FOLHA DE SP - 02/08
Indústria troca estrada por transporte aéreo
O aumento do roubo de carga no país e a deterioração da malha rodoviária elevaram a busca de empresas por transporte aéreo.
A alta de 25% nos assaltos no primeiro semestre deste ano ante igual período de 2011 se concentra entre o Rio e São Paulo, segundo Autair Iuga, do Sesvesp, que reúne companhias de escolta.
As principais ocorrências são registradas em um raio de 150 km das capitais.
"A região de Campinas é um ponto crítico, devido ao volume de eletrônicos transportados. Em todo o país estimamos perda de mais de R$ 800 milhões por ano", diz.
Apesar do custo mais elevado, cresce na indústria farmacêutica o uso de aviões para transporte de carga.
"A segurança e o prazo compensam", diz Nelson Mussolini, do Sindusfarma.
"Os armazéns aeroportuários têm condição melhor. Evitam variação de temperatura pelo tempo rodando."
O uso de cabotagem ainda é baixo entre as cargas gerais. O granel líquido e o sólido representam mais de 90% do que se transporta pelo modal, segundo João Araujo, do Ilos (instituto de logística).
"Há ainda amarras burocráticas e de infraestrutura a serem superadas."
No setor de cosméticos e higiene pessoal, o transporte aéreo é utilizado em ocasiões emergenciais, diz o presidente da Abihpec (associação do setor), João Carlos Basilio.
CIDADE PLANEJADA
A Vallor Urbano construirá, a partir do final deste mês, um bairro planejado em uma área de 750 mil metros quadrados em Piracicaba (SP).
O projeto, que receberá investimento de R$ 50 milhões e será lançado em outubro, terá 875 lotes residenciais, escola, supermercado e cerca de 40 unidades comerciais.
"As obras serão divididas em três etapas e tudo deverá ficar pronto em até três anos", diz o fundador da companhia, Sérgio Guimarães Pereira Júnior.
O empreendimento, que demorou quatro anos para ser aprovado, será realizado em parceria com a JLJ, importadora da Chery Motors E responsável pela empresa de refeições coletivas Nutriplus.
Até o primeiro semestre de 2013, a Vallor Urbano lançará projetos em Mato Grosso, Pará, Maranhão e Ceará, que totalizarão cerca de R$ 1 bilhão em VGV (Valor Geral de Vendas), segundo Pereira Júnior.
Os principais concorrentes da companhia no país são Alphaville Urbanismo e Scopel Desenvolvimento Urbano.
INDÚSTRIA DE LIVROS
O Sesi-SP e o Senai-SP lançarão editoras próprias na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece neste mês.
O foco dos selos serão obras de referência técnica, educacional, cultural e esportiva, feitas com base nos programas das entidades.
"Os livros servirão de apoio ao ensino e à especialização tecnológica. A ideia é difundir conteúdos de forma simples e contribuir para a formação das pessoas", diz Paulo Skaf, presidente do Sesi-SP e do Senai-SP.
Os primeiros 50 títulos terão aporte de R$ 2 milhões e versão eletrônica. As editoras atuarão na produção de revistas e tradução de obras internacionais.
RESQUÍCIOS DA GREVE
A greve dos caminhoneiros, encerrada na noite de terça-feira, fez com que a catarinense Aurora Alimentos deixasse de abater, pelo menos, 50 mil aves e de produzir 600 toneladas de alimentos.
A empresa ainda não calculou o prejuízo, mas, na terça-feira, duas unidades foram paralisadas totalmente e outras duas, parcialmente. Não havia matéria-prima nem espaço nos estoques.
Ontem, um abatedouro produziu metade da média diária por não ter funcionários. No dia anterior, 3.000 deles haviam sido dispensados.
A também catarinense Tirol, que industrializa leite, estava com 50% da produção de uma de suas plantas parada na terça-feira. Nesse dia, 1 milhão de litros de leite não havia chegado à unidade fabril.
NORDESTE EXPRESSO
A DHL Express, de logística expressa, abre duas filiais no Nordeste neste semestre. Uma nova unidade em Salvador atenderá também cidades como Lauro de Freitas e Camaçari.
Em Recife, a região metropolitana foi o foco.
"A decisão veio após solicitação de clientes. São empresas brasileiras expandindo seus negócios no mundo", diz Joakim Thrane, presidente da empresa.
A empresa já havia inaugurado no ano passado uma unidade em Manaus.
Subsedes... O governo paulista vai ampliar o valor destinado ao financiamento de projetos relacionados à Copa nas cidades do Estado que serão subsedes.
...da Copa A linha de financiamento da agência de fomento Desenvolve SP para a construção de hotéis e centros esportivos passa de R$ 150 milhões para R$ 300 milhões.
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