O GLOBO - 17/06
Os ingleses driblaram a matemática ao dizer que economizaram meio milhão de libras no orçamento dos Jogos de Londres. Omitiram que o orçamento triplicou desde o dossiê da candidatura, passando de 3,4 bi para 9,3 bi de libras. Ou seja, economizaram só um pouco num orçamento que cresceu três vezes.
Aliás...
Deve ser terrível viver num país onde o governo maquia números em seu benefício.
Calma, gente
Sobrou para o querido Jorge Fernando. A 2+ Câmara Cível do Rio condenou os produtores de “Boom” a indenizarem em R$ 20 mil duas espectadoras da peça. Mariana Yusim e Paula Batalha alegam que chegaram ao teatro atrasadas e foram alvo de piadas de Jorge, dando a entender que seriam gays. Dizem que apareceram num DVD da peça e viraram motivo de chacota.
Nada de propaganda
Como haverá eventos oficiais na HSBC Arena e no Vivo Rio, a ONU negociou a troca dos nomes das casas de shows para Arena da Barra e Anexo do MAM, respectivamente, na Rio+20.
Rio+300
O Itamaraty trouxe 300 diplomatas para a Rio+20. Um maldoso diria que a Casa — como no verso de Vinicius, que foi diplomata — pôs para trabalhar até gente que nunca trabalhou. Com todo o respeito.
Ele merece
Nosso Bussunda completaria 50 anos dia 25 agora. Para homenageá-lo, a turma do Casseta e Planeta vai fazer um “videochat” em sua homenagem. Nada de chororô. Será um batepapo animado para lembrar histórias do craque do humor.
O DOMINGO É de Ivete Sangalo, 40 anos, a cantora baiana toda bela que será Maria Machadão na nova versão de “Gabriela”, a novela baseada na obra de Jorge Amado, que entra no ar amanhã. Seu conhecido bom humor contagiou equipe e elenco, que não economizam elogios à sua atuação. Como Maria Machadão,dona do cabaré Bataclan, Ivete vai pôr ordem nas “mulheres-damas” de Ilhéus e animar a vida dos cavalheiros da cidade. Anima eu
Viva Casão!
A Globo Livros lança em 2013 um livro sobre Walter Casagrande Júnior, 49 anos, o ex-atacante que virou comentarista de TV. É escrito pelo jornalista Gilvan Ribeiro e conta, inclusive, o drama que levou Casão a uma clínica de recuperação de drogados.
Arte do Brasil
Com os brasileiros invadindo Nova York, o famoso Museu Guggenheim separou uns US$ 2 milhões para comprar quadros de artistas latino-americanos.
Aliás...
Outro dia, o economista parceiro José Roberto Afonso disse que os brasileiros em Nova York preferem lojas a museus. Mas Adriana Rattes, secretária de Cultura de Cabral, discorda: “Ouvi de um diretor do MoMA que os brasileiros já são os estrangeiros que mais visitam o museu.”
Máquina de madeira
A Companhia das Letras vai lançar “A máquina de madeira”, quinto romance de Miguel Sanches Neto. A ficção parte da história verídica do padre paraibano Francisco Azevedo (1814-1880), que seria o verdadeiro inventor da máquina de escrever. O fato é documentado nos anais da Exposição Nacional de 1861, organizada por Dom Pedro II. Veja na gravura.
Gabriela na Flip
João Ubaldo Ribeiro, uma das estrelas da Flip passada, voltará à festa do livro, em julho. Vai participar de uma conversa na Casa da Cultura sobre o conterrâneo Jorge Amado, que faria 100 anos dia 10 de agosto, com Walcyr Carrasco, autor da adaptação para a TV do clássico “Gabriela, cravo e canela”. A mediação será do coleguinha e escritor Edney Silvestre.
‘Chayenês’
Cláudia Abreu, a Chayene da novela “Cheias de charme”, da TV Globo, que chama todos por nomes de bichos — entre os quais, um tal “curica”, que já até pegou nas redes sociais —, tem se inspirado na “Grande Enciclopédia Internacional Piauiês”,de Paulo José Cunha.
Gois explica...
Curica vem a ser uma ave pequena, mas, no Piauí, o termo é usado como deboche para tratar as queridas domésticas.
Brasileiro joga muita comida foraEm tempos de Rio+20, a coluna resolveu abrir a lixeira do brasileiro. Achou muita... comida. Pesquisa do Banco Mundial, publicada em março, mostra que 61% do nosso lixo é orgânico, ou seja, de restos de alimentos. Os resíduos recicláveis (plástico, papel, vidro, metal) somam 35%. Para se ter uma ideia, nas lixeiras alemãs, apenas 14% são de material orgânico. Na nossa vizinha Argentina, os restos de comida correspondem a 40%. Já nos EUA são 25%. Em outros países desenvolvidos, a média sobe um pouco, mas não se aproxima da nossa marca (26% no Japão, 29% na Itália, 32% na França, 34% em Portugal, 49% na Espanha).
Só no primeiro trimestre, osgaris do Rio recolheram por dia cerca de 8t de lixo — 5,035t nas residências e 3,09t nas ruas. No cruzamento dos dados da Comlurbcom os do Banco Mundial, vê-se que os cariocas, em média, jogam fora, todo dia, cerca de 5t de comida. Nova York, com 2 milhões de habitantes a mais que o Rio, produz cerca de 14t diárias de lixo. Mas só 3,5t são restos de comida.
O diretor-executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), Carlos Silva, enfia a mão nessa lixeira:
— É questão cultural. Até quem tem pouco dinheiro compra frutas, legumes e carne por baixo preço. Em outros países, é diferente. A comida é mais cara e não há tanta variedade. Suécia e Alemanha, por exemplo, não produzem fruta no inverno por causa do frio. Então, importam, mas fica caro. Antes de descartar alguma coisa, é preciso pensar se isso não teria alguma utilidade para alguém. Essa nova cultura tem de ser ensinada às crianças para que o desperdício acabe — diz Silva.
O coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria do Ambiente do Rio, Osmar Dias Filho, concorda:
— No Rio, cada pessoa descarta, em média, de 800g a 900g de resíduos por dia. É um lixo pesado, pois tem muito material orgânico. Com certeza, poderia ser melhor aproveitado. Falta conscientização.
A atriz Vera Holtz, que em “Avenida Brasil”, a novela TV Globo, vive Mãe Lucinda, moradora de um lixão, acredita que a história na telinha vai ajudar:
— O meu lixão é fictício, é quase uma poesia. Mas é uma forma de aproximar as pessoas do assunto. Sinto que há uma pontinha de luz, e algumas pessoas vão mudar de atitude, vão cuidar melhor de seu lixo — aposta.
Tomara.
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