“Não se pode esconder o sol com a peneira”
Ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), após declarar que prefere morrer a ser preso
STF: CELSO DE MELLO PODERÁ PRESIDIR O JULGAMENTO
Ministros do Supremo Tribunal Federal articulam a designação do ministro Celso de Mello, decano da Corte, para presidir as sessões de julgamento do mensalão, em razão da aposentadoria do ministro presidente Carlos Ayres Britto. Seria a solução para a decisão do ministro Joaquim Barbosa de não abandonar a relatoria do caso, mesmo com sua posse na presidência do STF, a partir do dia 22.
COMPLICAÇÃO
O próprio Joaquim Barbosa já admitiu que ficaria complicado exercer a relatoria do caso do mensalão e presidir as sessões simultaneamente.
EMBATE
Com Celso de Mello na presidência do julgamento, Joaquim Barbosa ficará à vontade para lidar com o revisor Lewandowski no plenário.
HOMENAGEM
Celso de Mello cogita antecipar a aposentadoria para o início de 2013, e presidir o julgamento do mensalão seria uma homenagem a ele.
O DECANO
Magistrado brilhante, de formação liberal e progressista, Celso de Mello está no STF desde 1989. Tornou-se ministro aos 44 anos e idade.
SECRETÁRIO DE HADDAD ESTÁ ‘PENDURADO’ NO STF
Está com o ministro Gilmar Mendes o recurso no Supremo do novo secretário de Saúde da prefeitura paulista, José de Fillipi Jr., amigo pessoal de Lula e ex-prefeito de Diadema. Tesoureiro da campanha de Dilma, ele foi condenado no Tribunal de Justiça paulista a devolver R$ 2,1 milhões por contratar sem licitação o escritório do advogado petista Luiz Eduardo Greenhalgh, e poderá perder os direitos políticos.
TESOURA E PINÇA
O ex-tesoureiro que comandará a Saúde é engenheiro civil, fundador do Instituto Lula e “cota pessoal” do ex-presidente na gestão Haddad.
PODEROSA
A TV Brasil, a TV do Lula, lanterna de audiência, contratou por R$ 40 mil mensais, sem licitação, uma correspondente de América Latina.
VOU DE ÔNIBUS
A empresa que vai explorar a BR-040, ligando o Rio a Brasília, vai cobrar R$ 46 de pedágio, enquanto a passagem de ônibus custa R$ 49.
OUTROS TEMPOS
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, acha que prisão de corruptos combina com “período medieval”. Esqueceu que na Idade Média não havia julgamento. Os ladrões iam direto à masmorra.
FORA DE SINTONIA
Pegou mal em alguns setores a declaração do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) de que preferiria morrer a ficar preso. Promotores pediram sua demissão no Twitter por “estimular fuga de presos”.
CASTIGO
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) acha que penas alternativas esvaziariam as cadeias brasileiras. Se a pena for ouvi-lo cantar Blowin’in the Wind todo dia por um ano, continuarão superlotadas.
OUTRA VIDA
Teve destaque na imprensa da Suíça e da Alemanha, países com presídios que mais parecem resorts, a declaração do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) sobre as “prisões medievais” brasileiras.
POR PARTES
Relator da CPI do Cachoeira, o deputado Odair Cunha (PT-MG) vai se reunir separadamente com grupos que participam da comissão de inquérito para discutir o relatório. Só então marcará a leitura oficial.
PEDALA, ANASTASIA
Ao lançar o Via Rápida da Aquicultura, em São Paulo, o ministro Marcelo Crivella se dirigiu a Geraldo Alckmin para cutucar outro tucano: “Agora que vocês liberaram o licenciamento para produtores, conversa com seu amigo Anastasia para que ele faça o mesmo pelos mineiros”.
PÕE NA CONTA
Cuba desistiu mesmo de procurar petróleo, após tentativas da Repsol, da venezuelana PDVSA e da Petrobras, que torrou US$ 8 milhões em 2008 na ilha, quando Lula vaticinou que Cuba não seria “tão azarada”.
PLANALTO CENTRAL
O deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA) vai reapresentar projeto que desmembra o DF e cria o Estado Planalto Central, a ser composto pela periferia da capital e municípios goianos: “Fiz todo um estudo”, diz.
PENSANDO BEM...
...atrás das grades de cadeia brasileira só vai quem já morreu.
PODER SEM PUDOR
DEMISSÃO NA MARRA
Artur Bernardes assumiu o governo de Minas e começou a demitir os adversários. Mas quis ser gentil no caso da Imprensa Oficial, solicitando a um amigo que procurasse o diretor, Augusto Lima, seu oponente.
- Vou direto ao ponto, dr. Augusto - disse o amigo comum, cumprindo a tarefa - o governador mandou sugerir que o senhor peça demissão.
- Alto lá! Ao adversário nada peço. Nem demissão.
Foi demitido no dia seguinte.
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