FOLHA DE SP - 17/07
Empresas mudam cobrança para conter inadimplência
Empresas especializadas em cobrança de inadimplentes, contratadas por companhias como bancos e grandes varejistas, implementaram mudanças em sua forma de atuar em razão da alta do atraso de pagamento no país.
"Nossos contratantes começaram a mexer mais em suas políticas de cobrança para melhorar seus índices. Quem não tinha tomado providência, agora corre para criar fórmulas que melhorem as negociações", diz Jair Lantaller, presidente do Igeoc, instituto que reúne empresas de recuperação de crédito.
"Para nos adaptarmos a essa demanda, temos de treinar os operadores", afirma.
Entre as medidas estão alongamento de prazos, redução de juros e flexibilidade na análise das propostas de renegociação dos clientes, segundo Claudio Kawasaki, da Siscom, empresa que também trabalha com recuperação de crédito.
"Cresceu a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas. Houve excesso tanto de novos consumidores, que assumiram muito crédito, quanto dos bancos, que deram."
A empresa de recuperação é contratada a partir de 30 dias de atraso.
MAIS PARCELAS
Para driblar a alta da inadimplência, a Losango negocia o parcelamento das dívidas em até 24 meses, além dos três anos para pagamento que podem ser concedidos no momento em que o consumidor toma o crédito.
"Analisamos cada caso. Se o cliente teve um imprevisto, como a perda do emprego, temos uma flexibilidade maior", diz Hilgo Gonçalves, presidente da companhia, promotora de vendas do grupo HSBC.
Gonçalves afirma não ter notado mudanças no setor devido à queda dos juros.
O QUE ESTOU LENDO
Jackson Schneider vice-presidente da Embraer
Responsável pela área de relações institucionais da Embraer, Jackson Schneider lê a "Montanha Mágica", do alemão Thomas Mann.
A ideia da leitura veio, de certa forma, de uma viagem a Davos, na Suíça, cenário da obra e onde o executivo esteve em janeiro passado para participar do Fórum Econômico Mundial.
"Fui a um jantar no antigo sanatório onde se passa a história, há muito transformado em hotel", relembra o vice-presidente da fabricante de aeronaves.
Schneider destaca "a mudança da visão de mundo do personagem principal do livro, Hans Castorp".
Segundo o executivo, que foi também presidente da Anfavea, "Castorp se humaniza à medida que seu estado de saúde piora".
PISO ÚNICO NO RS
O primeiro shopping center do grupo Westfield Almeida Junior será construído em Canoas (RS).
A empresa é uma joint venture formada em 2011 com a união entre a australiana Westfield e a catarinense Almeida Junior.
O empreendimento receberá aporte de R$ 250 milhões e terá 200 lojas em um único piso.
"É o modelo de projeto da nossa empresa. Dá facilidade ao lojista e oxigena todo o shopping", afirma o CEO do grupo, Jaimes Almeida Junior.
A companhia tem outros quatro shoppings em operação e um em construção, que deverá ser inaugurado em setembro.
Todos são em Santa Catarina e foram desenvolvidos pela Almeida Junior antes da joint venture.
O grupo elaborou um projeto de expansão para outras regiões do país. Dois empreendimentos estão em análise para São Paulo e um para o Rio de Janeiro.
COMÉRCIO TRAVADO
O Brasil é o nono país em adoção de medidas restritivas no mundo, de acordo com levantamento do GTA (Global Trade Alert).
Hoje há 54 ações brasileiras em vigor contra o livre comércio mundial.
Metade das medidas afeta diretamente a China.
Em seguida, aparecem Estados Unidos e Alemanha, prejudicados por 21 e 17 ações implementadas pelo governo brasileiro, respectivamente.
A Argentina, por sua vez, é o país que mais afeta os interesses comerciais do Brasil, com 66 medidas em vigor.
Todos os parceiros do Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) estão entre os nove países que mais causam prejuízos ao Brasil.
Entre as ações que dificultam as exportações brasileiras, 16% são de natureza tarifária, segundo o GTA.
Cozinha A rede de restaurantes Divino Fogão, que tem hoje 117 franquias no país, irá abrir 24 unidades até o final do ano. Os pontos comerciais já foram comprados, todos em shopping centers.
Comida leve A Seletti investirá R$ 17,5 milhões até o final do próximo ano para a abertura de 23 unidades no país. No período, será inaugurada a primeira loja da rede no Nordeste.
Previdência A carteira de ativos sob gestão da Brasilprev chegou aos R$ 55,7 bilhões em abril. No mesmo mês do ano passado, ela somava R$ 41,5 bilhões -alta de 34,2%. A empresa tem hoje 1,4 milhão de clientes.
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