“...o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção da História”
Roberto Gurgel, procurador-geral da República, definindo o mensalão do governo Lula
GURGEL CITA FATO NOVO E PODE RETARDAR JULGAMENTO
Foi considerada muito competente a denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no julgamento do mensalão. Mas ele optou pela ousadia ao apresentar como prova de corrupção passiva a votação da Lei de Falências, quando parlamentares receberam dinheiro para aprová-la. Isto não está na denúncia, nem nas alegações finais, e como fato novo levado ao julgamento, pode provar a sua suspensão.
CONTRADITÓRIO
Advogados de defesa estudam pedir terça-feira, em questão de ordem, a suspensão do julgamento no STF para oferecimento do contraditório.
RITMO DEFINIDO
O receio dos advogados é serem “atropelados” pela pressão do calendário já definido pelo STF, sofrendo nova derrota no plenário.
OUVIDOS ATENTOS
O “grupo paulista” de advogados “comeu mosca” no fato novo levado por Gurgel ao STF. Mais experiente, o “grupo brasiliense” o percebeu.
MOTOBOBO
Ao fim da longa denúncia do procurador-geral Roberto Gurgel, ontem, conclui-se que Delúbio Soares era boy de luxo da Mensalão Delivery.
MPF TEM CONTAS A AJUSTAR COM O MINISTRO TOFFOLI
Tem dois pés no passado a ameaça do Ministério Público Federal de acionar o ministro Dias Toffoli com base nas Leis dos Crimes de Responsabilidade, por atuar do julgamento do mensalão: no impeachment de Fernando Collor e no parecer dele, como ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, contrário a que promotores e procuradores façam investigação criminal. O caso se arrasta no STF.
CAMINHOS CRUZADOS
Um dos sabatinadores do ministro Toffoli ao Supremo, na Comissão de Justiça do Senado, em 2009, foi o ex-senador Demóstenes Torres.
MAU CHEIRO
O “mensalão” é mesmo podre. Um urubu sobrevoou, ontem, o Supremo durante o julgamento. Era o “Urubulula”, um curioso no espetáculo.
VERDE VALE
A Presidência da República pretende gastar até R$ 2,9 milhões com a manutenção e revitalização dos jardins do Alvorada e do Planalto.
FALTA LULA ENTRE OS RÉUS
O advogado Luiz Francisco Barbosa, que defende Roberto Jefferson, acha que o procurador-geral protege Lula, para ele o verdadeiro chefe do mensalão. Barbosa pediu, no ano passado, a inclusão de Lula entre os réus. Mas sua petição nunca foi analisada por Roberto Gurgel.
DEVER CUMPRIDO
Ontem foi dia de glória para o procurador-geral da República Roberto Gurgel. Após sobreviver ao fogo cerrado do governo e do PT e a um grave acidente doméstico, finalmente cumpriu seu dever no Supremo Tribunal Federal.
FÉRIAS CURTAS
O chanceler Antonio Patriota tirou brevíssimas férias, entre quarta (1º) e sexta (3). Segundo a assessoria, ele foi “provavelmente” à Colômbia, onde mora sua mulher, e já na segunda (5) cumpre agenda no Peru.
RETORNO AOS GRAMADOS
Recuperado de delicada cirurgia no cérebro, o ministro Mendes Ribeiro (Agricultura) está mais feliz que jogador convocado para a Seleção: foi liberado pelo departamento médico para retomar as peladas semanais.
BANHO DE ESPUMA
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, só vê “espuma” no governo PT: “investimentos parados, a infraestrutura uma porcaria, a educação não pode ser pior e a saúde não existe”. Para ele, o País ficou para trás.
MENOS UMA CPI
Presidente da Anatel, João Rezende jurou na Câmara, há um ano, que não suspenderia as telefônicas. O deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS) acha que a súbita mudança do governo foi para evitar uma CPI.
EM OBSTRUÇÃO
O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), já avisou que sua bancada fará obstrução enquanto o governo não fizer contraproposta ao projeto do fator previdenciário. O prazo era 10 de junho.
OPOSIÇÃO CAMARADA
Tucanos em Brasília não engolem a decisão do governador Beto Richa de aparecer ao lado da presidente Dilma Rousseff em outdoor de União da Vitória (PR), apoiando o petista Pedro Ivo para prefeito da cidade.
FACADA
Lula alegou que “tinha que trabalhar” para não ver o julgamento. Tirar a faca que o “traidor” enfiou em 2005 dá mesmo um trabalhão danado.
PODER SEM PUDOR
O GOVERNADOR REPROVADO
No livro que prepara sobre o avô, a deputada estadual Juliana Brizola (PDT-RS) lembra da professora aposentada e ex-líder sindical, de 90 anos, que a procurou em seu gabinete para contar que reprovou Leonel Brizola por meio ponto, reencontrando o ex-governador gaúcho décadas depois, numa negociação salarial:
- Guria, como eu podia imaginar que o aluno que reprovei por meio ponto viria a se tornar governador?
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