FOLHA DE SP - 23/11
Deficit do setor químico deve superar US$ 28 bi
A balança comercial de produtos químicos no Brasil deve registrar neste ano o maior deficit de sua história, segundo a Abiquim (associação da indústria química).
O saldo negativo pode superar US$ 28 bilhões, ante US$ 26,5 bilhões em 2011.
De janeiro a outubro, a importação foi de US$ 35,4 bilhões, enquanto a exportação passou de US$ 12 bilhões.
Ante o mesmo período de 2011, as compras externas subiram 1,4%. As exportações caíram 5,2%, segundo Denise Naranjo, diretora da Abiquim.
"O que nos preocupa não é só a importação dos produtos químicos, mas também a dos que são fabricados a partir de químicos, como fibras, farmacêuticos, detergentes, tintas, vernizes. Todos tiveram alta nas importações."
As resinas termoplásticas foram as mais exportadas até outubro, com vendas de US$ 1,9 bilhão. Mas em relação ao mesmo período de 2011, as vendas recuaram 7,8%.
"O que piora é a competição asiática, além da crise na Europa que desvia o comércio para cá, elevando as nossas importações", diz.
Para Fernando Figueiredo, presidente da entidade, o câmbio pode contribuir para o equilíbrio da balança em 2013. "O câmbio já melhorou, mas o governo deveria continuar tomando ações para que chegue a R$ 2,50, que seria razoável", afirma.
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NO EXTERIOR
A recessão na zona do euro não fez com que investidores desistissem de realizar aportes na Europa.
O número de projetos que receberam investimento estrangeiro direto na região no primeiro semestre deste ano aproximou-se do nível pré-crise, mostra levantamento da Ernst & Young.
Em 2007, foram 1.624 projetos. Após cair para 1.296 em 2009, o número deve fechar 2012 em 1.586.
O volume de postos de trabalho criados por investimentos de fora também se recuperou: passou de 46,1 mil no primeiro semestre de 2010 para 78,3 mil no mesmo período deste ano.
Os setores de serviços e peças automotivas foram os que registraram maior alta no número de recursos atraídos.
Os EUA são os maiores investidores no continente. Os Brics foram responsáveis por 5,7% dos aportes.
DESCONTO DE LUXO
Os brasileiros estão em quinto lugar entre os maiores clientes de outlets de luxo na Europa, segundo o grupo Chic Outlet Shopping.
A empresa registrou uma alta de 34% nas vendas do terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
O gasto médio dos brasileiros no trimestre foi de € 280, cerca de 2% a mais do que o registrado no ano anterior.
O grupo tem nove unidades no continente, ao redor de cidades como Paris, Milão, Londres e Barcelona.
€ 280
foi a média de gastos de brasileiros em outlets de luxo na Europa no terceiro trimestre deste ano
34%
foi a alta nas vendas do grupo no período ante 2011
SEM PARAR
A Estapar comprou a rede de Campinas Multivagas Estacionamentos. A empresa passa a gerir 39 estacionamentos na região, com 4.720 vagas. A Estapar administra mais de 870 unidades, em 67 municípios e 13 Estados.
Chapa grossa
A Usiminas vendeu as primeiras chapas grossas para o setor de energia, produzidas com a tecnologia CLC (mais adaptáveis e resistentes, segundo a empresa). Foram 2,5 mil toneladas.
Ginástica
A fabricante de materiais esportivos Head fechou uma parceria com a argentina Made Trader para fabricação de produtos da linha fitness na unidade de produção da empresa na China.
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