita (matéria-prima do gesso) de Pernambuco e dos mercados do Nordeste e do Centro-Oeste.
"O ritmo de expansão do setor nessas regiões é mais acelerado que a média nacional. Também estaremos perto da BR-116 e da BR-101 e poderemos atender, com essa fábrica, até Minas Gerais."
O diretor da companhia diz não estar preocupado com a crise, pois o "deficit habitacional do país ainda é muito grande e o crédito para a construção de casas tem espaço para crescer".
A planta deverá começar a operar no segundo trimestre do ano que vem.
€ 42,1 bilhões foi quanto o grupo Saint-Gobain vendeu em 2011, o que representa cerca de R$ 113,2 bilhões
R$ 6,9 bilhões é o valor das vendas anuais do grupo no Brasil
195 mil são os funcionários no mundo
64 é o número de países onde atua
56 são as fábricas no Brasil
41 são os centros de distribuição no país
10 são as mineradoras brasileiras do grupo
17 mil é o número de funcionários (diretos e indiretos) da empresa no Brasil
CONTRATAÇÃO EM QUEDA
O índice de empresas brasileiras interessadas em aumentar o número de funcionários no primeiro trimestre do próximo ano está no mesmo patamar do fim de 2009, segundo levantamento da empresa de recrutamento Manpower Group.
A expectativa líquida de emprego (percentual de gestores que preveem aumentar as contratações menos o percentual dos que preveem diminuir) ficou em 21% -mesmo número registrado no último trimestre de 2009.
O resultado é positivo quando comparado com outros países. Apenas Taiwan (26%) e Índia (23%) devem ter maior expansão no número de postos de trabalho.
Entre os países onde o volume de demissões pode ser maior que o de contratações, estão Grécia (-16%), Espanha (-13%) e Itália (-12%).
No Brasil, na lista dos setores mais otimistas aparecem o de serviços (27%) e o comércio (25%).
O Paraná (28%) deve contratar mais que Minas Gerais (23%), Rio de Janeiro (22%) e São Paulo (17%).
Foram ouvidos 65 mil empregadores em 42 países.
Gás...
Após a aprovação do orçamento para o próximo ano, a SCGás (empresa que distribui gás natural em Santa Catarina) decidiu que não reajustará a tarifa do produto em 2013 se o dólar ficar abaixo de R$ 2,10.
...catarinense
O petróleo também não pode sofrer grandes modificações para que a empresa consiga manter a tarifa. A companhia abastece cem mil consumidores, incluindo 220 indústrias, de acordo com dados da própria empresa.
Férias...
São Paulo é a cidade mais procurada no país, com 11,28%, para viagem dos brasileiros nas férias entre janeiro e fevereiro, segundo levantamento do buscador de viagens Mundi. O Rio teve a segunda colocação (10,09%).
...de verão
A pesquisa identificou interesse nas cidades do Nordeste, com destaque para Salvador, Recife, Fortaleza, Maceió e João Pessoa. O levantamento considerou as buscas por passagens aéreas em outubro e novembro.
Euros...
A italiana Bracco, que faz soluções para aplicações de diagnóstico por imagem, vai anunciar mais 4 milhões de euros em investimentos para 2013. O valor será aplicado em seu laboratório no Rio de Janeiro.
...no Rio
A empresa começou a operar no Brasil em junho deste ano e o processo demandou investimentos de 18 milhões de euros. O objetivo é ter 30% do mercado nacional de diagnóstico de imagem até 2015.
ADIÇÃO NA SEGURANÇA
A nova lei federal que garante adicional de periculosidade de 30% sobre os salários dos vigilantes do Brasil poderá impactar as contratações do setor, conforme o sindicato que representa as companhias de segurança do Estado de São Paulo.
"As empresas terão de pagar o benefício imediatamente, o que impacta no valor dos contratos", diz o vice-presidente do Sesvesp, João Palhuca.
O sindicato estima que, somente nos cofres federais, a nova lei deva causar um impacto superior a R$ 187 milhões por mês. "O Estado, em todas as suas esferas, contrata aproximadamente 400 mil vigilantes", afirma Palhuca.
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