FOLHA DE SP - 04/09
Operadoras tentam ocultar e dividir antenas
Pressionadas para reduzir o impacto visual de suas antenas, as operadoras de celular tentam mostrar soluções.
O sindicato do setor Sinditelebrasil apresentou à prefeitura do Rio um projeto para disfarçar os equipamentos.
O piloto, que deve ser instalado na orla de Copacabana neste ano, segundo Eduardo Levy, diretor da entidade, vai esconder as antenas atrás de placas de trânsito, nos quiosques ou disfarçá-las em postes de luz. Algumas estruturas serão menores.
"Estamos trabalhando com arquitetos para verificar pontos geográficos", diz Levy.
Segundo as empresas, o trabalho ainda está em negociação na prefeitura, que não comentou sobre o assunto.
Outros aspectos como eventuais danos à saúde e o barulho são rebatidos pelo executivo do Sinditelebrasil.
"Mecanicamente, é impossível que a frequência emitida faça barulho. Quanto à saúde, não prejudica. Ninguém tem medo de telefone e internet sem fio. Para ter sinal de celular de qualidade, precisa de antena", diz.
O compartilhamento, outra saída buscada pelas empresas, já está evoluído, segundo Eduardo Tude, da Teleco, consultoria do setor.
Na Vivo, 77,6% de suas 12.693 antenas ativas no país têm uso compartilhado com outras operadoras, segundo o diretor Leonardo Capdeville.
A Tim trabalha com cerca de 12 mil estações. Cerca de 5.000 são de outras empresas. De suas 7.000 restantes, 35% têm ao menos um parceiro. A Anatel não comentou.
IDENTIDADE NACIONAL
Elisabeth Ponsolle des Portes, presidente do Comité Colbert, entidade que reúne instituições culturais e empresas de luxo francesas, está no Brasil para se reunir com os irmãos Campana e estudar o mercado do país.
A dupla de designers, que será premiada pela entidade, contribui para o desenvolvimento da identidade e de um conceito de luxo brasileiro, segundo Portes.
"Eles trazem os valores de uma confecção artesanal, do desenvolvimento sustentável e contribuem para a visibilidade do país", afirma.
As empresas ligadas ao Comité Colbert, como Hermès e Chanel, movimentam € 31 bilhões ao ano.
Os brasileiros são responsáveis por cerca de 2% do total. Grande parte é consumida fora do país. "Os impostos daqui são muito altos."
Brasil quer banco de preços de remédio nas Américas
O Brasil vai propor um banco de preços de medicamentos e insumos de saúde comum às Américas.
Em seminário internacional em Brasília hoje, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vai apresentar a ideia a representantes de Uruguai, Argentina, Colômbia, Peru e Costa Rica.
A pesquisa de preço servirá para balizar o processo de licitação, além de aprimorar a negociação com fornecedores e a eficiência no sistema de saúde.
Segundo o ministério brasileiro da Saúde, a Organização Panamericana de Saúde (OPAs) vai propor a outros países das Américas que sigam o modelo brasileiro.
O país disponibiliza na internet os custos dos remédios adquiridos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Com o banco comum na América Latina, o preço pago pelo governo argentino, por exemplo, para alguns medicamentos, pode ser conferido pelos outros países.
Trem para... A CNI levou à presidente Dilma Rousseff um estudo que mostra as ferrovias como o principal gargalo do Sul do país. Seria necessário um aporte de R$ 38,5 bilhões, segundo a entidade.
... Brasília O volume de investimentos representa mais da metade do total necessário para toda a infraestrutura logística da região Sul do país, de acordo com o levantamento feito pela CNI.
MERCADO DA BELEZA
As especificidades da pele brasileira estão no foco das pesquisas de produtos da L'Óreal, segundo Brigitte Lieberman, diretora mundial da divisão de cosméticos para tratamento (como medicamentos e protetores solares) da empresa.
"As brasileiras gastam muito tempo e dinheiro para prevenir os efeitos do tempo. Por isso, desenvolvemos produtos e texturas que se adequem à sua complexidade. Alguns deles produzimos no Brasil", diz Lieberman.
O país é o terceiro maior mercado consumidor da empresa, atrás apenas da França e da Alemanha.
"O faturamento no Brasil cresceu 28% em 2011 e triplicou em três anos. Esperamos que isso ocorra novamente em cinco anos", completa.
COMPRAS NO SALÃO DE BELEZA
O salão de beleza ainda é um estabelecimento pouco explorado para comercialização de produtos do setor, de acordo com pesquisa da Gouvêa de Souza encomendada pela Beauty Fair.
Enquanto 83,3% dos entrevistados afirmam que frequentam salões, apenas 21,5% dizem que fazem compras no local.
Segundo o levantamento, 81,5% dos ouvidos adquirem produtos sempre da mesma marca e 80% deles compram sempre na mesma loja.
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